quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A Feira da Madeira e seus segredinhos noturnos

Vocês já escutaram falar na empresa Global Forest?
Eu também nunca tinha escutado. Até hoje, quando me deparei com um ostensivo e misterioso stand deles na VIII Feira Internacional de Máquinas e Produtos do Setor Madeireiro, que acontece no Hangar até sábado.

Uma caixa preta, bela, toda de vidro, que não permite que quem esteja de fora veja o que se passa lá dentro. A entrada parace a de uma boate e a música, também.

É claro que eu não controlei minha curiosidade e fui lá ver o que se passava, afinal, já tinham passado pra lá belas moças de vestidos pretos, colados, curtos e decotados, quase todas falando espanhol. O que seria aquilo?
Passei um oléo de peroba na cara e entrei fazendo carão, juntamente com outras três colegas de trabalho.

Sim, o stand da Global Forest era uma boate perfeita. Luz negra, barman, bebidinhas e muita, muita mulher bonita.
Era permitida a entrada no stand, mas passar da corda vermelha somente os convidados da empresa. Era atrás dessa corda que a brincadeira parecia estar "mais legal". Nessa área estavam as belas moças, dividas em duas categorias: as que usavam vestidinhos pretos mais soltinhos, e outras com a roupa que já descrevi acima (pra lá de provocante). As de roupa menos sensual ficavam sentadas em poltranas logo na entrada da parte VIP; as demais, circulavam, conversavam com os convidados e posavam para fotos.

Um grande balcão sevia de apoio para senhores com cara de rico. Vocês sabem que a maioria dos ricos têm cara de rico, né? Era beeeeem o caso.

Ao fundo, havia ainda mais uma sala, onde uma cortina preta não permitiu que eu "fiscalizasse" o que rolava por lá.

Depois de ficar impressionada com tamanho descaramento, me perguntei "mas de quê é essa empresa afinal?". Passei o olho nas plotagens e fiquei ainda mais chocada.
Todo o glamour e ostentação da boate contrastavam com as ilustrações: pessoas carregando toras de madeira. Trabalhadores vestidos apenas de short, com bonés encardidos, sem qualquer equipamento de segurança e, curiosamente, todos negros. Sem nenhum exagero de minha parte, pareciam imagens de trabalho escravo.

Tentei fotografar o local. Era tudo muito absurdo para que apenas as minhas descrições pudessem expressar o meu choque. Na hora que ergui o celular, um segurança me abordou "a senhora não pode registrar nada aqui dentro".

Bom, nessa hora, tive certeza de que ali... er... bom, concluam vocês...

Ah, e se estás curioso, a Global Forest é uma empresa multinacional de pisos de madeira.


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Ei, e babado! Sabe quem estava lá, bebendo uma taça de espumante? Uma bela repórter de TV que resolveu descansar no local. De um lado o copo, do outro o microfone. Amiga, assim não poooooode! Vai rolar essa parte na tua matéria na TV?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O tal Cara

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Meu coração ainda não se recuperou e ainda não fez as pazes com Ele, mas, putz, tenho que reconhecer: Lula é o Cara!
Ninguém é capaz de fazer certas coisas que ele faz.
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Para quem duvida, eis uma testemunha isenta

Recomendo a leitura do post Luciano Huck tuíta através do Navega Pará, no blog Assuntos Cadentes.
É o tipo de notícia que me orgulha enquanto paraense. Não, não é por se tratar de um global. É por ter orgulho de mostrar para essa galera do Sul Maravilha que aqui não tem somente escrotice. Não é, Dr. Yúdice?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Saúde sem preservativo e escova de dente?

Hoje foi lançado, em Belém, pelos governos Federal e Estadual, o projeto Territórios de Paz, do Ministério da Justiça. Uma grande ação marcou o lançamento.
Apesar da presença do ministro Tarso Genro, da governadora Ana Júlia e de outros figurões, a população da Terra Firme e Guamá compareceu ao local mesmo para se beneficiar dos serviços que estavam sendo oferecidos. O ato foi no Campus III da UFPA.
Emissão de documentos, informações sobre os projetos sociais dos governos e da Prefeitura etc. E vocês sabem como é, onde tem algo de graça, tem muita gente circulando. Ainda mais quando o bairro é carente.

Mas, apesar da quantidade de pessoas, o que tinha lá mesmo era Agente Comunitário de Saúde da Prefeitura. Todos lá, vestidos de laranja. Não ousaria chutar a quantidade. Eram muitos. Ocupavam toda a área dos estandes. E eu me perguntava "O que fazem todos esses agentes aqui?".
Eis que a SESPA começa o trabalho de educação sexual, de contrelo de DST; e de educação bucal. Pronto! Os laranjinhas encontraram o que fazer. Pegar preservativo e os kits de higiene bucal.
Ok, é claro que eles têm direito de acessar àquele material. Mas não me conformo com a forma necessitada como faziam. Muito menos o argumento que usavam quando tentávamos explicar que aquele material era para a comunidade. "Nós não temos isso. Dá pra gente! A gente nunca tem dessas coisas". E, é claro, diante de tantos apelos, eles recebiam.

Ora, se eles são Agentes Comunitários de Saúde como trabalham na comunidade sem o básico? Nem eles mesmos têm acesso ao material...
Então, para que serve aquela camisa laranja tão marcante?
Ok, eu sei resposta. Lamentavelmente...

domingo, 18 de outubro de 2009

Mosqueiro e outras cositas mais

Há 4 anos eu não colocava os pés na ilha de Mosqueiro.
Que experiência maravilhosa a de passar um final de semana lá, quando não tem aquela agitação de feriado.
Compreendo agora as declarações apaixonadas dos freqüentadores do lugar.
Sim, Mosqueiro é maravilhosa!

Ganhamos um dos melhores

Uma das melhores cabeça deste Estado resolveu entrar na blogosfera.
O maqueteiro e escritor André Nunes inaugurou neste domingo o Tipo Assim... Folhetim.
Um blog com uma proposta interessante, um folhetim virtual.
Quem já conhece os livros dele, sabe que vem coisa muuuuuito boa por aí.


Ah, e agora, no momento esnobe da poster, vocês sabiam que ele é meu pai postiço???? Aiiiiiiii, adoro falar isso!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Quem está pior?

Durante muito anos, eu diria que durante a maior parte da minha vida, achei que sabia lidar com o mundo. Lidava bem com as diferenças, com as dificuldades financeiras, com os atropelos diários, com as pressões impostas pelo sufocante trabalho.

Hoje eu me sinto acometida por uma cegueira crônica. Uma cegueira que só me faz enxergar problemas. Não sei se o mundo piorou ou se eu me tornei uma pessoa pior. Sem dúvida, sou uma pessoa menos tolerante e menos paciente. Por outro lado, sou mais humana, [ainda] mais generosa, mais carinhosa, mais cheia de amor para distribuir entre meus pares.

Mas tudo parece tão paradoxo. Minha dureza me obriga a ficar fechada em meu casulo, que, por outro lado, transborda amor como nunca se viu...

Tem sido difícil conciliar essas coisas.
Talvez por isso esses dias eu tenha estado tão sumida daqui. Não estou com paciência para falar, nem debater nada.
Preciso me compreender .

Hoje aconteceu uma coisa que me deixou muito triste. Uma pessoa por quem tenho a maior estima, carinho, respeito e confiança me virou as costas num dos momentos em que mais precisei dela. Pareceu uma punhalada. Não quero julgá-la. Não cabe a mim. Ela deve ter seus motivos e, talvez, até mesmo porque eu tenha dado esses motivos. Mas a verdade é nunca estamos preparados para sermos abandonados.
Nunca! Ainda mais quando é por alguém que se ama.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Quando se faz diferente

Com criação da Mendes e produção da Imagem, acho que o VT da Unimed foi a melhor homenagem ao Círio neste ano. Juntamente com a campanha do Governo do Estado, do "Pará de Todas as Marias" e de "Todos os Josés" (mas para falar desses pareço suspeita).

Belo texto. A Mendes arrasou!

Cansei

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Acho que cansei de ser sexy.
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Chiquita: o paradoxo do Círio de Nazaré

Recomendo o texto que Pedro Alexandre Sanches escreveu sobre a festa da Chiquita, no portal UOL.


O visitante neófito que chega a Belém do Pará para mais uma edição do Círio de Nazaré acredita a princípio estar na cidade mais religiosa do planeta. Objeto de adoração da festa católica, Nossa Senhora de Nazaré se espalha pela cidade a cada detalhe e em cada canto, em centenas de réplicas, em faixas de saudações, nas preces difundidas pelos alto-falantes, na boca de cada um dos estimados dois milhões de fiéis que peregrinam por Belém seguindo a imagem da santa pelas diversas procissões do segundo fim de semana de outubro. Tanta devoção precisava ter um antídoto, e tem. Espremida entre duas gigantescas procissões, na madrugada do sábado para o domingo acontece a Festa da Chiquita, celebração de diversidade sexual que lota cada esquadro da grande praça da República, bem aos pés do imponente e tradicionalíssimo Teatro da Paz.


Na íntegra, aqui.

domingo, 11 de outubro de 2009

Onde os descamisados têm vez

O Círio é tão apaixonante que na madrugada do segundo domingo de outubro é o único dia do ano em que tu cruzas uma pessoa suada, descalça e de roupa velha e não tem medo de ser assaltado. É promesseiro!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

É primavera...

Ando romântica.
Um romantismo que sai pelos poros.
Que me faz ficar sonhando, projetando e pensando como vai ser o amanhã.
Mesmo que ele seja totalmente incerto...
Escuto música romântica de casal padrão de novela das oito e já fico suspirando pelos cantos.
Suspirando por algo que nem toco.
Suspirando por algo que não cheira, que não me puxa pelo braço, que não encosta os pés quentes nos meus quando o ar-condicionado está muito forte.
Mas é bom.
Estou feliz!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ele realmente nos acha muito imbecis

A cada dia fico mais impressionada com a forma como Duciomar nos chama de imbecis.
O cara não faz PN na cidade e, na semana do Círio, resolve asfaltar a avenida Nazaré no meio da tarde.
Em semana de Círio, Belém já é o caos, com máquinas maquiando a cidade em horário comercial, imaginem a cagada... Quem passou por lá nesta segunda sabe do que falo.
Será que Duciomar pensa que alguém vai achá-lo bacana "olha, como ele trabalha!" por causa disso?
Ora, Duciomar... Se manque!

Entroncamento e a voz que não se ouve

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Muito bom o texto de Anderson Araújo, sobre os bastidores da matéria que publicou no domingo passado em O Liberal, sobre a vida no Entrocamento.
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Círio cansa

Tá bom. Pra maioria de vocês Círio é festa, emoção, fé e tudo mais que ouvimos nas propagandas de outubro.
Mas tenho que confessar que, pra mim, Círio é sinônimo de cansaço.
Cansa minha mente, meu corpo, minha paciência, meu sorriso.
Acho a Nazica bacana. Respeito a festa pra caramba. Mas não posso negar que a semana que antecede o Círio é a mais cansativa do ano para esta figura que vos fala.
Nazinha, Nazinha, ainda faltam 6 árduos dias! Dai-me força!

Viva Mercedes Sosa!

Se fosse um cantorzinho qualquer americano, a imprensa nacional faria o maior barulho...

Viva Mercedes Sosa! Seu talento e sua luta pela igualdade na América Latina!

No Flanar, Itajaí Albuquerque fala mais a respeito.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Confirmado: Dilma estará no Círio!

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A ministra Dilma Russef acaba de confirmar ao gabinete de Ana Júlia Carepa que estará em Belém no Círio para pedir as bençãos da Nazica.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Girando a renda

"Reza quem é de rezar.
Brinca aquele que é de brincadeira.
Quem é de paz pode se aproximar que hoje é festa pra uma noite inteira"


*Pedro Luís

"Só o institucional é feliz!"

Meu trabalho é muito desgastante e cansativo.
Excesso de coisas a resolver, muitas cobranças, pressões, poucos recursos financeiros.
Mesmo assim eu gosto muito do que faço.
Gosto porque acredito.
Gosto porque sou apaixonada pelo que faço.
E hoje, ao ler o post de uma estagiária que se despede, tenho mais certeza de que tenho razões para continuar apaixonada.

Pra mim, trabalhar é muito mais que executar as tarefas. É poder conviver bem com o outro e fazer do dia-a-dia uma grande diversão, apesar de todas as pressões, tormentos e condições adversas.
Puxa... que bom que eu consigo isso com a minha equipe. Que sensação gostosa essa a que sinto agora.

Obrigada, Yorrana!