domingo, 29 de setembro de 2013

Super leitora

Esta madrugada Dalila deu um salto significativo em seu processo evolutivo intelectual.
Às 22h de ontem, sábado, eu a lembrei que ela estava sem ler livro algum. Ela, então, pegou o "Diário de uma Garota Nada Popular", um dos livros que ganhara no último aniversário e que ainda não havia lido. 
Fui acordada às 3h30 com a notícia: acabei! 

Pela primeira vez na vida Dalila leu um livro de uma sentada só. E ela ficou tão empolgada com o feito que quer fazer mais vezes! 
O livro tinha 279 páginas.

E a mamãe aqui fica toda orgulhosa... 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A diferença entre temer e mentir para proteger o ser temido

Eu não me sinto capaz de julgar ninguém por não ter aderido à Greve Diário do Pará e DOL. Acho que quem agiu assim deve ter seus motivos muito particulares.

Agora, uma coisa é o sujeito decidir que não quer contribuir com os colegas a lutar pelo aumento de seu próprio salário, nem por melhores condições de trabalho. Outra coisa bem diferente é o sujeito BOICOTAR a luta coletiva dos colegas, protegendo o patrão e, pior, MENTINDO sobre a realidade dos que estão tendo a CORAGEM de dar a cara a tapa e arriscar o próprio pescoço em nome de uma causa coletiva. Causa que envolve, inclusive, os sujeitos que protegem e mentem pelos patrões.

Eu, sinceramente, não vejo como grande problema os 5 ou 7 gatos pingados - sim, porque os verdadeiros gatos pingados estão lá nas redações do Jader - que resolveram furar greve.
Pra mim, problema mesmo são os mentirosos que prejudicam os colegas de lida diária para defender empresários e políticos corruptos.

Isso é digno de repulsa!



Repórteres exibem seus contra cheques e mostram que a reslaidade é bem difenrente da anunciada na imprensa nacional por um alguns diretores do jornal, de que a média salarial na casa é de R$ 2.600,00





Família Maiorana tenta usar a greve dos jornalistas do Diário e DOL como palanque para seus aliados políticos

Lamentável essa nota do jornal O Liberal, de hoje. Estão tentando fazer política rasteira com a luta digna dos trabalhadores em Greve Diário do Pará e DOL.

A nota desmerece a capacidade dos colegas ao tentar desqualificar o Diário do Pará como "jornaleco" e "diário de mentiras". 

Esse comportamento dos Maiorana é tão repugnante e mesquinho quanto a intransigência dos Barbalho em não negociar e respeitar a categoria.

A luta por respeito, dignidade e condições de trabalho dos colegas do Diário do Pará e do Diario Online não merece ser usada como palanque político por oportunista nenhum. Muito menos nas palavras de um jornalista, que suponho ser quem escreve as notas para a tão lida e conceituada coluna Repórter 70.


#JornalistaValeMais




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Por elas...

Quando você é mãe, entende que pudor, vergonha, orgulho, melindre e todos esses sentimentos significam absolutamente nada diante da tua coragem e força pra ir além dos limites pelos teus filhos.
É impressionante o que esse amor misturado com instinto natural de preservação é capaz de fazer...




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Somos aquilo que atraímos

A caridade do pensamento
Sabemos todos que o pensamento é onda de vida criadora, emitindo forças e atraindo-as, segundo a natureza que lhe é própria. Fácil entender, à vista disso, que nos movemos todos num oceano de energia mental.
Cada um de nós é um centro de princípios atuantes ou de irradiações que liberamos, consciente ou inconscientemente. Sem dúvida, a palavra é o veículo natural que nos exprime as idéias e as intenções que nos caracterizem, mas o pensamento, em si, conquanto a força mental seja neutra qual ocorre à eletricidade, é o instrumento genuíno das vibrações benéficas ou negativas que lançamos de nós, sem a apreciação imediata dos outros.
Meditemos nisso, afastemos do campo íntimo qualquer expressão de ressentimento, mágoa, queixa ou ciúme, modalidades do ódio, sempre suscetível de carrear a destruição.
Se tens fé em Deus, já sabes que o amor é a presença da luz que dissolve as trevas. Cultivemos a caridade do pensamento. Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.
No exercício da compaixão, que é a beneficência da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque mais dia menos dia, as nossas manifestações mais íntimas se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará.

Autor: Espírito Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: Paciência

Dirceu foi condenado sem provas, diz Ives Gandra, um dos maiores juristas do país, que atua em polo político oposto ao de Dirceu

A matéria foi publicada hoje na Folha de S. Paulo. 

É de MÔNICA BERGAMO, colunista da FOLHA.


O ex-ministro José Dirceu foi condenado sem provas. A teoria do domínio do fato foi adotada de forma inédita pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para condená-lo.
Sua adoção traz uma insegurança jurídica "monumental": a partir de agora, mesmo um inocente pode ser condenado com base apenas em presunções e indícios.

Quem diz isso não é um petista fiel ao principal réu do mensalão. E sim o jurista Ives Gandra Martins, 78, que se situa no polo oposto do espectro político e divergiu "sempre e muito" de Dirceu.

Com 56 anos de advocacia e dezenas de livros publicados, inclusive em parceria com alguns ministros do STF, Gandra, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, diz que o julgamento do escândalo do mensalão tem dois lados.
Um deles é positivo: abre a expectativa de "um novo país" em que políticos corruptos seriam punidos.

O outro é ruim e perigoso pois a corte teria abandonado o princípio fundamental de que a dúvida deve sempre favorecer o réu.

Foto: Adriano Vizoni/Folhapress

Folha - O senhor já falou que o julgamento teve um lado bom e um lado ruim. Vamos começar pelo primeiro.
Ives Gandra Martins - O povo tem um desconforto enorme. Acha que todos os políticos são corruptos e que a impunidade reina em todas as esferas de governo. O mensalão como que abriu uma janela em um ambiente fechado para entrar o ar novo, em um novo país em que haveria a punição dos que praticam crimes. Esse é o lado indiscutivelmente positivo. Do ponto de vista jurídico, eu não aceito a teoria do domínio do fato.

Por quê?
Com ela, eu passo a trabalhar com indícios e presunções. Eu não busco a verdade material. Você tem pessoas que trabalham com você. Uma delas comete um crime e o atribui a você. E você não sabe de nada. Não há nenhuma prova senão o depoimento dela -e basta um só depoimento. Como você é a chefe dela, pela teoria do domínio do fato, está condenada, você deveria saber. Todos os executivos brasileiros correm agora esse risco. É uma insegurança jurídica monumental. Como um velho advogado, com 56 anos de advocacia, isso me preocupa. A teoria que sempre prevaleceu no Supremo foi a do "in dubio pro reo" [a dúvida favorece o réu].

Houve uma mudança nesse julgamento?
O domínio do fato é novidade absoluta no Supremo. Nunca houve essa teoria. Foi inventada, tiraram de um autor alemão, mas também na Alemanha ela não é aplicada. E foi com base nela que condenaram José Dirceu como chefe de quadrilha [do mensalão]. Aliás, pela teoria do domínio do fato, o maior beneficiário era o presidente Lula, o que vale dizer que se trouxe a teoria pela metade.

O domínio do fato e o "in dubio pro reo" são excludentes?
Não há possibilidade de convivência. Se eu tiver a prova material do crime, eu não preciso da teoria do domínio do fato [para condenar].

E no caso do mensalão?
Eu li todo o processo sobre o José Dirceu, ele me mandou. Nós nos conhecemos desde os tempos em que debatíamos no programa do Ferreira Netto na TV [na década de 1980]. Eu me dou bem com o Zé, apesar de termos divergido sempre e muito. Não há provas contra ele. Nos embargos infringentes, o Dirceu dificilmente vai ser condenado pelo crime de quadrilha.

O "in dubio pro reo" não serviu historicamente para justificar a impunidade?
Facilita a impunidade se você não conseguir provar, indiscutivelmente. O Ministério Público e a polícia têm que ter solidez na acusação. É mais difícil. Mas eles têm instrumentos para isso. Agora, num regime democrático, evita muitas injustiças diante do poder. A Constituição assegura a ampla defesa -ampla é adjetivo de uma densidade impressionante. Todos pensam que o processo penal é a defesa da sociedade. Não. Ele objetiva fundamentalmente a defesa do acusado.

E a sociedade?
A sociedade já está se defendendo tendo todo o seu aparelho para condenar. O que nós temos que ter no processo democrático é o direito do acusado de se defender. Ou a sociedade faria justiça pelas próprias mãos.

Discutiu-se muito nos últimos dias sobre o clamor popular e a pressão da mídia sobre o STF. O que pensa disso?
O ministro Marco Aurélio [Mello] deu a entender, no voto dele [contra os embargos infringentes], que houve essa pressão. Mas o próprio Marco Aurélio nunca deu atenção à mídia. O [ministro] Gilmar Mendes nunca deu atenção à mídia, sempre votou como quis.
Eles estão preocupados, na verdade, com a reação da sociedade. Nesse caso se discute pela primeira vez no Brasil, em profundidade, se os políticos desonestos devem ou não ser punidos. O fato de ter juntado 40 réus e se transformado num caso político tornou o julgamento paradigmático: vamos ou não entrar em uma nova era? E o Supremo sentiu o peso da decisão. Tudo isso influenciou para a adoção da teoria do domínio do fato.

Algum ministro pode ter votado pressionado?
Normalmente, eles não deveriam. Eu não saberia dizer. Teria que perguntar a cada um. É possível. Eu diria que indiscutivelmente, graças à televisão, o Supremo foi colocado numa posição de muitas vezes representar tudo o que a sociedade quer ou o que ela não quer. Eles estão na verdade é na berlinda. A televisão põe o Supremo na berlinda. Mas eu creio que cada um deles decidiu de acordo com as suas convicções pessoais, em que pode ter entrado inclusive convicções também de natureza política.

Foi um julgamento político?
Pode ter alguma conotação política. Aliás o Marco Aurélio deu bem essa conotação. E o Gilmar também. Disse que esse é um caso que abala a estrutura da política. Os tribunais do mundo inteiro são cortes políticas também, no sentido de manter a estabilidade das instituições. A função da Suprema Corte é menos fazer justiça e mais dar essa estabilidade. Todos os ministros têm suas posições, políticas inclusive.

Isso conta na hora em que eles vão julgar?
Conta. Como nos EUA conta. Mas, na prática, os ministros estão sempre acobertados pelo direito. São todos grandes juristas.

Como o senhor vê a atuação do ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso?
Ele ficou exatamente no direito e foi sacrificado por isso na população. Mas foi mantendo a postura, com tranquilidade e integridade. Na comunidade jurídica, continua bem visto, como um homem com a coragem de ter enfrentado tudo sozinho.

E Joaquim Barbosa?
É extremamente culto. No tribunal, é duro e às vezes indelicado com os colegas. Até o governo Lula, os ministros tinham debates duros, mas extremamente respeitosos. Agora, não. Mudou um pouco o estilo. Houve uma mudança de perfil.

Em que sentido?
Sempre houve, em outros governos, um intervalo de três a quatro anos entre a nomeação dos ministros. Os novos se adaptavam à tradição do Supremo. Na era Lula, nove se aposentaram e foram substituídos. A mudança foi rápida. O Supremo tinha uma tradição que era seguida. Agora, são 11 unidades decidindo individualmente.

E que tradição foi quebrada?
A tradição, por exemplo, de nunca invadir as competências [de outro poder] não existe mais. O STF virou um legislador ativo. Pelo artigo 49, inciso 11, da Constituição, Congresso pode anular decisões do Supremo. E, se houver um conflito entre os poderes, o Congresso pode chamar as Forças Armadas. É um risco que tem que ser evitado. Pela tradição, num julgamento como o do mensalão, eles julgariam em função do "in dubio pro reo". Pode ser que reflua e que o Supremo volte a ser como era antigamente. É possível que, para outros [julgamentos], voltem a adotar a teoria do "in dubio pro reo".

Por que o senhor acha isso?
Porque a teoria do domínio do fato traz insegurança para todo mundo.

domingo, 22 de setembro de 2013

E agora, Partido dos TRABALHADORES?

Há alguns meses, uma ala dentro do Partido dos Trabalhadores no Pará, liderada pelo ex-deputado federal Paulo Rocha, tem se empenhado na missão de convencer a maioria dos filiados de que, no próximo ano, o número 13 não deva estar entre as opções dos eleitores para as eleições a governador do estado. Paulo Rocha e seu grupo querem que o PT abra mão de um candidato próprio a governador do Pará, para ser vice de ninguém menos que Helder Barbalho, filho do todo poderoso senador Jader, tão famoso nacionalmente pela sua habilidade política quanto, digamos, traquina.

É claro que a tentativa de Paulo Rocha, amplamente apoiada por nomes como Carlos Bordalo (deputado estadual) e Beto Faro (deputado federal), não passaria facilmente. É fato que o PT de agora está longe de ser o partido cheio de ideologias do passado, mas não chega ao cúmulo de ser composto apenas por gente que só quer saber de cargo a qualquer custo. Ainda há um amplo grupo resistindo em defesa da candidatura própria, no estilo "Se tivermos que perder, percamos, mas faremos o bom combate. Disputaremos com dignidade".

Quem é do Pará sabe o quão nocivo foi para a gestão petista de Ana Júlia (2007-2010) a coligação siamesa que foi feita com o PMDB de Jader. Alguns secretários de Ana Júlia lutaram, tentaram, mas Jader corroeu por dentro e o resultado todos conhecem. Por sinal, vale lembrar, que até no processo de reeleição de Ana, a insistência da ala petista-puxa-saco-de-Jader teve seu papel importante na derrota do PT. Paulo Rocha exigiu que a então Coligação Acelera Pará não tivesse um segundo candidato ao Senado, mesmo que a coligação fosse composta por mais de 10 partidos, muitos dos quais com nomes para indicar. O ex-deputado federal e candidato a senador insistia na dobradinha oficiosa com (seu líder?) Jader Barbalho. E assim foi feito, afinal, ele tinha maioria dentro do Partido.
É claro que os partidos aliados da Coligação não gostaram nada disso e o resultado foi a saída dos mesmo da campanha. Coligados sim. Engajados, não!

Bom, eu estou dando essa pequena volta para chegar finalmente onde pretendo. Se ainda com todo esse histórico, alas do PT insistem no apoio aos Barbalho, eu quero muito saber qual a posição desses senhores, lideranças do Partidos dos Trabalhadores no estado, agora, que os jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online expuseram para o Brasil as vísceras do poderoso grupo de comunicação do senador.



Há mais de uma semana, os bravos colegas dos dois veículos iniciaram uma mobilização - como parte da campanha do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Jornalista Vale Mais - na qual exigem do grupo condições mínimas de trabalho e pagamento do piso salarial. Vejam bem: a situação desses trabalhadores é tão grave, que eles não estão pedindo ganhos. Estão querendo o básico, aquilo que todo empresário deve garantir a seus trabalhadores. O caso do grupo Diário é ainda mais emblemático por ser de posse de um senador da República.


Jornalista do grupo exibe a tabela salarial paga por Jader Barbalho, muito abaixo do piso


Eliete Ramos mostra as marcas da agressão
O grupo se recusa em negociar, não aceita receber o Sindicato e a intransigência resultou numa greve. Greve histórica e que está recebendo apoio de todo o Brasil. Sindicatos de Jornalistas de todo o país já emitiram nota de apoio e nas redes sociais a campanha em defesa dos colegas não para de crescer. 

Mas o desrespeito ao direito dos trabalhadores é tão grande que já há jornalista demitido como represália pela organização do movimento e dirigente sindical agredido. A diretora do SINJOR-PA Eliete Ramos já denunciou à Polícia a agressão que sofreu na porta do jornal.


E agora, PT, vocês realmente vão insistir que esses são os melhores aliados, em detrimento dos maiores e históricos aliados do Partido, os trabalhadores? 

Espero a resposta na prática.

Jornalista demitido do Diário do Pará por greve, fala dos abusos do poderoso grupo

Veja a entrevista de Leonardo Fernandes, jornalista do jornal Diário do Pará demitido há uma semana, como represália pela sua participação na mobilização dos trabalhadores pela garantia de seus direitos.

Para saber mais sobre a histórica greve nas redações do poderoso grupo de comunicação de Jader Barbalho, acompanhe a fanpage do movimento.

Greve Diário do Pará e DOL




 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Jornalistas de uma das maiores redações do Norte param em greve histórica

Trabalhadores do Diário do Pará, grupo de Jader Barbalho, reivindicam o estabelecimento de um piso salarial mais justo, implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração e pagamento de hora-extra, entre outros direitos
Eu poderia comentar essa notícia com muito orgulho, pela capacidade e força de mobilização dos meus colegas. Mas confesso que, apesar delas, no fundo, sinto é tristeza e revolta de ver que um grupo de comunicação de posse de um senador da República precisa chegar ao extremo de uma greve para reconhecer direitos básicos de trabalhadores, como o pagamento do piso salarial.
Nós, jornalistas, quase nunca somos notícia. E quando a somos, é porque fomos vítimas de nossas pautas: agressões em protestos, traficantes que nos descobriram numa cobertura, político que mandou nos executar por vingança de uma denúncia. Nossas dores diárias nunca são notícia. A sociedade não imagina que por trás do glamour do jornalismo, somos mal pagos, contratados de forma precária, não temos plano de carreira e, raras vezes, temos plano de saúde e ganhamos adicionais noturno ou de periculosidade.
Muito corajosa a luta que os colegas de Belém estão travando na campanha Jornalista Vale Mais, iniciada pelo Sindicato dos Jornalistas do Pará (SINJOR), e que no último mês realizou atos em frente a redações de jornais e emissoras de televisão. Já há demitidos no Diário do Pará em retaliação ao movimento, mas eles seguem firmes e chegaram hoje à paralisação.
É isso aí, galera! Parabéns pela coragem de lutar por vocês e por toda uma categoria que, historicamente, aguentou calada tantas dores. 

Informações oficiais sobre a greve podem ser encontradas na fanpage do movimento: https://www.facebook.com/grevediarioedol

Carta aberta à direção do grupo RBA de Comunicação
Nós, jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online (DOL), com o apoio do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor), declaramos à direção do grupo RBA de Comunicação que estamos em franca campanha por melhores condições de trabalho, remuneração, pelo fim da superexploração da nossa mão de obra, da intimidação e assédio moral que enfrentamos diariamente. Exigimos a abertura imediata das negociações entre a direção desta empresa e seus trabalhadores para a avaliação da nossa pauta de reivindicações, anexa a esta carta. Também exigimos a imediata interrupção dos processos de demissão em curso e todo tipo de retaliação a funcionários que se manifestam a favor de melhores condições trabalhistas.
Informamos aos diretores desta empresa e a todos os colegas jornalistas, de todos os veículos de comunicação do Pará e do Brasil, que não ficaremos mais calados diante de todas as atrocidades que enfrentamos para realizar nosso trabalho. Nenhum de nós se conformará com um salário líquido que não chega a mil reais, com as frequentes horas extras nunca pagas, com cadeiras e computadores sucateados, que prejudicam nossa saúde com cada vez mais gravidade, com a falta até mesmo de água potável na copa e de papel higiênico nos banheiros.
Nenhum de nós reproduzirá novamente o discurso de que “é normal o jornalista trabalhar muito e ganhar pouco”. Uma miséria, na realidade. Não é normal! Não deixaremos mais que nosso sofrimento como trabalhadores seja ocultado por todos os prêmios conquistados a duras penas e que fazem o Diário do Pará se autointitular como “o jornal mais premiado do mundo”. Estamos aqui para denunciar que essas conquistas se devem ao suor de homens e mulheres que sequer ganham o bastante para se alimentar com decência todos os dias do mês. Tampouco deixaremos que a ameaça de demissão e o assédio moral voltem a calar qualquer um de nós.
Com o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor) em nossa retaguarda, denunciaremos toda tentativa de desrespeito à nossa dignidade como seres humanos e trabalhadores. Defenderemos aguerridamente todas as reivindicações contidas em nossa pauta e não arrefeceremos nem nos intimidaremos até que haja uma negociação efetiva entre a direção desta empresa e seus funcionários, com ganhos reais para nossa categoria. Usaremos de todos os instrumentos trabalhistas, políticos e jurídicos para que nossa causa nunca mais volte a ser ignorada.
À sociedade em geral, que diariamente consome a informação que nós produzimos, reafirmamos o compromisso com a qualidade do nosso trabalho, porque entendemos que a informação séria, produzida com responsabilidade, é a base para a sociedade democrática que todos desejamos construir. Conclamamos a todos os colegas de profissão, trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e sindicais para que nos ajudem a ampliar nossa voz diante de todas as mazelas aqui expostas. Queremos que a família Barbalho entenda que o compromisso com a informação de qualidade não pode ser menosprezado e, com isso, se disponha a garantir um mínimo de condições decentes para que seus funcionários cumpram com sua função social de informar bem a nossa população.
Pauta de reivindicações dos jornalistas do Diário do Pará e do Diário Online (DOL)
1 – Piso salarial de R$ 1.908,25 para todos os jornalistas que trabalham no jornal Diário do Pará e no Diário Online, lotados nas funções de Repórter, Repórter Fotográfico, Produtor, Webjornalista, Diagramador, Ilustrador e Multimídia. Com progressão a cada ano de trabalho efetivo, partindo da categoria A à categoria C.

2 – Queremos o estabelecimento de um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), com estabelecimento de categorias A, B e C para todas as funções referidas no item anterior.


3 – Incluir editores do Diário do Pará e coordenadores do Diário Online no Acordo Coletivo 2013, estabelecendo piso salarial para tais categorias com acréscimo de 40% sobre o piso salarial de repórter.


4 – Instituir o tíquete-alimentação de R$ 253,25. Esta é a estimativa da cesta básica deste ano feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese.


5 – Reintegração ao quadro de funcionários da empresa do repórter Leonardo Fernandes, lotado no caderno Você do jornal Diário do Pará. Esta comissão de jornalistas considera que a demissão do funcionário é uma clara retaliação a nossa iniciativa de reivindicar melhorias salariais e em nossas condições de trabalho.


6 – Propomos uma avaliação dos dados do quadro funcional do Diário do Para e do Diário Online nos últimos 12 meses para saber se foram feitas todas as reposições dos postos de trabalho ou se está havendo sobrecarga de atividades aos jornalistas e estagiários que trabalham na empresa.


7 – Manifestamos nosso desejo de que seja incluído no acordo coletivo o início de uma discussão com a direção do jornal para a construção de uma proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) como forma de recompensa pela nossa participação nos lucros da empresa.


8 – Também queremos que a empresa reinstitua o pagamento de biênio em percentuais de reajuste que diferenciam o salário dos novatos para os mais experientes que o Diário do Pará já pagou para seus funcionários como política de incentivo.


9 – Propomos a participação dos funcionários na implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) que será implantado no grupo RBA.

10 – Igualar as remunerações de quem trabalha no interior do Estado com quem trabalha em Belém.

11 – Equipamentos de segurança para todos os jornalistas que fazem cobertura policial, incluindo os que cobrem somente em escalas.

Trabalhadores do Diário do Pará e Diário Online (DOL)
Belém, Pará, 18 de setembro de 2013

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sim, o Obama está se importando, seus vira-latas!

E os tucanos todos minimizando a postura da Dilma, em declinar da visita de Estado aos EUA (a única que o país receberia oficialmente em 2013), dizendo coisas como "Obama vai dormir em pé na rede", "Obama vai se matar".

Esse comportamento de desdem de alguns já era esperado. Afinal, o grande ídolo demotucano, Fernando Henrique Cardoso, que sempre abriu as pernas pra os americanos, jamais ousaria, né?


Pobre brasileiro com seu complexo de vira-lata... tsc, tsc, tsc...


Sim, meus caros, o Obama está se importando! 
Acreditem, somos importantes para o mundo. Acordem
!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Relato de quem viveu os abusos da PM em Brasília no dia 7 de Setembro

Conversei hoje pela manhã com o repórter fotográfico André Coelho, da sucursal Brasília do jornal O Globo. Ela foi uma das dezenas de vítimas da Polícia Militar do Distrito Federal, que agrediu deliberadamente manifestantes e jornalistas no último dia 7.


Era umas 14h30. Eu estava junto com os outros folegas cinegrafistas e fotógrafos, perto da Torre de TV. A gente estava fazendo as fotos da Polícia dispersando os manifestantes que tentavam chegar no estádio Mané Garrincha. Eles joganado spray de pimenta aleatoriamente em cima das pessoas que protestavam. Quando conseguiram dispersar todo mundo, se voltaram contra nós, jornalistas. Vieram pra cima
Fábio Braga, da Folha. Registro de André Coelho, de O Globo
mesmo. Foi naquele momento que o Fábio Braga, da Folha, fez aquela foto em que aparece um policial espirrando o spray em cima da Monique, do Correio. Depois eles soltaram os cachorros em cima da gente. O Ueslei Marcelino, da Reuters, caiu e machucou a perna. O Fábio e eu continuamos correndo, mas não deixamos de fotografar. Aí, um cahorro pegou o Fábio Braga e eu consegui fazer aquela foto que flagrou a situação. Mas depois eu também caí. Só que não deixei de registrar nada. Fotografei a cara de todos os agressores, os nomes e as patentes. Enviei tudo para o Sindicato dos Jornalistas e para o Repórteres Sem Fronteiras. Mas a agressão não parou por aí. Depois disso tudo, umas 16h30, eu voltei pra fotografar a reunião que o pessoal das manifestações estava fazendo ao lado do Museu Nacional. Depois da reunião, eles seguiram de braços erguidos até o cordão de isolamento da PM e foram na paz dialogar. A PM espirrava spray de pimenta contra os caras. A polícia não queria conversa, só queria que eles saíssem de lá e dizia que ninguém passaria dali. Lá, a PM também tinha um canhão de água. Uma hora, quando eu estava de costas, levei um jato d'água e um tiro de bala borracha nas costas. Ontem, eu registrei Boletim de Ocorrência, apresentei a denúncia na Corregedoria da PM e fiz um exame de corpo de delito do IML, cujo laudo deve estar pronto em cinco dias, segundo me disseram lá.
E, olha, o que aconteceu no dia 07 de Setembro, embora tenha sido em maior proprorção, não é novidade aqui em Brasília. A Polícia daqui é violenta. Na quinta-feira, por exemplo, eu, o Alan Marques, da Folha, e o um cinegrafista da Record levamos uma rajada de spray de pimenta na cara, quando a gente estava fazendo imagens da Polícia agindo contra um manifestante desses Black Blocs ali na Esplanada dos Ministérios.”


As fotos feitas por André Coelho constam do dossiê que foi entregue pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) ontem (10) ao Ministério Público. A entidade sindical pediu que o órgão apure os abusos cometidos contra jornalistas.

Relatos como o de André serão feitos no debate "Violência contra os jornalistas na cobertura das manifestações", que o Sindicato dos Jornalistas do DF vai realizar na terça-feira, 17/09, às 19h, no auditório da entidade. O objetivo é ouvir relatos de repórteres, cinegrafistas e repórteres fotográficos que trabalharam na cobertura das manifestações de 7 de Setembro e receber sugestões para o protocolo de segurança que será proposto ao GDF e às empresas para assegurar a integridade física dos profissionais em situações de risco. Mais informações:www.sjpdf.org.br 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Os secretários de (in) Segurança Pública do PT

Onde o PT está indo buscar seus Secretários de Segurança Pública?

No Governo do Distrito Federal, Sandro Avelar não viu qualquer abuso por parte da PM que agrediu "porque quis" manifestantes com spray de pimenta e soltou os cachorros - literalmente - em cima de jornalistas que cobriam os protestos de 7 de Setembro.

Na Bahia, o secretário Adjunto da pasta acabou hoje com um protesto do MST na porta da Secretaria a peso de bala. Os trabalhadores rurais protestavam pela falta de investigação pela morte de um agricultor. 

Amigos petistas, aproveitem que o Partido está em processo de eleições internas e façam uma mega faxina! Porque do jeito que o PT vai indo, com suas administrações aceitando esse tipo de bandoleiro como secretário, daqui a pouco, em alguns estados vai ficar mais fácil votar em... Deus o livre! bate na madeira 3 vezes.

Sindicato do Jornalista do DF pede que Ministério Público apure abusos contra jornalistas

Entidade também pedirá apuração à Corregedoria da PM e quer audiência com Governador


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) protocolou na tarde desta terça-feira (10/09) um pedido no Ministério Público solicitando apuração dos abusos cometidos pela Polícia Militar contra profissionais de imprensa nos protestos de 7 de Setembro. A entidade reuniu um dossiê baseado em denúncias feitas por jornalistas, cinegrafistas e repórteres fotográficos de vários veículos (agências de notícias, portais e jornais) que foram vítimas da violência da PM. O mesmo pedido será feito à Corregedoria da Polícia Militar.

O SJPDF também já solicitou uma audiência com o governador Agnelo Queiroz e enviou um ofício para a Secretaria de Segurança Pública pedindo a relação de todos os policiais que trabalharam na operação de 7 de Setembro. Temendo pela segurança de jornalistas, três dias antes das manifestações, o SJPDF enviou uma carta aberta ao Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, na qual conclamava o GDF a atentar para o uso excessivo e indiscriminado de suas forças de segurança, evitando colocar em risco a integridade física de jornalistas e cidadãos em geral. “Pelos fatos ocorridos, o apelo do Sindicato foi completamente ignorado e isso precisa ser explicado e punido, caso haja identificação dos responsáveis. Há casos, como o da repórter Monique Renne, do Correio Braziliense, que foi alvejada diretamente com spray de pimenta nos olhos”, lamentou o presidente do SJPDF, Lincoln Macário.



A entidade também vai pedir que os abusos cometidos pela Polícia Militar sejam debatidos nas Comissões de Direitos Humanos da Câmara Legislativa e do Senado Federal. A diretoria do SJPDF vai reunir sugestões de jornalistas para propor ao GDF e às empresas de comunicação um protocolo de segurança para a atuação dos profissionais de imprensa, especialmente na cobertura de protestos. 

Um levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) aponta que durante as manifestações de 07 de Setembro houve 21 violações contra 20 profissionais de imprensa em todo o país. No Distrito Federal, o caso é ainda mais grave pelo fato de o secretário de Segurança Pública do DF e o próprio governador declararem em entrevistas à imprensa que desconsideram - mesmo com todos os registros fotográficos e em vídeo - a mera possibilidade de abusos.


Debate com a categoria



Na próxima terça-feira, 17, o SJPDF vai reunir a categoria no debate "Violência contra os jornalistas na cobertura das manifestações". O objetivo é ouvir relatos de repórteres, cinegrafistas e repórteres fotográficos que trabalharam na cobertura das manifestações de 7 de Setembro e receber sugestões para o protocolo de segurança que será proposto ao GDF e às empresas para assegurar a integridade física dos profissionais em situações de risco. O evento será no auditório da entidade, às 19h. Mais informações:www.sjpdf.org.br

"Animador de auditório" da TV Record do Pará pratica assédio moral com jornalistas da emissora e ainda quer ser deputado

No Pará, a TV Record não quer pagar o piso salarial, expõe seus jornalistas a situações de perigo e ainda permite que um "animador de auditório" - que não é jornalista, mas apresenta um programa jornalístico - cometa assédio moral a jornalistas diplomados na redação.

Lamentável!

Vejam abaixo a denúncia feita pela jornalista Franssinete Florenzano em seu blog Uruatapera


TV Record Belém: situação insustentável

O clima está lamentável na TV Record Belém. Dia desses, o apresentador do programa Balanço Geral, René Marcelo, que não é jornalista e está em Belém há três anos, entrou na redação e gritou para quem quisesse ouvir: “Sindicato é coisa de baderneiro,  só dá  maconheiro nisso; vocês já sabiam quanto iam ganhar quando vieram trabalhar aqui, não entendo por que agora querem fazer confusão e paralisação, isso não vai dar em nada,  jornalista é pobre mesmo”, em alusão aos salários aviltantes que, em muitos veículos, é de R$ 700 para repórteres, por exemplo, o que vem sendo denunciado pelo movimento “Jornalista vale mais”.

René foi surpreendido com a reação dos profissionais na redação: “É muito fácil falar, quando se ganha R$50 mil no dia 15 e mais R$50 mil  no dia 30 de cada mês! Você não sabe o que é colocar cinco jornais no ar; afinal, você chega e já está tudo pronto.” 

René Marcelo é de Limeira, interior de São Paulo, veio para o Pará apresentar o Balanço Geral e nos bastidores fala sem cerimônia pelos corredores, estacionamento e camarim que não suporta Belém, menospreza com piadinhas de mau gosto os times de futebol paraenses e diz que só está aqui para ganhar dinheiro. René também não recebe, nem fala com os telespectadores que vão até a porta da emissora cumprimentá-lo ou pedir uma foto. Recentemente, tratou com descaso a tentativa de homicídio do apresentador Raphael Polito, a quem se dirige como ‘amigo-irmão’ em todos os programas da casa: “por causa de medinho, vai agora ferrar a vida de todos?”, fazendo referência ao dia em que ele, René, precisou apresentar o "Cidade Alerta", contra sua vontade, já que Polito passou a tarde na delegacia prestando depoimento.

Mas René se diz cidadão paraense e vai se candidatar a deputado estadual ano que vem, confiante na influência da Igreja Universal e no alcance de sua imagem na TV.

Esperemos que a direção da TV Record Belém receba o Sinjor-PA e estabeleça piso salarial digno. A reivindicação é justa, legítima e legal.


ATUALIZAÇÃO: a diretoria da TV Record Belém está pressionando e ameaçando retaliar uma produtora que nem conheço, achando que ela é a minha fonte de informações. Como se o René Marcelo não tivesse gritado tudo aquilo numa redação lotada! Absurda a atitude da diretoria da TV Record!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Sindicato dos Jornalistas compara repressão da Polícia Militar em Brasília aos piores momentos da ditadura





Monique Renne, do Correio Braziliense
 Em todo o Brasil, houve excessos por parte da Polícia Militar nos protestos de 7 de Setembro. Mas em Brasília o que aconteceu foi um atentado à democracia. Além da polícia ter agredido gratuitamente cidadãos que exerciam seu pleno direito de se manifestar nas ruas, houve ataque direto aos jornalistas que trabalhavam na cobertura dos atos. 



Fábio Braga, da Folha, é atacado pelos cães da PM
Diante da postura truculenta da PM do DF nos protestos de junho, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal já previa que algo do mesmo tom pudesse acontecer e, no dia 04/09 enviou ao Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, uma carta aberta na qual alertava sobre a preocupação da entidade com a segurança dos jornalistas que trabalhariam neste dia 07 de Setembro. Os fatos mostram que o Sindicato foi ignorado. 

Alertas não tem faltado ao Governo do Distrito Federal. Agora o SJPDF vai querer uma CPI da PM e vai ajudar a OAB a fazer um dossiê sobre os crimes cometidos em nome do Estado. Chega de "por que eu quis". 





Carta aberta:Jornalistas repudiam truculência da Polícia Militar do Distrito Federal




A repressão a profissionais de imprensa ocorrida durante a cobertura do dia 7 de setembro remete aos piores momentos da ditadura militar no Brasil. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, as entidades e os profissionais que lutam pela liberdade de expressão e de imprensa repudiam de forma veemente a ação da Política Militar do Distrito Federal. Nada justifica as agressões, a utilização de gás de pimenta e gás lacrimogênio ou mesmo o uso de cães para coibir diretamente a atividade de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. 
O sindicato e a sociedade exigem que seja realizada uma sindicância rigorosa sobre os episódios relatados por vários profissionais. É essencial que os responsáveis diretos pelas agressões sejam punidos, bem como seus superiores que autorizaram esse tipo de ação contra a imprensa e a população em geral. 

A tentativa de coibir a atuação da imprensa por parte de policiais demostra que esses agentes do Estado tem consciência dos abusos que estão cometendo. Parece claro que falta treinamento adequado e sobra sensação de impunidade.


O governo do Distrito Federal também é responsável pelas cenas de violência ocorridas nas últimas manifestações e deve alterar com urgência sua política de segurança pública, não apenas no tratamento com a imprensa, mas com todos os cidadãos e cidadãs que exercem o direito de se manifestar. Esperamos que as empresas de comunicação do DF se manifestem contra as arbitrariedades cometidas pela Polícia Militar, além de oferecer condições adequadas para trabalho em situações de risco. 


Aguardamos também um posicionamento da Câmara Legislativa, Ministério Público e demais instituições responsáveis por zelar pelos direitos humanos. Solicitamos à CLDF a abertura imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os abusos cometidos.  A sociedade brasileira não aceita que a democracia seja manchada com atos de violência policial na capital do país. 


Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal



Carlos Vieira, repórter fotográfico do Correio Braziliense agredido

Ueslei, da Reuters, após ser atacado por um cão da PM


Jornalistas lavam os olhos, após serem atingidos com spray de pimenta



Abaixo, a Carta Aberta enviada pelo Sindicato pedindo cautela da Secretaria de Segurança Pública nos protesto de 07/09




sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O histórico programa eleitoral de TV do Lula em 2002

Quantas vezes eu assistir a esse programa, quantas vezes hei de me emocionar...
Duda Mendonça acertou em cheio!


ramo...

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A Exceção e a Regra

Estranhem o que não for estranho.
Tomem por inexplicável o habitual.
Sintam-se perplexos ante o cotidiano.
Tratem de achar um remédio para o abuso.
Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra.

(Bertold Brecht)


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sindicato dos Jornalistas do Pará realiza mobilizações pelo piso salarial para jornalistas



O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) realizou, ontem (3/9), ato público em frente ao prédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Belém (SRTE), durante as duas audiências de conciliação marcadas entre representantes do jornal Diário do Pará e do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Pará (Sertep). O objetivo foi chamar a atenção da população contra a intransigência na patronal em negociar o piso salarial e o acordo coletivo. A categoria contou com o apoio do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/PA), Martinho Souza, e também do Sindicato dos Urbanitários do Pará.

Esteve presente apenas o representante do Diário do Pará, que mais uma vez rejeitou a proposta do Sinjor-PA, de um piso salarial de R$ 1.900,00 para os jornalistas, enquanto que o Sertep não enviou nenhum porta voz.

A interlocutora do Diário do Pará afirmou que a empresa reajustou em 7% os salários de abril, o que causou estranheza ao Sinjor. Em junho, a empresa fez proposta em audiência no Ministério Público para pagamento do percentual em parcelas.

Diante de mais este impasse, o Sinjor-PA solicitou nova reunião com o Diário do Pará nesta quinta-feira, 5, às 9h, na sede da empresa. Neste dia, haverá ato público em frente à TV RBA, na avenida Almirante Barroso, para mostrar aos patrões que os trabalhadores estão insatisfeitos com os salários e condições de trabalho.

“O piso salarial é apenas uma das reivindicações do Sinjor-PA em prol da categoria. O salário do jornalista é uma vergonha. Precisamos continuar as mobilizações e mostrar para a sociedade a realidade de cada um de nós. Se não nos valorizarmos como profissionais, não vamos esperar que as empresas façam isso”, afirmou a presidente do Sinjor-PA, Sheila Faro. 

Participaram da audiência Sheila Faro e a diretora do Sinjor-PA Eliete Ramos, que lamentou a falta de respeito do Sertep com a categoria, em não mandar seu represente para a conciliação. As diretoras Priscilla Amaral, Jeniffer Galvão e Enize Vidigal, presentes ao ato, também repudiaram a falta de consideração das empresas com a valorização dos jornalistas. 

Texto: SINJOR - PA


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Mulheres, não nos calemos diante da omissão de pais irresponsáveis!

Até quando nós, mulheres, vamos ter que brigar para que os homens sejam responsáveis com seus filhos?
Trabalhar cansa, limpar casa cansa, cuidar de criança cansa, estudar cansa. Mas servir de babá de marmanjo, lembrando-o de que tu não fizeste filho sozinho cansa muito mais. É um desgaste emocional indescritível...E, enquanto tu travas uma luta solitária, os bonitos ficam por aí, charlando de militantes de causas sociais, balançando bandeiras num gesto puramente hipócrita...


E quando a gente se manifesta e coloca pra fora a nossa indignação e revolta também somos vistas como megeras, loucas e barraqueiras. E, o que é pior, somos tachadas assim por muitas mulheres. Acham que temos que segurar a onda sozinhas e caladas.

Pois eu me recuso! E vou sempre gritar e me manifestar! 
Sou mulher, mãe, trabalhadora, dona dos meus atos e não vou aceitar calada nunca esse tipo de postura de quem deveria ser o grande parceiro na empreitada da maternidade. 

Quem sabe o dia que todas as mulheres gritarem bem alto, como começaram a fazer com a violência doméstica, muitos desses homens covardes e omissos criam vergonha na cara! 
Até lá, sigamos na luta combatendo o machismo de cada dia.

E que as lágrimas que eu derramo agora de revolta um dia sejam lágrimas de vitória por ver que muitas mulheres conseguiram se libertar, se manifestar, se expressar sem medo do que os outros vão dizer... 

Casamento gay faz procura por lista de presente crescer 40% em lojas de SP

Enquanto muitos heterossexuais - sobretudo os homens - não querem nem ouvir falar em casamento, os gays estão aproveitando o direito recém conquistado à união. E o fazem com muita felicidade e satisfação.

A matéria abaixo, do UOL, mostra o quanto o mercado está faturando com a novidade. Até porque se dependesse da falida instituição casamento heterossexual... bom... er...
Tadinhos...


Casamento gay faz procura por lista de presente crescer 40% em lojas de SP
Larissa Coldibeli
Do UOL, em São Paulo
02/09/2013


A aprovação do casamento gay no país fez aumentar o público que busca serviços de lista de presente e organização de festas. Na loja de artigos de utilidade doméstica Arpège, por exemplo, aumentou em 40% o volume de clientes interessados em criar uma lista de presentes.

O crescimento foi registrado principalmente na loja do shopping Frei Caneca, em São Paulo (SP), muito frequentado pelo público gay. Além do shopping, a rede, que existe há 20 anos,  possui lojas nos bairros de Moema, Paraíso, Perdizes e Santana, além de uma loja online. "Os gays estão se programando para oficializar sua união. Sentimos que mais casais estão nos procurando para perguntar sobre listas de casamento porque estão interessados em montar uma casa para morar junto ", diz Ester Fraga, 54, dona da Arpége.

Outro empresário que está investindo na prestação de serviços para o público gay é Rossano Gastaldo, 30, dono da That's Amore, de Porto Alegre (RS). A empresa foi criada em março e só organiza casamentos gays. Até agora, ele realizou cinco cerimônias. "Com a aprovação da união de casais homossexuais, o número de clientes deve crescer bastante", afirma. Segundo Gastaldo, os orçamentos de casamentos gays são, em média, 30% mais caros do que as cerimônias dos noivos heterossexuais. 

Para Marcelo Sinelli, consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), a aprovação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo abre oportunidades de negócio. "Existe uma demanda reprimida. Com essa novidade, muitas pessoas devem correr para realizar o sonho romântico do casamento. Isso deve gerar um 'boom' no mercado de casamentos, mas a procura deve estabilizar daqui algum tempo", declara. De acordo com Sinelli, o público gay também traz oportunidades de negócio interessantes para outros segmentos, além do casamento, como turismo e gastronomia. "Eles têm nível educacional elevado, o que lhes proporciona uma renda maior. Por não terem filhos, eles têm mais renda disponível para gastar com outras coisas."

Além de listas de casamento, a Arpège também faz lista de "open house", para equipar a casa de quem vai morar sozinho. Fraga afirma que, antes, muitos casais gays escolhiam a lista de "open house" quando iam morar juntos, provavelmente por vergonha. "Agora, esses casais não têm mais a preocupação de se esconder e a maioria das pessoas não se incomoda mais, é algo normal", diz.

Leia a matéria do UOL completa