sexta-feira, 27 de abril de 2012

Empregada doméstica: tu cuidas devidamente da tua?

Hoje é Dia da Empregada Doméstica!
É claro que, como toda profissional, elas merecem respeito. Mas penso que merecem muito mais do que isso.
Uma empregada doméstica auxilia no funcionamento do que tens de mais importante na vida: teu lar e os teus amores que o habitam - esposa/marido, filhos, mãe/pai.

Além das questões práticas do trabalho, lavar, passar, arrumar, cozinhar, a empregada doméstica tem acesso a toda a tua vida, teus hábitos, problemas, costumes e manias.

E, como todo ser humano, tem a sua energia, sua história.
Imagina o que deve ser manter alguém com péssimas vibrações dentro de casa? Posso falar com conhecimento de causa!

Mais do que ser boa de serviço, uma empregada doméstica tem que ser boa de coração, de cabeça, de alma.

Como tenho filhos e trabalho fora, tenho auxiliar do lar desde o meu primeiro casamento, em 2003. Já tive funcionárias legais, espertas, engraçadas, bizarras, mal homoradas, loucas e até malvadas. Tive uma que maltratou a minha filha, outra que surtou psiquiatricamente e me ameçou de morte e uma que gritava comigo quando era contrariada.

Mas também já tive anjos. Hoje, inclusive, um desses anjos se despede do meu lar. Val chegou em casa 15 dias após o nascimento da Tarsila e, quatro meses depois, aceitou o desafio de mudar comigo para Brasília. Se não fosse ela, a guinada importante que dei na vida não teria acontecido. Ter alguém de confiança para cuidar de casa e das minhas filhas num momento de mudança como esse, deu-me equilíbrio para o recomeço numa cidade nova. Val foi parceira mesmo! Agora ela voltará para o Marajó, onde moram os filhos de 12 e 6 anos. Eles estão precisando da presença dela mais do que do dinheiro que ela manda trabalhando aqui.

Antes dela tive outro anjo, minha fiel escudeira Waldilene. Ela apareceu na porta de casa perguntando "Oi, me disseram que a senhora está precisando de uma empregada" e eu na mesma hora a aceitei. Confesso que fui até irresponsável por não ter ido atrás de referência, mas eu estava desesperada precisando de alguém para ficar com a Dalila, que tinha na época 3 anos, enquanto eu saia para trabalhar. Também era um momento de mudança. Eu tinha acabado de chegar em Belém. Quatro anos se passaram até que Waldilene deixasse de trabalhar em casa. Cuidava da Dalila e de mim. Cuidava da casa como se fosse dela. Era carinhosa conosco e nunca perdia o sorriso e o jeito doce.

Pensar na vida sem essas auxiliares é impossível.
Por isso, são pra mim mais do que funcionárias e pessoas que devem receber suas remunerações em dia, ter a previdência paga devidamente.
Merecem carinho, agradecimento, preocupação.
Sempre as incluirei em minhas orações.

Sejamos todos muito gratos a elas!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

SESPA desmente epidemia de dengue em Altamira

O 10º Centro Regional de Saúde (CRS) do Estado do Pará e a Vigilância Epidemiológica do município de Altamira realizaram uma investigação com base na matéria veiculada na Agência Brasil, no dia 17 de abril, com o título: “Dengue avança nos canteiros de obras da Hidrelétrica de Belo Monte”. O relatório com as conclusões foi encaminhado à Secretaria de Vigilância em Saúde (Programa Nacional de Controle da Dengue) do Ministério da Saúde.
 A equipe responsável apresentou os seguintes esclarecimentos, por meio de nota técnica:

  • Foram 351 casos de dengue no município de Altamira, até a Semana Epidemiológica 15 (1º de janeiro a 14 de abril). No mesmo período em 2011, foram 933 casos, ou seja redução de 40% nos casos da doença.
  • As notificações no Hospital Santo Agostinho, segundo a Vigilância Epidemiológica do município de Altamira, apresentaram redução de 65% até a Semana Epidemiológica 15 (de 08 a 14 de abril) em comparação ao mesmo período do ano anterior. O número de casos registrado é, em média, 5 por semana. 
  • A nota informa ainda que na semana epidemiológica 15, foram notificados 50 casos suspeitos de dengue no município. Esse número refere-se a todas as unidades notificantes de Altamira, e não apenas no Hospital São Rafael, como afirma a matéria. 
  • Por fim, a Divisão de Endemias do 10º CRS afirma que está monitorando a situação dos casos de dengue e as ações de controle em Altamira.

(Com informações da SESPA)


terça-feira, 24 de abril de 2012

É só pensar em você...

Chico César

É só pensar em você
Que muda o dia
Minha alegria dá pra ver
Não dá pra esconder
Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu
E eu vou só pensar em você

Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e comigo.

Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e consigo.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Notícia do PSDB no site do Governo do Pará. Pode, produção?

No ritmo do "No nosso Governo pode", Simão Jatene aproveita o site da Agência Pará, agência de notícias do Governo do Estado - portanto, mantida com dinheiro público - para divulgar as decisões de seu partido, o PSDB.

Isso já pode, produção? Imagina se a ex-governadora Ana Júlia fizesse isso com notícias do PT, na época de seu governo? Deus o livre, como diria minha avó...


Chamada na home da site Agência Pará


Para assistir ao vídeo, clique aqui

 
Governadores tucanos posando para foto, que também está disponível no banco de imagens da agência do Governo do Pará


Simão Jatene atento ao discurso de seu correligionário, o governador de Goíás Marconi Perillo (Esse mesmo que você está pensando)


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Jornalismo investigativo ou cumplicidade?

Vale lembrar a afirmação de Paul Virilio:
“A mídia é o único poder que tem a prerrogativa
de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que
 sustenta a pretensão de nãose submeter a nenhuma outra”.

Por Venício Lima*
Artigo publicado originalmente na revista Teoria e Debate. Texto disponível também na Carta Maior.

Algo de muito errado está acontecendo com a grande mídia no Brasil.
Enquanto empresários da mídia impressa ou concessionários do serviço público de radiodifusão – e seus porta-vozes – reafirmam, com certa arrogância, seu insubstituível papel de fiscalizadores da coisa (res) pública, o país toma conhecimento, através do trabalho da Polícia Federal, de evidências do envolvimento direto da própria mídia com os crimes que ela está a divulgar.

E mais: a solidariedade corporativa se manifesta de forma explícita. Por parte de empresas de mídia, quando se recusam a colocar setores de seu negócio entre os suspeitos da prática de crimes, violando assim o direito à informação do cidadão e o seu dever (dela, mídia) de informar. Por parte de jornalistas, que alegam estarem sujeitos a eventuais relacionamentos “de boa fé” com “fontes” criminosas no exercício profissional do chamado jornalismo investigativo.

Será que – na nossa história política recente – o recurso retórico ao papel de fiscalizadora da coisa (res) pública não estaria servindo de blindagem (para usar um termo de agrado da grande mídia) à indisfarçável partidarização da grande mídia e também, mais do que isso, de disfarce para crimes praticados em nome do jornalismo investigativo?

Imprensa partidária

Historiadores da imprensa periódica nos países onde ela primeiro floresceu, sobretudo Inglaterra, França e Estados Unidos, concordam que ela – ou o de mais parecido com aquilo que hoje entendemos como tal – nasceu vinculada à política e aos partidos políticos. Numa segunda fase, transformou-se em empresa comercial, financiada por anunciantes e leitores. No Brasil, as circunstâncias históricas, certamente nos diferenciam dos países citados, mas não há distinção em relação às origens políticas e partidárias da imprensa nativa.

Foi Antonio Gramsci, referindo-se à imprensa italiana do início do século 20, quem primeiro chamou a atenção para o fato de que os jornais se transformaram nos verdadeiros partidos políticos. Muitos anos depois, entre nós, Octavio Ianni chamou a mídia de “o Príncipe eletrônico”.

Apesar disso, a imprensa que passa a se autodenominar de “independente” é aquela que é financiada, sobretudo, pelos anunciantes e, ao longo do tempo, reivindica sua legitimação no princípio liberal do “mercado livre de ideias”, externo e/ou interno à própria imprensa.

No Brasil dos nossos dias, até mesmo os empresários da grande mídia admitem seu caráter partidário como, aliás, já afirmou publicamente a presidente da ANJ.
Jornalismo investigativo

O chamado “jornalismo investigativo” acabou levando a grande mídia a disputar diretamente a legitimidade da representação do interesse público, tanto em relação ao papel da Justiça – investigar, denunciar, julgar, condenar e, eventualmente, perdoar – como em relação à política institucionalizada de expressão da “opinião pública” pelos políticos profissionais eleitos e com cargo nos executivos e nos parlamentos.

Ademais, o assumido papel de oposição partidária parece estar levando setores da grande mídia a não diferenciar “jornalismo investigativo” – e/ou relação com “fontes” – e o exercício de uma prática profissional que escorrega perigosamente para o crime, sem qualquer limite ético e/ou legal.

Jornalismo investigativo e cumplicidade com práticas criminosas podem estar sendo confundidos. Vale, portanto, lembrar a afirmação de Paul Virilio: “A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”.

Parece que, lamentavelmente, atingimos a esse perigoso e assustador limite no Brasil.

*Professor Titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Regulação das Comunicações – História, poder e direitos, Editora Paulus, 2011.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ironias do Brasil, um país doente

Num país onde bombeiro desvia donativo de desabrigado, balconista de farmácia logra remédio de velinho hipertenso carente e policiais servem de segurança privada para o crime organizado, nada mais me espanta! Essa nossa socidade está completamente doente da sórdida corrupção.

Cuidemos nós de orientar bem os nossos filhos e crianças que nos cercam. Princípios, valores e caráter a gente começa a aprender nos primeiros passos, ainda em casa.

Senador Demóstenes escreveu para OAB prefácio sobre Ficha Limpa
O Estado de S.Paulo

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, pediu no final de semana a renúncia do senador Demóstenes Torres. Mas, em 2010, coube ao hoje parlamentar investigado a tarefa de redigir o prefácio de um livro editado pela OAB em comemoração à aprovação da Lei da Ficha Limpa. No texto, após elogiar a atuação da entidade no processo de aprovação da lei, Demóstenes afirmou: "Por causa da nova lei, a nação vai conquistar muito, pois o volume de recursos para beneficiar a população é inversamente proporcional ao número de bandidos abrigados na vida pública".
Demóstenes foi o relator, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, do projeto da Lei da Ficha Limpa. A norma que impede a candidatura de políticos condenados e daqueles que renunciam a mandatos para escapar do risco de cassação foi considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No prefácio, o senador citou uma frase dos autores do livro, Ophir Cavalcante e Marcus Vinícius Furtado Coelho, segundo a qual a sociedade brasileira não aceita mais políticos corruptos: "A norma se fez realidade por intermédio da atenta participação da sociedade brasileira, que não mais admite que os destinos da nação possam ser geridos por representantes que não possuem conduta adequada". O livro Ficha Limpa: A vitória da sociedade foi lançado em comemoração à aprovação da lei.
"Ninguém pode apagar a história", pondera Ophir. "Aquilo foi feito dentro de um momento em que ele foi o relator da Ficha Limpa no Senado. Ninguém tinha ideia do que estava acontecendo. Nas novas edições, certamente essa questão vai ser observada", disse.


MARIÂNGELA GALLUCCI

domingo, 8 de abril de 2012

Primeira dama ideal

Toda mundo tem um sonho de conto de fadas. O meu é ser Primeira Dama - assim maiúsculo mesmo. 
Sério!
Não importa a cidade.
Não me perguntem de onde vem essa vontade, nem quando começou. Não recordo. É um desejo antigo, de anos.
Acho tudo a ver comigo. 
Bom, o fato é que por esse desejo, adoro histórias de Primeira Dama e já sou super fã daquela que, na minha opinião, tem que ser a esposa do próximo Prefeito de São Paulo. Aquela cidade merece uma primeira dama à altura. Não acham?



Discreta, mulher de Haddad ganha espaço na campanha


Folha.com



Discreta e avessa à militância partidária, a dentista e professora universitária Ana Estela Haddad, 45, está assumindo tarefas e ganhando espaço na campanha do marido à Prefeitura de São Paulo.
Casada com Fernando Haddad há 24 anos, ela ocupou cargos na burocracia do governo federal enquanto ele se projetava como ministro da Educação de Lula e Dilma.
Agora, ajuda a formular as promessas do pré-candidato e participa de reuniões semanais que discutem propostas e metas para a saúde.
Segundo aliados, sua influência vai muito além do setor: Haddad a consulta "para tudo", nas palavras de um ex-auxiliar dele em Brasília. No currículo acadêmico, ela se apresenta como "uma das idealizadoras" do ProUni, vitrine eleitoral do marido.
"Ela tem luz própria. É muito discreta, mas atuante", comentou o presidente do PT municipal, Antonio Donato.
Ana Estela não quis dar entrevista. A discrição, incentivada pelo pré-candidato, é obedecida como regra pelos aliados que se reúnem com ela toda segunda-feira. Os coordenadores do programa de saúde, Carlos Neder e Milton Arruda, não quiseram falar.
Um terceiro participante do grupo relatou, sob condição de anonimato, que ela faz críticas duras à gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que quase apoiou o marido.
"Ela tem uma visão muito ampla da saúde. Era natural que ajudasse no programa de governo", disse Haddad, que inicialmente também se recusou a falar sobre a mulher.
Segundo assessores, ele ainda resiste a expor a imagem da família, embora saiba que, como candidato estreante, terá que apresentá-la na propaganda de TV.
Uma rara exceção ocorreu há duas semanas, quando o casal saiu junto numa manhã de sábado para participar de encontro do PT. Num comentário rápido, o ex-ministro exaltou a trajetória comum na academia e no governo.
"Fizemos tudo isso juntos e vamos ganhar a eleição juntos", disse, para aplausos da militância e, especialmente, das mulheres na plateia.
Criados na comunidade árabe de São Paulo, os dois se conheceram na adolescência no clube Sírio, no Planalto Paulista. Começaram a namorar quando ela tinha 20 e ele, 23. Fizeram mestrado e doutorado e viraram professores da USP -ela na Odontologia, ele na Ciência Política.
A competição por títulos, segundo amigos, é uma brincadeira recorrente do casal. "Ela é livre-docente da USP. Tem um currículo melhor que o meu", diz Haddad.
O petista relata que a mulher foi convidada para o governo pelo ex-ministro Cristovam Buarque (Educação), ao mesmo tempo em que Guido Mantega o levou para auxiliá-lo no Planejamento.
"Ela nunca trabalhou diretamente comigo, não integrava o alto escalão. Confesso que não me lembro de quem a indicou", diz Cristovam, hoje senador pelo PDT-DF.
Caso Haddad seja eleito, a professora Maria Salete Corrêa, que orientou Ana Estela na USP, acha que ela vai contrariar a tradição das primeiras-damas de ocupar cargos apenas decorativos. "Se a conheço bem, é impossível. Eu ficaria até decepcionada."
O petista desconversa sobre o assunto. "Não estamos pensando nisso agora."

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A sensatez de Dilma

Do jornal O Globo

Dilma critica `fantasia' na Rio+20

A presidente Dilma Rousseff defendeu ontem que a Rio+20 seja uma conferência que dê respostas reais aos problemas de desenvolvimento sustentável e não um fórum que discuta a "fantasia', destacando que não é realista achar que o mundo todo será abastecido com energia eólica e solar. A presidente afirmou que a conferência será um ponto de partida, no qual os principais desafios que o mundo terá de enfrentar neste século se cruzarão — como as mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade, a produção de alimentos, o acesso à água e a redução da pobreza.

— Vamos propor um novo paradigma de crescimento que não pareça etéreo e fantasioso. Ninguém aceita discutir a fantasia. Eu tenho que explicar para as pessoas como é que elas vão comer, como é que elas vão ter acesso a água e a energia — discursou Dilma, para uma plateia formada por ambientalistas, presentes no Fórum Brasileiro sobre Mudanças Climáticas.

A presidente Dilma afirmou ainda que o Brasil é um país diferenciado na questão ambiental e tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o que dá ao governo condições de assumir um papel de liderança na Conferência sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.


Dilma disse que, na Rio+20, o país tem que ter ao mesmo tempo liderança e humildade para mostrar que é possível crescer e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo. E afirmou ainda que o Brasil, além das hidrelétricas, "teimou' em ter um plano de etanol. Segundo ela, o país pode ser tornar uma das maiores economias do mundo sem degradar seus recursos naturais, num modelo que chamou de círculo virtuoso.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Intolerância pela coisa errada

Pela twitteira paraense Rita Helena Ferreira:

@ritahelenafer Sempre que vejo propaganda de UFC vem o desconforto de viver em um mundo onde dois homens se matando são mais tolerados que dois se beijando.


https://twitter.com/#!/ritahelenafer

Um Distrito de Tarados?

Quando mudei pra Brasília, há quase seis meses, muitos amigos faziam anúncios tenebrosos da mudança. "Não vais gostar da cidade. É fria", "As pessoas pouco se falam", "Lá, não se faz amigos". E outros comentários do tipo.
Confesso que mesmo que parte dessas coisas sejam verdade, nada disso me incomoda ou me atemoriza por aqui.
A única coisa que realmente me assusta - e muito - no Distrito Federal é a quantidade de estupros e casos de pedofilia que se escuta por essas bandas.
Quase todos os dias, sem exagero, escuto ou leio notícias a respeito desses crimes.
Ouvi na Rádio Band News esta semana que só em 2012 já foram registrados no DF 266 casos de estupro.
Isso é assustador!
Isso sem falar na pedofilia. Os casos de abusos ocorridos em família também bombam na imprensa local. São tios, pais, padrastos, irmãos, primos. Todo tipo de abuso se escuta por aqui.
Confesso que isso me faz andar sobressaltada.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A sórdida relação entre a revista Veja e o bicheiro Cachoeira

Excelentemente fundamentado o apanhado histórico feito pelo jornalista Luís Nassif sobre a relação entre a revista Veja e o bicheiro Carlinhos Cachoreira. Trata-se do grande banco de pautas denuncista da revista nacional que mais vende factóides políticos no Brasil.

Confira:

As matérias que Cachoeira plantou na Veja

Luis Nassif

Em 2008 dei início à primeira batalha de um Blog contra uma grande publicação no Brasil.
Foi "O Caso de Veja", uma série de reportagens denunciando o jornalismo da revista Veja. Nela, selecionei um conjunto de escândalos inverossímeis, publicados pela revista. Eram matérias que se destacavam pela absoluta falta de discernimento, pela divulgação de fatos sem pé nem cabeça.

A partir dos "grampos" em Carlinhos Cachoeira foi possível identificar as matérias que montava em parceria com a revista. A maior parte delas tinha sido abordada na série, porque estavam justamente entre as mais ostensivamente falsas.

Com o auxílio de leitores, aí vai o mapeamento das matérias:

DO GRAMPO DA PF DIVULGADO PELA REVISTA VEJA ESTE FIM DE SEMANA:

Cachoeira: Jairo, põe um trem na sua cabeça. Esse cara aí não vai fazer favor pra você nunca isoladamente, sabe? A gente tem que trabalhar com ele em grupo. Porque os grande furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz. Todos eles fomos nós que demos (...).

Cachoeira: Eu fiquei puto porque ontem ele xingou o Dadá tudo pro Cláudio, entendeu? E você dando fita pra ele, entendeu? (...)

Cachoeira: Agora, vamos trabalhar em conjunto porque só entre nós, esse estouro aí que aconteceu foi a gente. Foi a gente. Quer dizer: mais um. O Jairo, conta quantos foram. Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz. E tudo via Policarpo.

Graças ao grampo, é possível mapear alguns dos “furos” mencionados pelo bicheiro na conversa entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira com o PM-araponga Jairo Martins, um ex- agente da Abin que se vangloria de merecer um Prêmio Esso por sua colabiração com Veja em Brasília. Martins está preso, junto com seu superior na quadrilha de Cachoeira, o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá, fonte contumaz de jornalistas - com os quais mantém relações de agente duplo, levando e trazendo informações do submundo da arapongagem.

O primeiro registro da associação entre Veja e Cachoeira está numa reportagem de 2004, que desmoralizou uma CPI em que o biicheiro era invetigado. Em janeiro daquele ano, Cachoeira foi a fonte da revista Época, concorrente de Veja, na matéria que mostrou Waldomiro Diniz, sub de José Dirceu, pedindo propina ao bicheiro quando era dirigente do governo do Rio (2002). Depois disso, Cachoeira virou assinante de Veja.

As digitais do bicheiro e seus associados, incluindo o senador Demostenes Torres, estão nos principais furos da Sucursal de Brasília ao longo do governo Lula: os dólares de Cuba, o dinheiro das FARC para o PT, a corrupção nos Correios, o espião de Renan Calheiros, o grampo sem áudio, o “grupo de inteligência” do PT.

O que essas matérias têm em comum:

1) A origem das denúncias é sempre nebulosa: “um agente da Abin”, “uma pessoa bem informada”, “um espião”, “um emissário próximo”.

2) As matérias sempre se apoiam em fitas, DVDs ou cópias de relatórios secretos – que nem sempre são apresentados aos leitores, se é que existem.

3) As matérias atingem adversários políticos ou concorrentes nos negócios de Cachoiera e Demostenes Torres (o PT, Lula, o grupo que dominava os Correios, o delegado Paulo Lacerda, Renan Calheiros, a campanha de Dilma Rousseff)

4) Nenhuma das denúncias divulgadas com estardalhaço se comprovou (única exceção para o pedido de propina de 3 mil reais no caso dos Correios).

5) Assim mesmo, todas tiveram ampla repercussão no resto da imprensa.

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Clique aqui e veja no blog de Luís Nassif a cachoeira de furos da Veja em associação com Demóstenes, arapongas e capangas do bicheiro preso.