quarta-feira, 11 de novembro de 2015

TV Brasil, Agência Brasil e radiojornalismo da EBC entram em greve

A EBC é a empresa pública federal, ligada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, responsável pela TV Brasil, Agência Brasil, Portal EBC, Radioagência Nacional, oito rádios públicas, além de operar serviços como o canal de televisão NBr e a Voz do Brasil

A partir da zero hora desta terça-feira, 10/11, empregados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) entraram em greve contra a proposta de reajuste da empresa de 3,5%, bem abaixo da inflação no período (outubro a novembro) que é de aproximadamente 9,8%, segundo estimativa do Dieese. A proposta do órgão é que este percentual seja usado para 2015 e 2016. Isso pode representar uma perda salarial para os trabalhadores de até 15% em dois anos.

A EBC é a empresa pública federal, ligada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, responsável pela TV Brasil, Agência Brasil, Portal EBC, Radioagência Nacional, oito rádios públicas, como as Rádios Nacional do Rio de Janeiro e de Brasília e as Rádios MEC AM e FM. Além disso, opera serviços como o canal de televisão NBr e o programa de rádio Voz do Brasil.


A paralisação por tempo indeterminado foi aprovada no dia 5 em assembleia nacional dos trabalhadores das quatro praças da empresa (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís). 

Há exatos dois anos, esses mesmos trabalhadores realizaram uma greve de 15 dias e que paralisou cerca de 700 dos 2 mil funcionários. Neste momento, foi conquistado aumento real e garantiu que não fossem retirados direitos já previstos no Acordo Coletivo, como horário especial para amamentação e transporte para os empregados do horário notuno.

Os empregados reivindicam um aumento salarial conforme o índice de inflação mais um ganho real linear para todos os empregados de R$ 450 (esse valor corresponde a cerca de 5% do total da folha de pagamento da empresa). Além disso, eles lutam para que as negociações do ACT sejam realizadas anualmente. A data-base dos trabalhadores é 1º de novembro.

Pelo fim dos privilégios

Os trabalhadores também denunciaram os privilégios que são dados aos cargos de diretoria dentro da empresa pública. Eles lutam por isonomia dentro do quadro de empregados e pressionam para que, neste momento de crise, a empresa faça cortes em cargos comissionados, nos salários da chefia e em outros benefícios dados aos cargos de direção como: vaga privativa na garagem paga pela empresa, auxílio-moradia e diárias recebidas pela direção com valor muito superior aos que são pagos aos empregados.

Confira o abaixo-assinado endereçado ao ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, que pede o fim dos privilégios na empresa pública. No primeiro dia de mobilização, os trabalhadores farão um cabidaço, colocando cabides na entrada da empresa, como forma de protesto para expor esta situação.

“Altos salários são pagos para os cargos comissionados da Empresa, que estão na magnitude dos R$ 29 mil para o diretor-presidente (fora os privilégios, que fazem com que o salário do presidente chegue a vultuosos R$ 35 mil), valor assustadoramente próximo ao salário da Presidenta da República e seus ministros de Estado, que é de aproximadamente R$30 mil. Nosso diretor-geral ganha quase R$ 27 mil e os demais diretores da EBC, cerca de R$ 25 mil”, diz um trecho do documento.

Acompanhe a greve da EBC: https://www.facebook.com/SJPDF e facebook.com/comissao.ebc

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Forme um cidadão dentro da sua casa e o mundo há de ser melhor

Criar um filho não é tarefa fácil.
E a dificuldade não está nas noites mal dormidas, nos gastos ou nas tarefas nem sempre prazerosas que a maternidade requer.

O maior desafio é apresentar o mundo para uma pessoinha de forma que ela veja sabor na vida sem deixar de enxergar as necessidades dos outros, sem deixar de se indignar com injustiças, sem ser inerte diante das transformações sociais. Orientar a formação de um cidadão, permitindo que ele tenha liberdade e senso crítico para fazer suas próprias escolhas de forma consciente. 

Ufa!

(E essa responsabilidade dobra quando 70% a criação desse ser está nas suas mãos. Ser "mãe solteira" impõe a nós, mulheres, uma cobrança ainda maior. A sociedade cobra, mas nos cobramos ainda mais.) 

Lembro com detalhes da oração que fiz à caminho da sala de parto, quando pari a minha primeira filha, há mais de 12 anos. "Que essa menina faça diferença no mundo para o bem coletivo". Era um mantra. Repeti muitas vezes. E não só naquele 30 de maio. Venho fazendo isso ao longo de toda a vida da Dalila. 

No último domingo, ela foi ao ato pela cassação deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara Federal, em Belém. A ida foi uma iniciativa dela, obviamente, muito apoiada por mim e pelo pai. Uma amiga querida que também iria com as filhas encarregou-se de levá-la. 

Quando li o relato dela nas redes sociais, só conseguia repetir pra mim "Obrigada, meu Deus!". A tarefa de ser mãe está dando certo. 


Relato da Dalila

Tenho 12 anos e hoje fui ao meu primeiro protesto.


Assim que cheguei lá, minha primeira reação foi analisar todas as pessoas, (principalmente mulheres), que estavam lá. Difícil colocar todos em uma só "categoria", porém, todas as vezes que cantava as musiquinhas eu me lembrava que todos estavam lá por uma só causa. A liberdade. Uma palavra tão simples de ser dita mas tão difícil de ser conquistada. Estavam lá pela vida. Porque do que adianta viver sem liberdade? 

Fiquei MUITO feliz de ter estado lá e sentir a sensação de pelo menos ter tentado lutar. Todas as pessoas tinham que uma vez na vida ter essa sensação de ajudar com um pequeno esforço a mudar milhares de vidas.
Alguns dizem que foi em vão, mas só pelo fato de poder mostrar que tem pessoas que ainda se importam com a causa, já valeu a pena.
‪#‎ForaCunha‬

‪#‎NãoMeCalo‬

Dalila carregando a faixa de abertura do ato Fora Cunha, em Belém



A felicidade pós-ato, com a família da Marcinha, que a levou para o ato