quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Meta 2014. Será que somos capazes?

Alguém te feriu?
Desculpa e esquece.

Aperece quem te insulta?
Perdoa e silencia.

Sofres perseguição?
Olvida e serve.

Não passes recibo às afrontas. 
Prossegue fazendo o bem.

Quantos se entregam ao mal não sabem o que fazem; esta afirmativa equivale a dizer que desconhecem quanto isso lhes custará.

(Emmanuel)

Sobre fazer o bem para além do Natal

O homem que pratica verdadeiramente o bem vive no seio de vibrações construtivas e santificantes da gratidão, da felicidade, da alegria. 

Não é fazer teoria de esperança. É princípio científico, sem cuja aplicação, na esfera comum, não se liberta a alma, descentralizada pela viciação nas zonas mais baixas da Natureza.

(Espírito Alexandre, em Missionários da Luz)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A compreensão social e política desses médicos faz deles muito mais completos


A foto de Juan Delgado sendo vaiado por um grupo de médicos cearenses na chegada ao Brasil se tornou símbolo da postura da categoria no país com relação aos médicos cubanos, inscritos no Programa Mais Médicos, criado pelo governo Federal para enviar atendimento a lugares ainda sem médicos no Brasil.

A imagem da hostilidade girou o país e envergonhou qualquer pessoa com o mínimo de educação e bom senso. 

Hoje Juan Delgado vive no interior do Maranhão, onde trabalha no atendimento de comunidades indígenas. 

Quando ouve que parte do salário vai para o governo cubano, Juan Delgado rebate. "O dinheiro não vai para o governo. Vai para o país para que possa comprar, entre outras coisas, alimentos. Creio que você saiba que Cuba sofre de um embargo há mais de 50 anos".

A compreensão social e política desses médicos fazem deles muito mais completos. Em nome de Juan, agradeço a todos os médicos estrangeiros e brasileiros que aceitam o desafio de atender onde ninguém mais quer.



A entrevista de Juan Delgado está na restrospectiva no UOL. Vale a pena a leitura 

domingo, 22 de dezembro de 2013

Eu tenho um cachorro preto. O nome dele é depressão.

Doença traiçoeira, presente na vida de quem a gente menos imagina. 
A dor que ela causa é inimaginável e indescritível. Cega e ensurdece.
Informar-se a respeito é muito importante porque se perceber e se reconhecer doente é o primeiro passo na busca de ajuda.

E, acredite, é possível ter uma vida normal com a depressão. Basta aprender a domá-la. 

O vídeo abaixo é uma animação produzida pela Organização Mundial de Saúde com o objetivo de esclarecer, de forma metafórica, como a doença surge, cresce e pode tomar conta da vida das pessoas. O vídeo também traz orientações sobre a busca de ajuda profissional. 

Quase duas milhões de pessoas já assistiram ao "I had black dog, his name depression" no youtube. Assista você também.  



 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Esses comerciais fúteis!

"Natal sem Peru não é Natal" "Natal sem Panetone não é Natal".
Eu estou começando a me irritar com esses comerciais fúteis! Natal não é Natal se não tiver amor e alegria, a comida não importa muito não acham não? Peru e Panetone qual quer pessoa pode comer em qual quer dia do ano mais agora aquele sentimento bom de toda a família junto e daquela celebração, so tem no Natal! Eu sei que não sou muito de dizer declarações e essas coisas sentimentais bizarras que acham que alguém se importa com isso mais eu quis fazer isso agora pq acho que no Natal pode tudo!



Pelo tom, essas inquietações bem que poderiam ser minhas, né?
Mas não é. Eu o li no facebook, no perfil de uma menina de 10 anos.
Foi escrito pelo meu toquinho, a minha Dalila.

Meus olhos umedeceram. 
Obrigada, Deus!



Um verdadeiro rei

Um artista completo não se termina em sua arte. Ele dialoga criticamente com o mundo em que vive.
Reginaldo Rossi sempre foi assim...
Na ilustração abaixo, postada no perfil do facebook do Sindicato dos Jornalistas do DF em homenagem ao cantor pernambucano, Reginaldo Rossi mostra sua insatisfação com a falta de diversidade e pluralidade da abordagem da mídia sobre a cultura nacional. 




quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Homem cagão é uó!

Há pouco ouvi de uma amiga o relato de mais uma daquelas histórias em que o casal começa uma relação super bacana, sexo flui, papos legais, coraçãozinho piscando de ambos os lados até que o sujeito tem um tilte (é assim que escreve?) e conclui "não estou pronto pra namorar, acho que é melhor a gente se afastar".

A mulher que nunca ouviu algo assim que atire a primeira pedra. 



Parece que está se tornando lugar comum a macharada virar frouxa e covarde até pra entrar numa relação.

E não estou falando de adolescentes, nem de garotos de 22 anos. Tô falando de homem véio, barbado.

Cada vez que escuto histórias dessas ou que lembro das duas vezes que passei por isso, eu valorizo ainda mais o meu namorado, que desde sempre me disse "tá susse" e que nas vezes que eu demonstrava medinho, ele dizia "Qualquer coisa, a gente se ferra junto!".

#HomemCagãoéUó

PS: E há casos em que o sujeito nem se dá o trabalho de dizer isso. Ele simplesmente some. Uma espécie bem piorada de covadia. Tsc, tsc, tsc.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Joaquim Barbosa candidato em 2014?

O UOL quer saber e lançou como enquete deste domingo, 01/12:

Você acha que Joaquim Barbosa deve se candidatar nas eleições de 2014?


Porém, ouso palpitar que o resultado não está sendo conforme o esperado, de acordo com a ilustração abaixo, do resultado parcial extraído às 20h25. 

A razão para a tal enquete? Tirem vocês as suas próprias conclusões...






quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Concurso escolherá a marca do maior Congresso de Comunicação do Norte

Em maio de 2014, a Universidade Federal do Pará (UFPA) sediará o XIII Congresso de Ciências da Comunicação da Região Norte, o Intercom Norte 2014. O evento faz parte do calendário da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares daComunicação –Intercom, que realiza todos os anos 5 congressos regionais – um em cada região do país – e um congresso nacional.

Voltado para pesquisadores, profissionais, docentes e estudantes de comunicação, os Congressos da Intercom têm o objetivo de fortalecer os estudos na área de Comunicação em todo o país, estimulando principalmente a participação de alunos de graduação da área.

Para dar início a um cronograma de atividades que antecederá o Intercom Norte 2014, a Comissão Organizadora do evento lança o edital do Concurso para seleção da marca do congresso regional, que será realizado no campus da UFPA em Belém, de 01 a 03 de maio.

Com o concurso, a organização do evento pretende não apenas selecionar e premiar a marca que represente a identidade do congresso na região, mas estimular a participação de alunos de graduação e pós-graduação em Comunicação da Região Norte no evento, desde a sua concepção.
Além de abusar da criatividade, os participantes do concurso deverão ter como base para concepção da marca o tema dos eventos da Intercom em 2014: Comunicação: Guerra & Paz - Convencer e Conviver – 100 Anos dePublicidade, Propaganda, Relações Públicas.
Os candidatos deverão submeter suas propostas de marca até o dia 10 de dezembro de 2013, de acordo com as condições e orientações previstas no Edital. Poderão participar do concurso alunos de graduação ou egressos dos cursos de Jornalismo; Publicidade e Propaganda; Relações Públicas e Comunicação Organizacional; Cinema e Audiovisual; Multimídia; Rádio e TV; Design Gráfico e estudantes de pós-graduação ou egressos da área de programas de Comunicação. Os inscritos devem ser alunos ou egressos oriundos de Instituições de Ensino Superior (IES) da Região Norte. 

O anúncio do vencedor será no dia 11 de dezembro e este poderá escolher entre uma passagem (ida e volta) para Belém (PA) para participar INTERCOM NORTE 2014 ou uma passagem (ida e volta) para participação no INTERCOM NACIONAL 2014, que acontecerá em setembro de 2014, em Foz do Iguaçu (PR).
Vale ressaltar que a UFPA sediou o Intercom Norte em 2007 e que o evento contou com cerca de 1500 participantes, o maior público já registrado até hoje na história dos Congressos Regionais da Intercom no Norte do Brasil.

Clique aqui para ver o edital do concurso e participe!

Texto: Coordenação Intercom-Norte

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Aprenda a identificar a violência doméstica

Humilhação diária é violência;
Xingamento rotineiro é violência;
Ameaça é violência;
Tortura psicológica é violência;


E muitas vezes tudo isso dói mais do que socos e pontapés, que são a penúltima escala da violência doméstica.

A última é a morte.

Isso precisa acabar!

Não nos calemos, mulheres!





25/11 consagrou-se como Dia Internacional de Luta pelo Fim da Violência contra a Mulher.
A data traz a memória de três irmãs ativistas políticas latino-americanas (Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal), que, em 1961, foram brutalmente assassinadas pela ditadura de Leonidas Trujillo, na República Dominica. 

O 25/11 é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1999. Com o objetivo de denunciar a dimensão do feminicídio e toda forma de violência, será realizada a campanha mundial 16 dias de ativismo pela não violência contra a mulher, do dia 25 de novembro até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ainda nos falta tanta consciência de classe...

O que é a ignorância de um povo...

Um incêndio é e sempre será uma tragédia. Sobretudo, quando se trata de um de grandes proporções, como no caso do que houve nesta madrugada em Ananindeua (PA), no mega supermercado do milionário Grupo Líder. Não houve vítimas fatais, mas sempre há o abalo de quem trabalha no local. Ok, isso todo mundo entende. Até a minha filha de 10 anos de idade.

Porém, durante toda esta manhã, vi nas redes sociais pessoas lamentando (também em comentários de posts de amigos) como se tivessem perdido um parente, como se o seu próprio patrimônio estivesse ruindo com as chamas do Líder. "Pena, era o melhor supermercado daqui", "Meus olhos enxeram de lágrimas quando passei no ônibus e vi aquilo". 
Fotos: site Ache Belém

Caros, a menos que o incêndio tenha sido criminoso, provavelmente o Líder Ananindeua pegou fogo por falta de prudência e cuidados necessários de seus proprietários com a segurança do prédio. Ou seja, vocês que choram e lamentam  com o fogo no império, saibam que suas vidas corriam risco cada vez que iam lá gastar seus suados dinheirinhos. 

Chorem, mas o façam de alívio por não estarem lá na hora da tragédia ou de indignação pelo que esse Grupo, que ganha milhões de nosso povo, faz com seus trabalhadores.

Lembram que neste ano os empregados do Grupo Líder entraram em greve, por quase uma semana, denunciando as péssimas condições de trabalho, os baixos salários e a falta de garantia de uma série de direitos trabalhistas? Pois é...

Tenhamos consciência de classe, meu povo!

Trabalhadores do Líder em greve, meses atrás, fecharam a Doca, umas das principais avenidas de Belém


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Para Genoíno e para todos os enfermos presos na Papuda e no Brasil

Eu defendo que José Genoíno, na condição de enfermo grave que se encontra, cumpra em domicílio a pena a qual foi condenado para o regime semi aberto, conforme garante a legislação.

Defendo mais!
Defendo que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em parceria com o Ministério Público do DF, realize um mutirão carcerário no Complexo Penitenciário da Papuda e identifique TODOS os demais presos que se encontram na mesma condição do deputado federal do PT e lhes garanta o direito ao regime domiciliar para que possam ter o devido tratamento médico.

Direto não pode ter cara, cor, raça, nem gênero. E se está sendo útil para alguma coisa as prisões midiáticas de Dirceu e Genoíno, é para esfregar na cara do país o não cumprimento da Lei de Execuções Penais no Brasil.


E o Conselho Nacional de Justiça poderia encampar a luta e determinar que todos os Tribunais de Justiça dos estados fizessem mutirões carcerários extraordinários para identificar os enfermos do sistema penitenciário e determinasse suas prisões em regime domiciliar. Que tal?

Bora fazer as leis funcionarem para todos, meu povo!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Isso só pode ser um teste Divino. Nada mais explica!

Você carrega seu filho na barriga e se recusa em expulsa-lo de dentro de você, mesmo com a sugestão do pai, diante da gravidez indesejada.

Você muda totalmente seus planos de vida por esse filho, que mesmo surgindo não planejadamente, você aprende a amar. Aquele ser passa a se encaixar na tua vida de uma forma que nem consegues mais imaginar como ela poderia ser feliz sem a presença daquela novidade cheia de dobrinhas.

Você aguenta um mundo de coisas que nem sabia ser possível: Mais de um mês de noites em claro sem o auxílio de ninguém; ligações do celular daquele que deveria ser o seu parceiro com vozes femininas desconhecidas; humilhações nas recusas das solicitações de divisão de tarefas que deveriam ser de mãe e... pai; e mais uma lista de coisas que só de relembrar machuca.

Você abre mão da sua agenda social, política e, algumas vezes, negligencia até o outro rebento que colocara no mundo antes. É necessário! Afinal, cuidar de um bebê sozinha exige muito tempo e esforço.

Você se esforça tanto, que mesmo já tendo sofrido tudo (até agressões físicas), você se submete a mais um teste e aceita morar debaixo do mesmo teto que o pai desse bebê. No fundo, bem lá no fundo, você quer acreditar que pode haver amor, que ele vai ajudar a dividir as tarefas e que a sua bebê vai ter uma família feliz com papai e mamãe juntos para sempre. Ter aquilo que você não teve. Ledo engano. 

Aí, passados dois anos e meio - dos quais apenas 10 meses foram sob o mesmo teto - você morando longe de toda a sua família, vê-se num mato sem cachorro, com a babá maltratando a sua filha e sem poder pedir demissão do seu emprego, afinal, a pensão paterna dela cobre apenas o aluguel. Como alimentá-la? Pagar luz? Água? Remédios? Fraldas? 

Como o pai mandou um sonoro "não posso fazer nada", você recorre a quem? A sua própria mãe, que tem uma história não muito diferente da tua, por sinal! Ela aceita te ajudar e ficar com a pequena até você encontrar a nova babá. Mesmo que isso te sangre completamente, você se separa daquele serzinho tão amado. Mas fica tranquila. Ela estará com a sua mãe, com a vovó (!). E, também, será por pouco tempo. Rapidinho você a terá de volta.

Ledo engano 2. O super papai que sempre esteve ao seu lado, te apoiando e sendo prestativo - Só que não!! - surge na casa de sua mãe, a quase 3 mil quilômetros de você, e pega a sua filha porque ele decidiu, enfim, ser pai! (Glória, Senhor!)

Nem tanto. Mesmo com todas as rugras da relação, você colocava a sua filha para falar diariamente ao telefone com o pai. Você não teve pai e sabe da importância de um, sabe que uma criança jamais pode se sentir abandonada. O mesmo não acontece do outro lado. Você passa até uma semana sem conseguir falar com a sua filha! Preocupação com a cabecinha dela? Pra quê?

E tê-la de volta em seus braços? (suspiros...) Todas as vezes que você fala com ela, ouve "mamãe, quéno ir pa casa". 

Somente depois de um mês e meio de intensa negociação e muitas articulações, o pai decidiu que vai devolver a sua filha pra você. A razão pra tanta demora você escuta da boca dele, ratificada em várias mensagens:

VOCÊ NÃO SABE SER MÃE. VOCÊ É RELAPSA E ABANDONOU A SUA FILHA! 

Agora, me digam, esse mundo é ou não de expiação? Isso é ou não um teste de Deus?!

Sobre o jornalismo nosso de cada dia

"A transgressão da fronteira entre realidade e ficção é um dos maiores pecados da profissão de jornalista, merece a violenta condenação da comunidade e quase o fim de qualquer promissora carreira de jornalista".



Reflitamos!



Nelson Traquina, em Teorias de Jornalismo - Porque as notícias são como são.

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domingo, 17 de novembro de 2013

Pará treme em São Paulo. Mas é de tremer mesmo essa cara de pau

Isso não tem defesa.
Maior projeto cultural do Governo do Pará, comandado pelo PSDB, o Terruá Pará, viaja o Brasil com recursos públicos pra fazer apologia ao tucanato?

É muita cara de pau. Sou entusiasta e admiradora do Terruá, mas não tem como defender uma preseparada dessa. Poderia ser qualquer outra ave da região.

Além da questão política, o mal gosto é gritante. Justo o Terruá, que sempre primou por uma bela cenografia...

Afff! #vergonhaalheia


Ser antipetista é bem diferente de ser antidemocrático.

A avaliação da jornalista e militante do PSOL/PA Ghys Cunha, publicada ontem em seu perfil no facebook, das prisões de José Genoíno e José Dirceu é um excelente resumo da grande diferença entre ser antipetista e antidemocrático.

Leia e tire as suas conclusões:


O PT governa o Brasil há dez anos e, mesmo assim, dois de seus maiores dirigentes foram presos. Injustamente. A direita brasileira é muito burra. Violentamente burra. Mas é quem manda. Inclusive no governo petista. Antes que comece o linchamento, explico. A história do poder no Brasil é uma história de corrupção. Fato. Como em toda regra há exceção, vamos encontrar aqui e ali, presidente renunciando, presidente assassinado, uma lei de letra morta, mas tudo na base da negociação pra livrar e manter, sempre, o status quo.

O lance do PT nunca foi dinheiro pra enriquecer pessoas. Não. O monstro criado chamado de mensalão pela mídia asquerosa desse país não passou de uma estratégia corrupta de financiamento de campanhas eleitorais. Inédito no Brasil, hein?! Nunca antes na história desse país... ah, façam-me o favor!

O lance do PT sempre foi disputa de poder com quem tem poder de fato, ainda que perca eleição após eleição. O nó, a meu modesto ver, está bem aí: o PT disputa poder com o PSDB, mas dá as mãos, o estômago e o coração pra todo o resto do lixo, sob o pretexto da tal governabilidade. Há dez anos vem caminhando, em seu governo de coalização, cada vez mais para a direita. E a direita, essa direita que manda, usa o fígado do Supremo pra dizer: vocês não sabem brincar, não desçam pro play! A direita diz, através da sua imprensa: vocês não fazem parte da nossa ciranda. Vocês deixaram rastros... A direita faz deixando rastros, há mais de 500 anos, nesse país. Tanto faz...

A direita manda tanto que deixa dar bolsa-família, cotas e todas as ótimas políticas de inclusão no mercado consumidor (mais gente consumindo, dependente do mesmo modelo de produção e distribuição dos bens, mais gente se endividando...) Mas, no central, petistas não metem a mão: agronegócio, mineração, energia, bancos, empreiteiras, comunicação é terreno de quem manda.

Por isso que acho de uma ingenuidade sem fim a esquerda comemorar as prisões de Genoíno e Zé Dirceu. Não voto no PT, mas minhas críticas ao PT não são e nunca foram sobre corrupção. São acerca do modelo que o PT, mesmo tendo uma réstia de poder, assegura aos que mandam. Por conta disso, sangra a Amazônia, seus rios, sua gente, os ribeirinhos, indígenas, a agricultura familiar, todos nós... por conta disso, continua morrendo de sede o Nordeste, por conta disso, o que foi um sindicalismo de lutas, hoje é o neopeleguismo de dar inveja aos pelegos históricos.

Acho que a maior lição desse triste episódio quem pode aprender é o próprio PT... de minha parte, nada a comemorar, só a lamentar enquanto Jader Barbalho, José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor, Paulo Maluf, os tucanos históricos, os grandes banqueiros, empreiteiros, os assassinos latifundiários, os empresários das comunicações e tantos outros verdadeiros corruptos protegidos pelo dinheiro, não estiverem presos e, de fato, sem poder no Brasil "país de todos". Então, tá...

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Sempre é possível ser aquilo que poderíamos ter sido

Orgulhe-se.

Cada dor
Cada gota de suor 
Cada lágrima
Cada gargalhada
Cada orgasmo
Cada amor
Cada amizade
Cada derrota
Cada vitória
Cada trabalho
Cada desespero
Cada hora de tranquilidade

Só tu sabes exatamente o que viveste.

E se ainda assim achas que não há motivo para se orgulhar, aproveita que ainda está na Terra e tenta fazer difente.
Sempre é possível ser aquilo que poderíamos ter sido.

Depois da tempestade, a bonança

Por Leo Jaime:

"O chifre é um rito de passagem na educação sentimental do homem. Só depois de sofrer por uma cachorra, o homem valoriza uma mulher de verdade."

Por isso hoje sou tão feliz com a pessoa que me completa.
Soubemos nos receconhecer e nos valorizarmos como homem e mulher de verdade.

:)


O Brasil devia isso a sua própria história


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Algum anarquista, por favor!

Queria muito ouvir a opinião de anarquistas de verdade sobre a matéria de capa da Época desta semana, onde um grupo de black block se diz anarquista, mas tem patrocínio internacional, líder e até miss (exemplo máximo do capitalismo que tem a mulher como objeto).

Alguém?



Isso pode ser tudo, menos jornalismo


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Indiossiocrasias brasileiras

Pelo jornalista paulistano Eduardo Valdoski:


Veja como as coisas são desequilibradas no Brasil: para registrar um novo partido são necessárias 500 mil assinaturas. Já para apresentar um projeto de lei de iniciativa popular é necessário recolher 1,3 milhão!

A reforma política precisa incidir sobre isso também, garantir mecanismos mais simples para que a cidadania possa se expressar diretamente no Congresso Nacional.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ambiente de trabalho ruim pode causar depressão

A depressão pode ser causada pelo sentimento que a pessoa tem de que não é capaz de realizar bem a atividade

Durante muito tempo as doenças relacionadas ao trabalho eram geralmente doenças osteomusculares, como as síndromes LER/DORT, ou aquelas relacionada à intoxicação, por chumbo ou asbesto, por exemplo.

Recentemente descobriu-se que a depressão e a ansiedade vêm sendo encaradas também como importantes doenças relacionadas ao trabalho. Condições adversas de trabalho podem influenciar fortemente o quadro depressivo. Mas a via é de mão dupla. A depressão, por sua vez, é uma das maiores causas de incapacidade no mundo. Um estudo de projeção da Organização Mundial de Saúde prevê que a depressão será a segunda maior causa de incapacidade até o ano de 2020.




Depressão

É uma doença médica e sempre há algum grau de predisposição biológica para o seu desenvolvimento. No entanto, muitos são os fatores ambientais que podem colaborar para que uma pessoa desenvolva depressão.

Um estudo chinês avaliou inúmeros fatores em 4847 trabalhadores de 13 empresas. O principal fator no ambiente de trabalho que se relacionava à depressão era estar desempenhando uma tarefa para o qual a pessoa não se sentia preparada ou capaz de atender à demanda. Curiosamente, 80% dos trabalhadores consideraram o trabalho estressante e exigente, mas somente aqueles que não se julgavam capazes estavam em risco de ter depressão. (2) Esses achados foram semelhantes a estudos ocidentais.

Jornadas longas de trabalho, condições adversas ou percepção de uma má chefia obviamente são fatores importantes para o bem estar e desempenho. No entanto esses fatores parecem não ser os mais importantes quando se fala de saúde psíquica. Manter um espaço de tempo para se capacitar, reciclar e exigir treinamento adequado são atitudes muito úteis, tanto para o trabalhador quanto para o empregador.

Melhorando as atitudes

Organizar bem a agenda profissional é fundamental, assumindo compromissos com prazos possíveis. Uma dica é manter algum intervalo de tempo entre os compromissos, para o caso de algum imprevisto. Como exemplo, lembre-se das vezes que mais se estressou ao enfrentar o trânsito.

A psicoterapia pode ajudar a absorver melhor o estresse e lidar com as adversidades no trabalho. Caso os sintomas depressivos durem mais do que duas semanas, a ajuda psiquiátrica pode ser necessária.

Outro fator importante é a chamada resiliência pessoal, que é a capacidade, inata ou aprendida, de suportar e superar as pressões e situações adversas do dia-a-dia. Esse é um fator pessoal, que vai depender das características psíquicas e comportamentais de cada um. As pessoas são diferentes biologicamente, psicologicamente e quanto à educação e história de vida.

É natural que alguns tenham um repertório melhor que outros para lidar com as adversidades e suportar o estresse. Não existe um trabalho sem exigência por desempenho e algum grau de cobrança. Temos que aprender a lidar com isso.

Por vezes é difícil perceber por conta própria que o grau de sofrimento com o trabalho é exagerado, sendo fruto da falta de mecanismos para lidar e absorver parte desse estresse. Observar o modo com que seus colegas lidam com as adversidades do trabalho pode ajudá-lo em sua autoanálise. Conversar com colegas mais experientes pode ser útil para adquirir repertório para lidar com situações estressantes. Caso a dificuldade persista, um trabalho psicoterápico poderá ser útil para autoconhecimento, desenvolvimento de resiliência e habilidades para isolar o estresse.

Entre os cargos de trabalho, aqueles em maior risco são os da "linha de frente", em maior contato com o público. Agentes de venda, gerentes de balcão ou funcionários de registro, tiveram maior risco de desenvolver depressão no estudo chinês. Entre os principais sintomas estão a tristeza, falta de prazer, desânimo, falta de iniciativa e de energia, dificuldade de concentração, alterações do sono e do apetite. Se os sintomas persistirem por mais de duas semanas, na maior parte dos dias, é preciso procurar ajuda psiquiátrica. Retardar a busca por tratamento pode acabar por prejudicar seu desempenho em diversas áreas da vida, principalmente no próprio trabalho.

Fonte: Portal de Paulínia 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A nossa guerra civil está começando

Diariamente, surge em alguma cidade brasileira um novo protesto em resposta à violência das polícias. Um adolescente assassinado na porta de casa; um pai de família torturado em uma Unidade da Polícia Pacificadora; uma criança que desaparece da rua de casa, depois de uma ação da PM; manifestantes alvejados com balas de borracha e spray de pimenta mesmo quando estão sentados num protesto pacífico; trabalhadores tratados como bandidos pela Força Nacional por defenderem o petróleo como patrimônio brasileiro.

A cada investida das forças de segurança - e eu vou usar essa expressão porque elas foram criadas para servirem como segurança para a socidade - contra a população o caos e a berbárie só aumentam. É como se depois de anos e anos apanhando e morrendo calados, todos resolvessem acordar.

E esse despertar está muito além do vandalismo dos chamados blacks blocks (que usam os ataques a grandes empresas, bancos e órgãos públicos para criticar o sistema). O que estamos vendo eclodindo no Brasil vai bem mais longe. É a Dona Maria, o seu Joaquim e mais um monte de gente que não quer mais apanhar quieto, nem chorar sozinho pelas mortes que contabiliza na periferia. O problema é que junto com eles há uma legião de insatisfeitos e revoltados que só conhece a linguagem da violência e do desamor e que está vendo todos os dias que pode quebrar, tumultuar e vandalizar porque, assim, é possível ser ouvido. E o mais importante: dessa forma eles dão vazão àquela gana que está guardada há tanto tempo.... Ou vocês acham que a maioria desses rapazes que hoje promoveu quebra-quebra na Fernão Dias, em São Paulo, já não levou safanão gratuito da PM? Gentileza gera gentizela o inverso também.

Temo muito por todo esse clima de animalesco que está tomando conta do país. A agressão cometida na semana passada contra um coronel da Polícia Militar de São Paulo é emblemática do quanto as nossas forças de segurança não têm mais qualquer respeito perante a sociedade. E eu estou falando de respeito. Não de medo! Como respeitar uma instituição que mesmo quando é "pacificadora" se vale de técnicas de tortura para fazer vinganças pessoais? Como respeitar uma instituição onde um oficial diz debochadamente para uma câmera que agrediu um cidadão porque quis? Como respeitar uma instituição que forja flagrantes contra estudantes em protestos que pedem melhorias para transporte público e para a educação?

Sou contrária a todo e qualquer tipo de violência: ao estudante, ao jornalista, ao coronel da PM, ao adolescente da periferia. Por isso ver esse estado de guerra civil para onde nossas forças de segurança estão nos empurrando me é desolador.

Faz-se urgente uma virada de página, um marco regulatório. A solução estaria na desmilitarização das Polícias Militares? Confesso que não tenho acúmulo sobre a questão para opinar, mas, como cidadã, temo muito pelo rumo que as coisas estão seguindo e gostaria muito que alguém tivesse uma resposta a dar.

Estamos vivendo quase numa guerra civil, onde o grande causador é justo aquele a quem o Estado confiou nos defender. E agora, a gente chama o Chapolin Colorado?

Nota pública sobre a votação do Marco Civil da Internet

FNDC: Queremos a nossa internet livre!

Em luta pela democratização da comunicação e pela liberdade de expressão, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) vem a público divulgar seu apoio à aprovação da proposta original do Marco Civil da Internet (PL 2126/11), com a garantia dos direitos à liberdade de expressão, privacidade e neutralidade de rede. O projeto poderá ser votado nesta terça (29) na Câmara dos Deputados, data a partir da qual trancará a pauta de votações da casa.

O FNDC espera o respeito dos parlamentares ao processo de construção colaborativa que envolveu o Estado e a sociedade civil para a validação desta que já foi considerada uma referência mundial de legislação. Que os parlamentares tomem para si a vontade da população brasileira e rejeitem os lobbies das empresas de telecomunicação e das indústrias de entretenimento e de conteúdo, afastando qualquer possibilidade de censura à internet brasileira.

A neutralidade de rede – Princípio que garante que os pacotes de informação que trafegam na rede sejam tratados de forma isonômica – deve ser garantida, para que o fluxo de informação, como acontece hoje, seja livre. As empresas de telecomunicação, em nome de seus lucros, não podem restringir o tráfego de acesso aos conteúdos, não podem diferenciar o uso dos usuários com pacotes de informação. Pelo direito de informação e liberdade de expressão, o FNDC defende que todos os cidadãos e cidadãs tenham liberdade e sejam tratados com igualdade na navegação em rede, sem que haja benefício ou detrimento para alguns, de acordo com sua condição financeira.

Dessa maneira, além do texto original, que dá as garantias para a neutralidade de rede e da privacidade, o FNDC apoia também a supressão do parágrafo 2,º do artigo 15, inserido posteriormente ao texto, que permite a remoção de conteúdos sem ordem judicial no caso de infração a direitos autorais ou conexos. Tal parágrafo agride o direito dos usuários ao devido processo legal, especificamente ao contraditório e à ampla defesa, frente a pedidos de retirada de conteúdos considerados pelos requerentes, e não pela Justiça. Em nome dos interesses das corporações, este parágrafo fere gravemente os direitos constitucionais da liberdade de expressão e do acesso ao conhecimento e à cultura.

Os direitos dos cidadãos e cidadãs à liberdade de expressão e à informação, assim como à privacidade, não podem ser sublimados em nome dos interesses do capital.

Queremos a nossa internet livre!

Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sim, eu dei ao mundo esse Tesouro!

Prova de Filosofia: 

Com suas palavras, explique qual o problema social que necessita de uma mudança urgente em nosso país.
R: A violência dos policiais nas favelas do Rio de Janeiro. #cadêoAmarildo


Agora me digam se não é pra morrer de orgulho?


Obrigada, meu Deus, por esse tesouro em minha vida!


Amor e comoção por boa causa nunca atrapalham. Deixe de ser chato

Pra você que passou a semana no discurso "mundo injusto onde cachorros comovem mais do que gente", vai aí um efeito prático da ação - destrambelhada - dos ativistas de São Roque.

Se não fosse a comoção que incomodou tanta gente, talvez não tivesse caído essa ficha da ANVISA.

Parabéns aos ativistas atrapalhados e aos que se comoveram com os cachorrinhos.

Admiro essa gente!



Anvisa estuda mudanças em legislação sobre uso de cobaias

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Viva os médicos que têm coragem!

Em nome da tia Amira Figueiras, parabenizo todos os médicos de verdade neste dia 18 de Outubro. Todos aqueles que veem na profissão não apenas um meio de ganhar muita grana, mas uma forma de construir um mundo mais bacana, de ajudar o próximo, de fazer a vida menos pesada e sofrida.

Muitas vezes já vi a tia Amira varar madrugadas sobre estudos e projetos para melhorar a vida de crianças, muitas delas filhas de pais desprovidos de recursos capazes de compensar financeiramente toda a genialidade dessa mulher tão dedicada. Isso nunca norteou a sua carreira na medicina. Não é à toa que ela tem o respeito que tem em todo o Brasil e na América Latina.
É pelo exemplo dela, que eu me emociono quando vejo imagens como as postadas no álbum do UOL, abaixo.

Um viva especial aos médicos que têm coragem!
http://noticias.uol.com.br/saude/album/2013/09/03/saude-no-brasil-medicos-e-pacientes.htm

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Porra, Dilma!

E então Dilma autoriza a Força Nacional a proteger o leilão do Campo de Libra.
Vai vender o petróleo brasileiro na camada pré-sal e chama o Exército para impedir a população de se manifestar contra isso.
O Brasil vive dias muito, muito estranhos.



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O orgulho e a humildade

"O orgulho é o terrível adversário da humildade. Se o Cristo prometeu o Reino dos Céus aos mais pobres, foi porque os grandes da Terra imaginavam que os títulos e as riquezas eram a recompensa de seus méritos, e que a sua essência era mais pura que a do pobre. Acreditavam que essas coisas lhes eram devidas, e por isso, quando Deus as retira, acusam-no de injustiça. Oh, irrisão e cegueira! Deus, acaso, estabeleceu entre vós alguma distinção pelos corpos? O invólucro do pobre não é o mesmo do rico? O Criador fez duas espécies de homens? Tudo quanto Deus fez é grande e sábio. Não lhe atribuais as idéias concebidas por vossos cérebros orgulhosos".

Por Constantina, em 1863, em O Evangelho Segundo o Espiritismo

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Lei Maria da Penha já salvou 300 mil vidas. Eu conheço algumas delas.

A violência contra a mulher está entre paredes que você nem imagina.
Cada vez que se cria um espaço para debater o tema, seja numa roda de conversa ou numa postagem de facebook, é visível o crescimento da quantidade de mulheres que já são capazes de falar sobre a agressão que sofreram, que superaram a vergonha, o medo de "se expor" e até a culpa que um dia sentiram por terem sido vítimas de seus parceiros.

Sim, eu falei culpa! A situção da agressão doméstica é tão absurda, tão destrutiva, sobretudo, internamente, que a gente chega a se sentir culpada pela agressão que sofreu. E se há filhos na questão, a situação é ainda pior...

Ontem e hoje, a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, traz em sua coluna dados que revelam os avanços da Lei Maria da Penha e a reflexão sobre que tipo de avanço é esse, como a mudança de concepção nas Defensorias Públicas, que, até 2006, defendiam os homens acusados pela agressão (os réus) e não, as mulheres vítimas da agressão.

Como filha, mulher e amiga que vivi e testemunhei situações de agressão doméstica, recebo e replico esse tipo de matéria com muita alegria. Precisamos dar um basta nesse mundo em que homens acham que são nossos donos e que devemos submissão a eles, mesmo depois que as relações acabam.
Chega!

Abaixo, os textos de Mônica Bergamo

Lei Maria da Penha levou 38 mil homens à prisão em 2012
01/01/13

O total de prisões de homens no país enquadrados na Lei Maria da Penha em 2012 deve chegar a 38 mil até dezembro (os dados de 2012 serão divulgados neste ano). Serão também 33 mil flagrantes e 5.000 prisões preventivas. A projeção, que será divulgada nos próximos dias, é feita com base em processos judiciais em andamento.

Os números são compilados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, comandada pela ministra Eleonora Menicucci, e também pelo Ministério da Justiça e pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Em 2011 foram 30 mil prisões, 26.269 flagrantes e 4.000 prisões preventivas.

Lei Maria da Penha já salvou 300 mil vidas, diz ministra Eleonora Menicucci
02/01/13

O estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostrando, na semana passada, que o número de homicídios de mulheres não diminuiu no período de aplicação da Lei Maria da Penha tirou o sono da ministra Eleonora Menicucci.

Ela não contesta os dados, que mostram que a taxa média de mortalidade, antes de 2007, era de 5,28 por 100 mil habitantes, e depois da lei chegou a 5,22 por 100 mil. E sim as conclusões tiradas do trabalho. Ela recebeu a coluna no sábado em sua casa, em Pinheiros, em SP, para a seguinte entrevista.

Folha - A lei fracassou?
Eleonora Menicucci -
A Lei Maria da penha é um sucesso. Ela substituiu uma lei que, essa sim, era fracassada. Antigamente, a penalização para o agressor era distribuir cestas básicas e fazer trabalho comunitário. Isso incentivava a violência e não estimulava as mulheres a denunciarem. Ao contrario, elas tinham vergonha de dizer que apanhavam. A Lei Maria da Penha mudou isso.


Talvez não tanto quanto o desejado?
A Lei Maria da Penha tem apenas sete anos. Ela não está nem na adolescência, ela está ainda na segunda infância. E seu primeiro sucesso foi possibilitar uma articulação inédita entre os poderes executivos nacional, estadual, e municipal com o judiciário, as promotorias e o sistema de segurança pública do país inteiro. Houve uma mudança de concepção. As defensorias públicas, antigamente, defendiam o réu [no caso, homens acusados de agressão]. Hoje, elas defendem a vítima [a mulher agredida]. Isso já é um ganho extraordinário.


Os magistrados muitas vezes não são sensíveis a ela?
Isso ainda é um problema. Alguns juízes, lá do caixa prego, resolveram pedir atestado psicológico da mulher antes de conceder a ela a medida protetiva, que determina que o agressor fique a uma determinada distância dela. Isso é duvidar da fala da mulher e pode ter consequências graves. Hoje, o juiz tem o prazo de 30 dias para expedir a medida protetiva. Fomos ao CNJ pedir que esse prazo seja reduzido para 24 horas. A Elisa Samúdio [assassinada pelo goleiro Bruno] pediu e não obteve a medida. Ela morreu. Com a proteção, provavelmente estaria viva.


E o caso de Luana Piovani, em que o Tribunal de Justiça do Rio anulou a condenação do ex-namorado dela, Dado Dolabella, porque a atriz não seria vulnerável?
Eu acho um absurdo. Só porque ela é rica, bonita, autossuficiente? A vulnerabilidade não pega classe social. As mulheres de classe média para baixo denunciam mais. A classe alta tem mais vergonha. Por isso a Luana foi extraordinária, exemplar. É aquele velho paradigma patriarcal: ela é bonita, estava na boate, usa vestidos curtos, ela estava pedindo. A Lei maria da Penha é clara: mulher nenhuma pede para ser violentada ou agredida.


Por que o número de homicídios de mulheres não caiu?Os dados desse estudo de uma pesquisadora do Ipea são baseados no 180 [número que recebe denúncias] e em dados do SUS. A fonte é legítima e correta. Mas os números não mostram o que é o simples homicídio, em que a mulher morre num assalto, por exemplo, do feminicídio, em que ela é assassinada por uma questão de gênero, por causa de uma relação de opressão e de violência doméstica. Nós estamos debatendo um projeto de lei que transforma o feminicídio em crime, com agravantes para o acusado. A conclusão de que esse estudo mostra que a Lei Maria da Penha fracassou é equivocada. Não é só o número de mortes de mulheres que vai definir o sucesso ou não da lei.

O que é então?
Só em 2011 foram 30 mil prisões de homens enquadrados na Lei Maria da Penha. As projeções mostram que, nesse ano, serão 38 mil [dados de 2012 que serão divulgados neste ano]. Nós temos mais de 300 mil medidas preventivas, protetivas, expedidas. A lei já salvou mais de 300 mil vidas. Houve julgamentos exemplares que reforçam o caráter educativo da lei. Só 2% nunca ouviram falar dela. E há novidades interessantes por todo o país.


Quais?
No Espírito Santo, cem mulheres receberam o botão do pânico, com um GPS. Quando o agressor se aproxima, a mulher aperta o botão. Uma viatura policial chega imediatamente. Dois homens já foram presos por causa disso. Em Minas Gerais, os homens acusados têm que usar tornozeleiras. Em 2006, quando a lei foi promulgada, 46 mil mulheres ligaram para o 180. Estamos chegando já a um total de 4 milhões de ligações em sete anos. As mulheres estão mais confiantes. Sabem que não estão sozinhas. O Estado está do lado delas.


Mas os dados de homicídio podem ser um sinal.
Temos uma cultura patriarcal muito forte, da posse do corpo da mulher. As mulheres tinham dificuldade de romper esse ciclo de violência porque não tinham a porta de saída, que é a autonomia econômica, a possibilidade de entrar no mercado de trabalho. Agora elas têm e têm também o aparato legal para combater a violência. Mas não se muda uma mentalidade de quatro séculos em sete anos. A lei não faz milagre. Mas a Maria da Penha é um "chutezinho" para o começo do fim da impunidade.


O sofrimento é uma escola

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O sofrimento é uma escola. 
Talvez, a mais completa delas, onde a gente depura, declina, perdoa, se fortalece e, se aprender direito, até ama.

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domingo, 29 de setembro de 2013

Super leitora

Esta madrugada Dalila deu um salto significativo em seu processo evolutivo intelectual.
Às 22h de ontem, sábado, eu a lembrei que ela estava sem ler livro algum. Ela, então, pegou o "Diário de uma Garota Nada Popular", um dos livros que ganhara no último aniversário e que ainda não havia lido. 
Fui acordada às 3h30 com a notícia: acabei! 

Pela primeira vez na vida Dalila leu um livro de uma sentada só. E ela ficou tão empolgada com o feito que quer fazer mais vezes! 
O livro tinha 279 páginas.

E a mamãe aqui fica toda orgulhosa... 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A diferença entre temer e mentir para proteger o ser temido

Eu não me sinto capaz de julgar ninguém por não ter aderido à Greve Diário do Pará e DOL. Acho que quem agiu assim deve ter seus motivos muito particulares.

Agora, uma coisa é o sujeito decidir que não quer contribuir com os colegas a lutar pelo aumento de seu próprio salário, nem por melhores condições de trabalho. Outra coisa bem diferente é o sujeito BOICOTAR a luta coletiva dos colegas, protegendo o patrão e, pior, MENTINDO sobre a realidade dos que estão tendo a CORAGEM de dar a cara a tapa e arriscar o próprio pescoço em nome de uma causa coletiva. Causa que envolve, inclusive, os sujeitos que protegem e mentem pelos patrões.

Eu, sinceramente, não vejo como grande problema os 5 ou 7 gatos pingados - sim, porque os verdadeiros gatos pingados estão lá nas redações do Jader - que resolveram furar greve.
Pra mim, problema mesmo são os mentirosos que prejudicam os colegas de lida diária para defender empresários e políticos corruptos.

Isso é digno de repulsa!



Repórteres exibem seus contra cheques e mostram que a reslaidade é bem difenrente da anunciada na imprensa nacional por um alguns diretores do jornal, de que a média salarial na casa é de R$ 2.600,00





Família Maiorana tenta usar a greve dos jornalistas do Diário e DOL como palanque para seus aliados políticos

Lamentável essa nota do jornal O Liberal, de hoje. Estão tentando fazer política rasteira com a luta digna dos trabalhadores em Greve Diário do Pará e DOL.

A nota desmerece a capacidade dos colegas ao tentar desqualificar o Diário do Pará como "jornaleco" e "diário de mentiras". 

Esse comportamento dos Maiorana é tão repugnante e mesquinho quanto a intransigência dos Barbalho em não negociar e respeitar a categoria.

A luta por respeito, dignidade e condições de trabalho dos colegas do Diário do Pará e do Diario Online não merece ser usada como palanque político por oportunista nenhum. Muito menos nas palavras de um jornalista, que suponho ser quem escreve as notas para a tão lida e conceituada coluna Repórter 70.


#JornalistaValeMais