terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Chutando cachorro morto

Sem dúvida, a troca de gestor mais festejada no Governo do Pará foi a da Funtelpa. Por várias razões, que não me proponho aqui a discutir, a professora Regina Lima, indicada pela ex-governadora Ana Júlia, não era nada querida pelos funcionários e por quem matém uma relação profissional com a Fundação, como a classe artística.

Até aí, ok. Todos concordam.
Mas agora, e no twitter isso está cada dia mais latente, virou moda entre a classe artística dizer que era inimigo da gestão anterior - seja dito com estas ou outras palavras. É como se isso garantisse o passaporte para a boa relação com a gestão tucana. Há, de fato, quem tenha tido problemas com Regina Lima e sua equipe. Eu mesma conheço casos. Porém, me choca ver gente que comeu e bebeu da fonte agora pagar de "fui censurado".

Tenho certeza que a grande Adelaide Oliveira, que agora preside a Funtelpa, jamais se pautará nisso para tomar suas decisões. Ainda assim há quem valorize essa prática e insista nesse jogo de chutar morto. Pra mim, isso é, no mínimo, cretino.


A postura se torna ainda mais questionável no caso de gente que vendeu sua imagem para a campanha de reeleição do governo petista. Apareceu na TV, fez gravações de jingles. Deve ter ganhado um bom cachê por isso, porque, em que pese todas as falhas baianas na campanha de Ana Júlia, os profissionais foram bem remunerados pelo que fizeram.

Vale lembrar que uma carreira bem sucedida não se faz só de talento. Ética também faz parte do pacote.

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