quarta-feira, 25 de junho de 2014

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Em um ano, 190 jornalistas foram agredidos em protestos

Os dados são da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em matéria da Agência Brasil. Foram 190 jornalistas agredidos em um ano somente em coberturas de protestos. Números de guerra.
E chamo a atenção para o fato de mesmo com esse cenário assombroso, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) não ter até hoje uma política nacional de combate à violência dos jornalistas. Nem mesmo para a Copa isso foi debatido. A Fenaj deixou que cada Sindicato fizesse como podia em seu estado.
E assim foi feito. 
Nós, no DF, estamos orgulhosos de estarmos fazendo nosso dever de casa, mas sabemos a falta que o apoio institucional e financeiro da Fenaj faz numa hora dessas. Faz, sim!


Abraji assegura que em um ano houve 190 agressões a jornalistas, em protestos

Helena Martins - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

De maio de 2013 até a última quarta-feira (18), 190 casos de detenção ou violência contra jornalistas foram registrados pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em manfestações. Ao todo, eles envolveram 178 profissionais. Desde o início da Copa do Mundo, 18 deles sofreram violações no exercício da profissão, nas cidades-sede.

São Paulo e Porto Alegre foram as duas cidades que mais registraram problemas. Cinco jornalistas foram agredidos por policiais em cada uma delas. Em São Paulo, todos no dia 12 de junho, na abertura do Mundial. O Rio de Janeiro está em terceiro lugar, com quatro registros de violações provocadas por policiais. Em quarto, Belo Horizonte, com dois casos, um causado por manifestantes e outro, por policiais. Há ainda registro de problemas em Fortaleza, onde um jornalista foi agredido e teve equipamento roubado por um segurança da Fifa Fan Fest.

O comportamento das forças de segurança tem preocupado a Abraji, que contabiliza que 88% dos casos registrados no Mundial foram provocados por policiais. De acordo com o levantamento da associação, 44% foram intencionais. Uma tendência percebida desde 2013.
Para o presidente da Abraji, José Roberto de Toledo, a situação é “preocupante”. Por isso, a associação registra e denuncia os casos de violência contra jornalistas. “A gente faz esse acompanhamento não apenas para falar dos riscos à liberdade de expressão e à democracia, mas também para pressionar policiais e manifestantes a deixarem de tratar os jornalistas como alvo”, afirma.

O presidente da Abraji avalia que os jornalistas têm vivenciado duplo risco, pois não podem procurar abrigo ao lado dos manifestantes ou das forças de segurança. Ele também aponta que o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), como coletes, capacetes e máscaras, tornou-se necessário. “O jornalista não pode ir mais para um evento desse [manifestação] como ele vai para uma entrevista comum. Ele tem que ir preparado, tem que tomar a decisão se vai enfrentar o risco ou não, porque não é pequena a chance de sofrer agressão”, destacou Toledo, lembrando que o jornalista pode optar por não fazer coberturas que considere de risco.

No dia 16, após uma jornalista de O Globo ter sido presa por um policial militar, ao se recusar a parar de registrar a detenção de um torcedor, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro divulgou nota afirmando que “a violência praticada contra jornalistas chegou a níveis inaceitáveis – e insustentáveis – na cidade do Rio de Janeiro”. Hoje (23), a presidenta do sindicato, Paula Mairán, afirmou que de maio do ano passado a maio deste ano, 72 jornalistas do município sofreram agressões. Relatório com essas denúncias será encaminhado para os órgãos competentes, como o Ministério Público - que tem o papel de fiscalizar a atuação externa da Polícia Militar - e o governo estadual.

Paula destaca que “todos os jornalistas que estão nas ruas correm riscos, diante das condições vulneráveis de trabalho”, mas comemora o fato de o Ministério Público ter notificado as empresas de comunicação para que garantam, dentre outras medidas, equipamentos de qualidade e acompanhamento de colegas durante a cobertura, para que nenhum jornalista atue sozinho em meio a manifestações ou áreas de risco. As empresas devem dar também acompanhamento jurídico, estimulando o registro das violações.
Para auxiliar os profissionais, a Abraji lançou manual com dicas para os jornalistas trabalharem com menos risco, antes e durante as coberturas. “Sem jornalista não se faz jornalismo, e sem jornalismo não se faz democracia”, alerta Toledo. 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) também elaborou manual trilíngue, e tem acompanhado presencialmente as manifestações. Jonas Valente, um dos coordenadores do sindicato, acrescenta que os órgãos de representação da categoria “tomaram medidas preventivas para garantir a segurança dos profissionais de imprensa, seja cobrando das empresas a garantia dos equipamentos, seja cobrando do Estado, que é o maior agressor, o respeito aos trabalhadores que fazem a cobertura jornalística”.
O SJPDF também entrou com ação preventiva na Justiça para multar as empresas que não fornecerem EPIs. Também realizou curso com os profissionais e teve reuniões com o Governo do Distrito Federal, cobrando que as forças sejam orientadas a respeitar o trabalho dos jornalistas, a exemplo do Ministério Público, que expediu notificação com recomendação aos veículos de comunicação, sugerindo a adoção de medidas de proteção nos locais de trabalho.

A festa nos estádios não vale as lágrimas nas favelas

Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço
Um grupo de manifestantes participa de uma caminhada no calçadão entre as praias do Leme e de Copacabana para lembrar pessoas assassinadas nas favelas. Entre as vítimas homenageadas está o ajudante de pedreiro Amarildo Dias, desaparecido na Favela da Rocinha há quase um ano e declarado morto pela Justiça.

Com o tema A Festa nos Estádios Não Vale as Lágrimas nas Favelas, a passeata foi organizada pela Rede de Comunidades contra a Violência.

“Na linha de frente temos familiares de vítimas do Estado, mães que perderam seus filhos na mão da polícia. Tem casos recentes, de vítimas da UPP [Unidade de Polícia Pacificadora] e casos antigos, como da chacina da baixada, gente de Itaboraí, que está aguardando o julgamento há dez anos”, listou a jornalista da organização não governamental Justiça Global, Glaucia Marinho.

Os manifestantes cantam “E no Maraca, enquanto a bola rola, não tem saúde, não tem transporte, não tem escola” e “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci, e poder me orgulhar e ter a consciência que o pobre tem que lutar”.

PT vem errando no diagnóstico?

Interessantíssima a entrevista que o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto de Carvalho, concedeu ao jornal Folhe de S. Paulo. Publicada nesta segunda-feira (23), a entrevista do petista histórico traz uma reflexão que, na minha modesta opinião, deveria ser um dever de casa obrigatório pra todo militante do PT que realmente quer ver o partindo crescendo no bom caminho.

Por outro lado, dá pra ver que a Folha tentou tirar dali o pior de Gilberto. Tentou criminalizar o PT de qualquer jeito. Mas Carvalho se saiu com maestria.

Clique aqui e leia a íntegra.

domingo, 22 de junho de 2014

Rompimentos libertadores

Como bem disse um dia o poeta Mário Quintana "Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça."

É exatamente essa a sensação que me toma a cada aniversário. Estou tendo a chance de recomeçar.

E como tenho o hábito de em todos os anos relacionar as conquistas, derrotas e desafios a alcançar, consigo mensurar quase que exatamente onde avancei, estacionei ou até mesmo regredi.

A aproximação deste 22 de junho encheu meu peito de um estranho vazio. Medo, receio. 
Lembro como se fosse ontem que às vésperas da mesma data no ano passado, eu estava eufórica e cheia de mim. Programei comemoração e encontro com gente querida. Me emocionei em vários momentos ao longo daquele 22 de junho de 2013, com tantas manifestações de amor, declarações de afeto, ligações de gente querida.

Já neste ano, eu queria estar escondida no meu personagem real: o da menina apavorada, encolhida no canto do quarto. (Ou vocês acreditam mesmo nessa figura risonha e falastrona aparentemente segura que circula por aí? Um blefe, meu povo! Um blefe.)

É bem verdade que o meu black dog anda com o peito estufado influenciando em grande parte essa escolha. Mas há também muito da minha opção de vida no último ano. Se eu tivesse que escolher uma palavra para marcar meus 33 anos, ela seria "rompimento".

Rompi com tanta coisa no último ano, que acho que ainda estou velando algumas delas. Mesmo que muitas tenham sido para o meu bem, é difícil desapegar de anos de vícios, escolhas equivocadas, hábitos distorcidos. 

Talvez eu tenha rompido até comigo mesma. Com aquela "eu" que me fazia mal ao entrar em disputas desnecessárias, ao se apaixonar demais, ao se expor desmedidamente, ao se entregar aos prezeres efêmeros como se não houvesse amanhã, ao querer abraçar o mundo com os curtos braços que têm, ao querer tomar para si as dores do mundo.

Tenho a impressão que chego aos 34 anos sendo outra "eu". Com os mesmos sonhos, mesma alegria, mesma disposição pra auxiliar o outro, mesma vontade de mudar o mundo. Mas tentando me livrar de tudo aquilo que um dia me maltratou, me subjugou e me adoeceu.

O caminho é longo e até lá eu talvez ainda sinta saudade do que ficou. Talvez... Porque estou me afeiçoando muito a essa nova pessoa que a idade e o conhecimento tem apresentado. 

Espero de coração que no texto de 35 anos eu seja de novo só comemoração. Num novo estilo, mas só comemoração.

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PS1: Seria injusto não registrar que neste ano eu também recebi muito carinho em ligações e mensagens que chegaram de Norte a Sul do país. =D

PS2: Não posso deixar de registrar que meu dia hoje teve um quê de especial graças aos amigos queridos que me resgataram de exílio social voluntário.


Neyla, Pat, Fabíola e Gui encheram meu dia de amor no sempre especial lar dos tios Sérgio e Nanci e do Gus.








sábado, 21 de junho de 2014

Ódio não cria vida superior em parte alguma

O sexo tem sido tão aviltado pela maioria dos homens reencarnados na Crosta que é muito difícil para nós outros, por enquanto, elucidar o raciocínio humano, com referência ao assunto. Basta dizer que a união sexual entre a maioria dos homens e mulheres terrestres se aproxima demasiadamente das manifestações dessa natureza entre os irracionais.
No capítulo de relações dessa espécie, há muita inconsciência criminosa e indiferença sistemática às leis divinas. Desse plano não seria razoável qualquer comentário de nossa parte. Trata-se dum domínio de semibrutos, onde muitas inteligências admiráveis preferem demorar em baixas correntes evolutivas. 
É inegável que também aí funcionam as tarefas de abnegados construtores espirituais, que colaboram na formação básica dos corpos, destinados a servirem às entidades que reencarnam nesses círculos mais grosseiros. Entretanto, é preciso considerar que o serviço, em semelhante esfera, é levado a efeito em massa, com características de mecanismo primitivo. 
O amor, nesses planos mais baixos, é tal qual o ouro perdido em vasta quantidade de ganga, exigindo largo esforço e laboriosas experiências para revelar-se aos entendidos
Entre as criaturas, porém, que se encaminham de fato, aos montes de elevação, a união sexual é muito diferente. Traduz a permuta sublime das energias perispirituais, simbolizando alimento divino para a inteligência e para o coração, e força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para a vida eterna.
A procriação é um dos serviços que podem ser realizados por aquele que ama, sem o ser objeto exclusivo das uniões. O Espírito que odeia, ou se desloca em posição negativa diante da Lei de Deus não pode criar vida superior em parte alguma

(Instrutor Alexandre, no livro "Missionários da Luz", ditado por André Luiz, para Chico Xavier. 1945. 22ª. edição. Pag.198. FEB)

terça-feira, 17 de junho de 2014

Tribunal de Justiça do Pará ganha prêmio do CNJ por prática em conciliação

“Foi uma alegria enorme receber um reconhecimento dessa natureza do CNJ, sobretudo, porque estamos falando de execução fiscal, uma das áreas com o maior congestionamento de processos nos Tribunais”.

A declaração foi da juíza paraense Kédima Lyra, coordenadora do projeto de Conciliação em Execução Fiscal, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, vencedor da Menção Honrosa na categoria Tribunal Estadual da quarta edição do Prêmio Conciliar é Legal, concedido pelo Conselho Nacional de Justiça às práticas jurídicas que contribuem para fortalecer a pacificação por meio do Poder Judiciário.

O projeto Conciliação em Execução Fiscal do TJPA esteve entre as 17 práticas premiadas na tarde de ontem (16/6), durante a 191ª Sessão Ordinária do Plenário do CNJ e última presidida pelo Ministro Joaquim Barbosa, que está se aposentando ainda neste mês.

Com três Semanas de Conciliação realizadas em um ano, as taxas de êxito de conciliação do projeto paraense foram de 90% em junho de 2013, de 91% em setembro de 2013 e de 98% em maio passado.

Lançado pelo CNJ em 2010, o Prêmio Conciliar é Legal homenageia magistrados e servidores das Justiças Federal, Estadual e do Trabalho, além de boas e inovadoras ações criadas no âmbito da Justiça para o aprimoramento dos métodos de solução de conflitos e pacificação social. Neste ano, foram contempladas práticas relacionadas à Justiça Consensual, Sociedade mais Satisfeita e Harmonizada e Eficiência das Estruturas da Conciliação e Mediação.


A presidente do TJPA, desembargadora Luzia Nadja Guimarães, e a juíza Kédima Lyra, exibem a premiação recebida pelo CNJ / Foto: Gil Ferreira/Secom CNJ


sábado, 14 de junho de 2014

Reinventar-se é preciso

Gente que se reinventa.
Como admiro.
Aqueles que não sucumbem, que não se entregam, que não se vitimizam.
É claro que o sofrimento, o choro e a derrota fazem parte do processo de amadurecimento e evolução de qualquer pessoa. Pelo menos daqueles que sabidamente as aproveitam como tal.
Mas ficar dando murro em ponta de faca, gostar do escuro e insistir nós mesmos erros... Não, isso não é louvável.
Mil vivas à arte de sorrir cada vez que o mundo diz não.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O que disse Juca Kfouri


O problemão que Lula criou para Dilma

Juca Kfouri
Ao trazer a Copa do Mundo para o Brasil em 2007, num momento em que o país bombava e tudo dava certo, o ex-presidente Lula não calculou que sete anos depois as coisas poderiam estar diferentes.

Mais: não se ligou que Copas do Mundo não são para o povão, mas apenas para quem pode pagar caro por um ingresso nos novos estádios erguidos a peso de ouro para recebê-las.
Eis que a bomba explodiu no colo de sua sucessora, pouco familiarizada com a mal vista cartolagem do futebol.

Se Dilma Rousseff soube guardar profilática distância de Ricardo Teixeira e, agora, de José Maria Marin (ninguém o viu perto dela ontem) , nem por isso ela evitou a hostilidade da torcida endinheirada que esteve na Arena Corinthians.

Se em Brasília, na abertura da Copa das Confederações, a presidenta foi vaiada, em São Paulo foi xingada mesmo, com palavrões típicos de quem tem dinheiro, mas não tem um mínimo de educação, civilidade ou espírito democrático.

Ninguém precisava aplaudi-la e até mesmo uma nova vaia seria do jogo.

Mas os xingamentos raivosos foram típicos de quem não sabe conviver com a divergência, mesmo em relação a uma governante legitimamente eleita pelo povo brasileiro.
A elite branca tão bem definida pelo insuspeito ex-governador paulista Cláudio Lembo, mostrou ao mundo que é intolerante e mal agradecida a quem lhe proporciona uma Copa do Mundo no padrão Fifa.

Que os próximos governantes aprendam a lição.

*Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Desde 2005, é colunista da Folha de S.Paulo e do UOL

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Parabéns aos 111 jornalistas paraenses que optaram por um Sindicato Pra Lutar

Eleição sem disputa é eleição vazia. Não há críticas.
E sem críticas, tudo tende a seguir do jeitinho que está.

Os corajosos jornalistas que montaram a Chapa 2 - Sindicato é pra Lutar para disputar as eleições para o Sindicato dos Jornalistas do Pará, cuja votação ocorreu ontem (11/06), prestaram um grande serviço a toda nossa categoria. Pois movimentaram as redações, as assessorias, as redes sociais e os bate-papos dos botecos. 

Com propostas inovadoras como gestão colegiada, independência dos Conselhos de Ética e Fiscal, criação de delegado sindical nos interiores e uma postura muito mais combativa, os colegas da Chapa 2 deixaram claro que tinham um outro projeto para o Sinjor-PA. Estavam ali representando uma parte da categoria que não aceita mais um Sindicato mobilizado apenas para notas de repúdio, ações para apagar incêndio e festas de final de ano - e que a disputa eleitoral mostrou a que preço institucional elas são feitas. 


Eles mostraram que parte da categoria queria voltar a ter um papel de protagonismo como agente político na sociedade, promovendo e debatendo temas tão atuais e necessários, como a democratização da comunicação, o papel da mulher e ampliação das políticas afirmativas. 

Por isso, quero parabenizar todos os integrantes da Chapa 2, que se dispuseram a entrar na disputa e a promover esse importante momento para os jornalistas do Pará, tendo que suportar acusações levianas, ataques infantis, egos inflados e siricuticos de quem não entende que disputa política não tem absolutamente nada a ver com ataque pessoal. Que ser oposição e ter discordância de ideias e métodos faz parte do processo democrático.

Graças a vocês, o Sinjor teve que tornar transparente algumas relações viciosas, como a com a Federação da Agricultura do Pará (FEAPA). Graças a vocês pessoas que antes eram vistas como grandes lideranças se mostraram sem condições emocionais para tal. Graças a vocês nossos colegas do Pará puderam reacender a chama do bom combate com disputa de ideias.

Apesar de algumas figuras terem tentado tumultuar o clima com textos inflados de "eleição de lama"**, ver os colegas debater ideias e propostas como não se via desde o início dos anos 2000 no Pará foi, sim, bonito de se ver. Só não gostou quem tem dificuldade em lidar com o contraditório.

Parabéns a todos os colegas que votaram na Chapa 2. Que optaram pelo voto consciente, que entendem que Sindicato não é clubinho de amigos, nem balcão de brindes ou favores. Um Sindicato é pra defender os interesses de sua categoria e incansavelmente lutar por avanços de conquistas e direitos. Doa a quem doer.


E, por fim, quero desejar uma grande gestão à nova diretoria do Sinjor. Que todas as propostas consigam ser efetivadas e, principalmente, que os nomes que se apresentaram na Chapa estejam realmente dispostos a assumir tarefas no dia a dia, para que as trabalhadoras Roberta, Sheila, Priscila, Enize, Eliete e Jeniffer não fiquem sobrecarregadas mais uma vez. Que personalismo suma.

O Sindicato dos Jornalistas do Pará não há de ser o mesmo depois dessa eleição. Não mesmo.
Parte dos integrantes da Chapa 2 - Sindicato é Pra Lutar


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**O processo eleitoral teve, sim, seus percalços porque sempre há quem cometa excessos num processo desse. Infelizmente. Mas nada comparado aos exageros que vi em certas postagens por aí.




Nem todo mundo sabe ser amado

Algumas pessoas não sabem amar.
Outras estão num nível mais patológico, o de não saber ser amadas.

Eu sempre me compadeço com o segundo grupo.
Imagine a situação de você ter alguém disposto a ter dar carinho, atenção, afeto e cuidados e você simplesmente não saber receber. E não é porque não goste. É porque não consegue.
Seus amigos, sua família e até a família do seu ex te dizem "você está bem como nunca esteve" ou "nunca te vi com um sorriso assim". Mas você não consegue digerir isso a ponto de simplesmente ser feliz.
É como se essa sensação de bem-estar te sufocasse, te fizesse mal.
É como se bom mesmo fosse ser pesado, cabisbaixo, de sorriso amarelo, sozinho.

Vocês não sentem pena?!

Eu me comovo.
E oro.
Almas assim precisam de luz.
Pobres... Devem ter amarguras e muitas dores...

sábado, 7 de junho de 2014

Pedra que rola, não cria limo

Acalma os anseios de mudanças constantes. 
Deus te colocou no melhor lugar para o teu progresso moral e espiritual. O lar que tens, o trabalho em que te encontras, a cidade onde resides, são oportunidades de treinamento para a tua evolução.
 "Pedra que rola, não cria limo" — afirma o brocardo popular. 
Quem sempre está de mudança não amadurece, nem realiza bem coisa alguma. Cumpre a tarefa onde estejas, e, no momento próprio, após acurada meditação, toma o teu rumo definitivo. 

(JOANNA DE ÂNGELIS, do livro VIDA FELIZ. Psicografia de DIVALDO P. FRANCO)

sexta-feira, 6 de junho de 2014

CNJ arquiva processo administrativo disciplinar contra magistrada do Pará

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, por unanimidade, pelo arquivamento de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) aberto em 2013 contra a juíza Sarah Castelo Branco, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). A magistrada era investigada por suposta conduta negligente em relação a processos sob sua guarda.

O processo apontava indícios de que a juíza teria informado erroneamente o cumprimento da Meta 2 de 2009, do CNJ, pela 1ª Vara Penal Distrital de Icoaraci/PA, embora ainda restassem 172 processos pendentes de julgamento. A meta determinava aos tribunais a identificação dos processos mais antigos e a adoção de medidas concretas para o julgamento de todos os processos distribuídos até 31 de dezembro de 2005.

De acordo com o relator do processo, conselheiro Paulo Teixeira, a falta de apreciação dos processos restantes foi provocada por falhas na ferramenta de acompanhamento dos processos incluídos na Meta 2. “O que se verifica, pelo que consta nos autos, foi o fornecimento, pelo tribunal ao qual a requerida é vinculada, de ferramenta para acompanhamento dos processos incluídos na Meta 2, que, posteriormente, se revelou insuficiente para tanto”, apontou o conselheiro.

O Plenário também acompanhou o entendimento de que a falha no sistema para acompanhamento da Meta 2 e posterior identificação de outros processos, sob responsabilidade da magistrada, correspondentes aos objetivos da meta não configuram irregularidade na promoção da juíza. Segundo os autos, a magistrada foi removida da 1ª Vara Penal do Distrito de Icoaraci para a 6ª Vara penal do Juízo Singular, na comarca de Belém, em 2010, pelo critério de antiguidade.

Sarah Barros / Agência CNJ de Notícia

Eu só queria que ela sumisse

Ela sempre reaparece quando eu mais preciso dela longe.
Apesar de silenciosa e discreta, com tantos anos de convivência, eu já aprendi a identificar seus sinais.
A convivência é praticamente insuportável.
Dói tanto, que até a alma sente.
Que a dor até se estende a quem é obrigado a conviver diariamente comigo.
Afinal, impossível não se sentir incomodado com essa nuvem carregada.
Eu sei que ela está aí.
Eu quero que ela vá embora.
Mas ela tão perversa, que não me deixa pedir ajuda.
Outras vezes gritei por socorro.
Mas parece que a idade e as marcas do tempo, vão te fazendo ver isso como peso para as pessoas.
E ninguém tem culpa se essa maldita insiste em me assolar.
Estou feliz que consegui falar.
Obrigada por me ouvirem/lerem.