quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Abaixo a institucionalização do turismo sexual

Sobre a tal camiseta da Adidas, achei a descarada institucionalização do turismo sexual. 


Na sua reprovação, não cabe moralismo religioso. Cabe o combate ao turismo sexual e ao comércio do corpo da mulher. Simples assim.

NÓS, MULHERES BRASILEIRAS, NÃO SOMOS ATRAÇÃO TURÍSTICA!


Dizer que ama o Brasil por causa das nossas bundas é nos tratar como objeto. Ainda mais num país que sofre com o turismo sexual como o nosso, inclusive, contra menores.

Eu, como mulher brasileira, me senti agredida e olhem que não sou dada a essas frescurites. 

Vi opinião de muitos amigos homens que acharam a peça engraçada, criativa, sagaz. Talvez assim a tenham visto porque agressão não os atingiu diretamente.


Reflitam, amores!








segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

E tu, és um pai quando dá?

Não escrevi esse texto.
Mas poderia ter sido eu. 

Pai quando dá. 
Sim, eu sou mãe de duas crianças que têm "pais quando dá".

Dedico esse texto ao Saulo, Rolando e a todos os amigos que têm filhos. 
Leiam muito atentamente. Não estariam vocês fazendo as mesmas coisas? 
Eles não são maus. Não! Apenas são assim... "Apenas..."
O texto é do excelente blog FemMaterna, de Maternagem Feminista. Recomendadíssimo.

“Mãe, meu pai vem quando?”
“Queria ficar com meu pai”
O que trago aqui é algo bem comum de se encontrar, embora seja difícil de explicar. Coisa estranha, em geral as pessoas convivem bem com este tipo de pai, ainda que saibam que o que eles fazem, ou melhor, o que não fazem, rebatem nas vidas de todos os que estão a sua volta.
Eu vou falar daquele homem que é pai quando dá.
É mais ou menos assim que a coisa se desenrola: houve uma separação, que entre trancos e barrancos se realizou. A criança fica sob a guarda da mãe, pois isto é o esperado por todos e o naturalmente aceito pela sociedade. O pai se encarrega de contribuir com a chamada pensão alimentícia, isto pode ser feito através de uma imposição de justiça ou ele pode ser um “cara legal” e “ajudar” voluntariamente. Além de contribuir com parte das despesas da criança, ele geralmente passa os finais de semana com o filho ou filha quinzenalmente. Parece que comparecer quinzenalmente é o tempo suficiente pra ser pai. Nem todos os pais quando dá são iguais, existem aqueles que aparecem durante a semana, vez em quando pegam o filho na escola, dão um sorvete.
Os julgamentos e expectativas do mundo afora são relativamente razoáveis para o pai quando dá. O pai quando dá na maioria das vezes é considerado como um bom pai, afinal, ele comparece sempre que pode. O pai quando dá também pode ser considerado como vítima, porque, coitado, ele tem que trabalhar tanto para pagar a pensão do filho, teve até que aprender a cozinhar. E para poucas pessoas, o pai quando dá é realmente um descarado, mas isto é no fundo no fundo coisa de feminista chata que reclama de tudo.
A mulher, a mãe, aquela tão conhecida, fica responsável pela criação da criança no cotidiano (cotidiano aqui resume todas as adversidades e demandas diárias geradas pela vida de uma criança). Porque, sabe? Não é sempre que o pai quando dá pode assumir este cotidiano. Porque este tipo de pai quase nunca pode ficar com seu filho. Ele tem muitos motivos para não poder: ele está reestruturando a sua vida; ele está desempregado; ele trabalha quarenta horas; ele não tem mãe nem empregada pra ajudar; a casa dele é pequena; ele não tem carro; ele é um pobre coitado; coitado dele. Vamos ser compreensivos! O pai quando dá realmente nunca pode ficar, porque ele trabalha muito, é operário, artista, engenheiro, empresário. E quando ele está desempregado, ele também não pode ficar porque está deprimido e sem dinheiro.
“Mas a mulher trabalha também!”, alguns vão lembrar. Mas isto não importa. É que a mulher já está mais acostumada, sabe? Ela trabalha, cuida de criança, se preocupa, leva o lanche que a criança esqueceu em casa, auxilia no dever de casa, leva ao pediatra, arruma um cursinho naquele tempo livre que a escola não cobre, paga alguém pra ficar com o filho, adia a compra de algo para dar uma vida melhor pra criança. Enfim, ela se vira nos trinta e como se pode. Parece que mulher tem o dom natural da “viração”.
Quando a mãe tem “a sorte de casar” ou “arrumar um namorado”, porque cá entre nós, não tem coisa pior na vida do que ser “mãe solteira”. Um “título” que realmente não cai bem em ninguém e que só existe para o gênero feminino, porque até hoje eu nunca conheci um “pai solteiro”. E se conhecesse acho que isto pegaria bem pra ele, porque seria fofo e bonitinho. Pois bem, quando a mãe trata de “ajeitar” sua vida, o pai quando dá, dá logo um jeito de se fazer presente. Ele aparece para lembrar que a criança tem um pai! E que ele precisa garantir que ninguém está ali para ocupar o lugar legítimo dele. Entretanto, se a mulher tem outro filho nesta nova relação, o pai quando dá pode mudar de atitude e pode vir até a cortar a relação com o primeiro filho. Deve ser porque, se a mulher teve um filho com outro, isto quer dizer agora que ele não tem as mesmas obrigações. Porque se ela foi ter filho com outro, então ele não tem mais nada a ver com isto. Algo se rompeu na pureza da mulher, pureza esta que praticamente de nada lhe adiantava. Mas quando o pai quando dá tem outro filho com outra mulher, ele pode muitas vezes se mostrar um pai presente para o seu segundo filho. Não que isto mude qualquer coisa para a coitada da primeira criança, que teve a infelicidade de ser filho daquela mãe.
Os filhos.
Os filhos criam uma “Super Adoração” pelo pai quando dá e muitas vezes entram em conflito com a mãe, aquela que se encarrega do cuidado deles dia após dia. Convenhamos, tem coisa mais chata que ter mãe todos os dias? Aquela doida que está sempre ali preocupada, com ares de desorganização e que ás vezes transmite a nítida impressão que alguma coisa tem de errado com ela. Legal mesmo é o pai quando dá! Que encaixa a criança onde pode. Quem não exerce mais fascínio do que aquele homem herói que surge como um relâmpago e só aparece de vez em quando? Que como num lampejo de cometa se materializa, do nada, cheio de fantasias, e quando vai embora deixa apenas o arfar daquele suspiro infantil, tal qual uma abóbora que se desvanece após a badalada da meia noite. Um verdadeiro conto de fadas, um conto para crianças, de autoria do pai quando dá.
Ele não se julga, nem se acha ruim, pois sempre olha para o lado e diz: “mas o Renato é pior do que eu”, “o João nunca vê a filha”, “o Marcelo nunca deu um centavo”, “o Luis, ah! Aquele ali comeu e foi embora”. “Eu pelo menos apareço quando dá e pago o que posso.” Isto lhe faz dormir em paz.
E quando ele aparece, ele quer saber como tudo ocorreu naquela semana, ou como foi durante todo o mês em que ele esteve ausente. Ausente não! O pai quando dá não é ausente, ele é ocupado. E se algo está “dando errado” na vida da criança ele questiona, “Mas você é a mãe dela?”, “Ele tem que te respeitar!”, “A adulta é você!”, “Criança não tem vontade”. O pai quando dá entende muito de educar. O modelo de educação a distância deve ter se inspirado na pessoa do pai quando dá.
Quando ele pega o filho ou filha, naqueles momentos que são raros e que a mãe enfim poderia ficar tranquila, ele ainda dá um jeito de mostrar que as coisas não são tão fáceis assim. Ou ele dificulta a comunicação, ou nunca chega no horário combinado, ele se atrasa para chegar, ele não consegue cumprir os acordos, mas o que é isso de acordo afinal? Ele devolve o filho na hora que dá, na hora que está melhor pra ele. E quando a criança fica doente quando está com ele, à culpa é da mãe que mandou a criança doente, ele não pode ir à farmácia nem ao hospital, pois isto é coisa de mãe. Mae desnaturada.
"Time for school", foto de Casual Capture, no Flickr. Alguns direitos reservados
“Time for school”, foto de Casual Capture, no Flickr. Alguns direitos reservados
Se a criança não come, foi à mãe, que afinal é quem fica com ela todos os dias que não a educou direito. Se a criança vai mal na escola é porque a mãe não está acompanhado nas tarefas escolares. Se a criança não passeia no final de semana é porque, como se não bastasse toda esta negligência, ainda por cima a mãe quer ter um pouco de vida própria e sair à noite com seu namorado, ou marido, ou amigos e amigas. Mas veja só, que folga! Não entendeu ainda que ser mãe é viver em função do filho e se alienar para o mundo?
A família e os amigos do pai quando dá geralmente exercem certa condescendência com este tipo social. Ninguém nunca o confronta. Ninguém nunca o questiona porque ele é pai somente quando dá. A sociedade tolera estes homens, porque se a mulher já sabia que ele era assim porque diabos foi engravidar dele, né? A culpa, é claro, foi desta desprecavida. Pensasse duas vezes na hora de escolher o pai desta criança.
É que também o pai quando dá não é uma pessoa ruim, não. Ele é um excelente companheiro de trabalho, prestativo, atento. Ele é um amigo de todas as horas. Gente “boaça”. Ele se preocupa com a política, ele ás vezes é até de esquerda, militante de um mundo melhor. Ele vive postando fotos com o filho nas redes sociais. Ele pode não comparecer toda hora, mas que ele ama, isto sim, ah, ele ama esta criança.
Ele inclusive pode estar bem próximo de você, ser até o seu marido, namorado, companheiro, que quando dá resolve lhe “ajudar”, lavando umas vasilhas, olhando as crianças enquanto você toma aquele banho tão esperado o dia inteiro.
Ele infelizmente não percebe nem enxerga que o preço de sua liberdade e de sua mobilidade se faz à custa da territorialização da mulher e do tempo feminino. E que todas às vezes que ele sai pela rua sozinho, caminhando com as suas próprias pernas, é porque tem uma mulher que está fazendo o trabalho de cuidado de seu filho. Sim, porque um dos poderes que o pai quando dá tem é de transformar a atividade de cuidado em um contínuo repleto de sacrifícios. Ele acha que ser pai no cotidiano é coisa de “país de primeiro mundo”. Porque no Brasil não tem isto não, o normal aqui é ser pai quando dá.
Triste e pálido é quando precisamos usar da ironia para provocar o reconhecimento de uma situação lancinante que ocorre não só as mães, mas a todas as mulheres e outros que cuidam daqueles que são filhos de pais quando dá. Em tempos que se discutem a plausibilidade do “abandono afetivo” e da “alienação parental”, é inegável que estas categorias jurídicas, psicológicas e sociais falam em alguma medida desta figura da ausência, do afastamento que insiste em se fazer presente. Porque existe um lugar que não foi apropriado bem como expectativas não correspondidas. Isto não quer dizer que as pessoas não recriem suas vidas, que não existam outros ricos laços para além do pai, que as trajetórias sejam dependentes da figura paterna num delírio compulsório da família nuclear, e que todos estejam fadados ao atavismo biológico incontornável e insubstituível. Não. Isto simplesmente só quer dizer que existem contextos com crianças que, sim, adorariam ter um pai que participa e intervém um pouco mais do que quando dá. E que existem mulheres que poderiam viver suas vidas de forma mais equilibrada, sem tanto sofrimento, se não fosse pelo tamanho do peso que a displicência e conveniência de uns em relação a outrem pode provocar.
E você, conhece algum pai quando dá?

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Cheiro de armação no ar

É claro que todos queremos que os culpados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade sejam devidamente punidos. Mas queremos os culpados e não, um bode expiatório qualquer pra o Sérgio Cabral posar de "temos uma polícia eficiente". 

Prender inocente é crime! 

Olhem as fotos abaixo e me digam se faz algum sentido pra vocês.
O que houve? A Polícia constatou que o rapaz de cinza é um P2? Porque essa mudança brusca na fisionomia do então acusado?

Caio pode até ser realmente um black bloc, mas daí dizer que é o responsável pela morte do colega da Band, isso está com muito cheiro de armação.




segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Advogado que acusa Marcelo Freixo defendeu chefe da milícia investigada em CPI presidida por deputado do PSOL

Agora faz sentido"!


Por Marcelo Freixo:

Advogado que me acusa defendeu chefe da milícia

Vejam que coincidência!
O advogado Jonas Tadeu Nunes (OAB/RJ 49.987), que me acusou de ter ligações com o homem que detonou o rojão que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade, defendeu o miliciano e ex-deputado estadual Natalino José Guimarães, que chefiou a maior milícia do Rio de Janeiro.

Eis a peça que faltava no quebra cabeça destas acusações absurdas. Natalino foi preso em 2008 graças às investigações da CPI das Milícias, presidida por mim na Assembleia Legislativa. À época, mais de 200 pessoas, entre elas várias autoridades, foram indiciadas. Natalino e seu irmão, Jerominho, que dividiam o poder, cumprem pena em presídios federais.

Seis anos depois, Jonas apresenta contra mim uma história cheia de contradições e fragilidades.

O mais assustador é a imprensa repercutir uma informação tão grave e duvidosa sem checar minimamente o histórico da fonte

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Dois pesos e duas medidas?

Ok. Prenderam Fábio Raposo, supostamente envolvido no grave acidente que levou o cinegrafista Santiago Andrade (Band) ao estado de coma em que ainda se encontra no Rio de Janeiro.

A Polícia do Rio de Janeiro mostrando eficiência quando o ataque vem dos black blocks.

Gostaria muito ver a mesma eficiência por parte da Polícia de São Paulo com relação ao ataque ao fotógrafo Ségio Silva, que ficou c
ego de um olho e não pode mais trabalhar. Sérgio sofreu uma ofensiva da PM quando cobria os protestos de junho, na capital paulistana.

Até hoje não há ninguém indiciado pelo crime, cujo ataque partiu das forças do Estado.

Dois pesos e duas medidas?

Veja como vive Sérgio Silva hoje:
 http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/01/cego-de-um-olho-fotografo-vive-historia-sem-fim-enquanto-espera-justica-9589.html



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Ao atacar a médica cubana de bêbada, o deputado Zé Geraldo só ratifica seu comportamento machista

Na tentativa defender o Mais Médicos, o deputado federal Zé Geraldo (PT-PA) fez um discurso, nesta quinta-feira (6), desqualificando a médica cubana que pediu para ser descredenciada do programa.

O parlamentar disse, no plenário da Câmara federal, que Ramona Rodriguez "não vai fazer falta" porque bebia e não era aceita nem pelos colegas cubanos que também vieram para o Brasil participar do Mais Médicos. 

"Essa médica foi vista várias vezes totalmente embriagada, a ponto de que nem seus colegas cubanos querem ela mais lá. [...] E estou aqui com uma nota do Presidente do Conselho de Saúde do Município de Pacajá, esclarecendo que esta médica não faz falta nenhuma lá naquela cidade".


Eu, particularmente, não concordo com a método adotado por Ramona Rodriguez para sair do programa. Se ela estava insatisfeita - direito legítimo como trabalhadora que é -, deveria procurar a coordenação do Mais Médicos ou a Prefeitura de Pacajá (PA) e pedir seu desligamento. O problema é que ela já vinha com intenções de partir para Miami, conforme vem sendo apurado por jornalistas locais. O jornalista Hiróshi Bogéa, por exemplo, relatou hoje em sua página no facebook que tem conversado com a população local e com colegas de trabalho de Ramona. 

Em Pacajá, pessoas que tiveram aproximação com a médica fujona Ramona Rodrigues começam a soltar informações de que ela às vezes falava em "arranjar um jeito" de viajar pra Miami. "hum amor me espera", costumava repetir, nas conversas com servidores do posto onde trabalhava. Em tradução mais livre: -um amor me aguarda".

A postura de Ramona gera estranheza e acabou enfurecendo os defensores do Mais Médicos. Em ano de eleição, a médica se permitiu servir de garota-propaganda contra o programa para ninguém menos que o deputado federal DEMO Ronaldo Caiado (GO), que fez um verdadeiro circo com a história da cubana que trabalhava no Pará. 


Os fins nãos justificam os meios

Além do trecho citado acima, o deputado federal Zé Geraldo também questionou na tribuna da Câmara federal o fato da médica cubana passar muito tempo na internet em namoro virtual e em comparecer a festas na cidade de Pacajá. Tudo para justificar que "ela não fará falta na cidade".

De fato, a tática adotada por Ramona Rodriguez para encontrar seu amor em Miami é um tanto questionável, haja vista que tudo leva a crer que houve má fé por parte da médica. Porém, não me parece que isso dê direito ao deputado Zé Geraldo, nem a qualquer outro cidadão brasileiro, de xingá-la pelo fato da mulher beber, ter um namorado com quem mantêm contato pela internet, muito menos por frequentar festas.

Aí, que eu vejo alguns colegas na internet se dizendo surpresos com a postura machista do deputado petista, eleito pelo Pará. Ora, meus caro, eu confesso que não me espanto. Zé Geraldo é o tipo de homem que olha pra nós, mulheres, com aquele olhar de perfurar a roupa e já ouvi relatos de colegas mulheres que se sentiram incomodadas com isso. Eu mesma já passei por uma situação muito constrangedora com esse senhor em viagem em 2006, quando trabalhava no 2º turno da campanha de Ana Júlia para governadora. Viajávamos pelo Oeste do Pará num pequeno avião bimotor, percorrendo os municípios da região. O "nobre" deputado sentava atrás de mim e tentou a todo custo passar a mão em mim, até que eu fiz um pequeno alarde. "Está acontecendo alguma coisa, deputado? Dá pra o senhor parar de me cutucar?"

Lembro até hoje da expressão de advertência da então senadora Ana Júlia olhando pra ele.

E, sabe, Zé Geraldo, eu sou mãe, trabalhadora, jornalista, sindicalista. Bebo quando tenho vontade, tenho um namorado que mora longe e por isso passo horas na internet com ele. Nada disso, certamente me desqualifica profissionalmente.

E se o médico "fujão" fosse um homem? Ele seria desqualificado profissionalmente por beber, ir a festas ou ter uma namorada virtual?

Como membro histórico de um partido que ainda se pretende de esquerda, ajuste-se!

Você está na contramão da história. Ou já esqueceu que a nossa querida Ana Júlia foi vítima dos mesmo preconceitos machistas que estás tendo quando foi governadora do Pará? Que ela também foi vítima da boataria e dá língua cretina de gente sem escrúpulos?

Lamentável que a bancada do meu estado tenha gente assim. Lamentável!

Pare proferir ideias machistas e preconceituosas!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Para o deputado federal Zequinha Marinho


Hoje o deputado federal paraense Zequinha Marinho usou seu nobre espaço na tribuna da Câmara dos Deputados para dizer que o "beijo gay", ocorrido na última sexta-feira na novela das nove da TV Globo, foi uma ofensa à FAMÍLIA BRASILEIRA.

Eu não sei quem o autorizou a falar em nome da MINHA família, mas aqui em casa - e em mais um monte de lares brasileiros que eu conheço - ninguém se ofende com demonstrações de amor, não.

Agora, deputado Zequinha Marinho, já que o senhor resolvou tomar as dores da FAMÍLIA BRASILEIRA aproveito pra te dizer que a minha família se ofende, sim, com posturas preconceituosas, racistas e intolerantes como as comumentes adotadas por seus líderes e colegas de partido no Congresso, viu!

Aproveite a deixa e transmita o recado ao PSC!

Abraços conterrâneos!