terça-feira, 27 de novembro de 2012

A cafonice das bolsas de letrinhas

Eu não sei como isso virou moda, só sei que é muito cafona: as bolsas de letras.
Por onde se anda, nos centros ou nas periferias, há moças e senhoras exibindo as suas. MK, Victor Hugo, Louis Vuitton e umas outras siglas que desconheço.


Uns anos atrás, exibir bolsas com letras era sinal de status e riqueza. E naquela época eu já achava cafona. Imagina pagar R$ 5 mil por uma bolsa bege e marrom cheia de letrinhas?! Eu não! Desperdício pra mim também é cafonice!

Hoje em dia é possível comprar uma réplica (quase) perfeita por R$300,00 ou R$200,00. Elas vêm com os detalhes externos todos parecidinhos (o acabamento interno nunca é o mesmo). O problema é que por mais perfeita externamente que seja a bolsa, muitas das moças que carregam o acessório são visivelmente falsas. Quer dizer, jamais teriam money para gastar num bem original daquele. Logo, a cafonice fica ainda pior.
Porque, minha colega, pior do que as letrinhas, é você tentar parecer aquilo que você não é!


Ou seja, não tem pra onde fugir: as bolsas de letrinhas da moda são cafonérrimas messssssmo!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Basta só um pinguinho de tinta

"Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel, num instante imagino uma linda gaivota voar no céu".

Ontem, ouvindo Toquinho, percebi o quão forte é essa música. Na verdade, ontem ela me tocou de um jeito diferente. Talvez porque eu ande completamente tomada por um forte sentimento de esperança, amor, fé e otimismo.
Não, não é a chegada do Natal. Ao contrário. As festas de final de ano costumam me entristecer.
Acho que é o sentimento de pertencimento de mim mesma; a autoconfiança dos meus 32 anos; e a certeza cada dia maior de que meu livre arbítrio não foi concedido à toa e que eu não posso desperdiçá-lo com lamentações.

É, minha gente, a vida é tem que ser o que nós fazemos com ela, e não, o que outros fazem conosco.
Imaginemo-nos gaivotas e voemos por aí!
Boa semana pra vocês!
Abusem da criatividade.

Que mal, hein, seu magistrado?!

O relato abaixo é da jornalista é Tamires Figueiredo, no grupo Jornalistas-Belém, do facebook. 
Penso que o mais assustador nem é um juiz, como esse aí, defender uma arbitrariedade dessa, e sim, o fato dele encontrar abrigo e espaço para defender e reverberar sua tese numa revista de magistrados.
Grave.

Durante o Congresso Brasileiro de Magistrados, peguei a Revista da Escola Nacional de Magistratura para ler, elaborada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, entidade que frisou a todo o momento a luta pelos direitos da categoria, inclusive, por melhores remunerações. Uma das teses publicadas, de autoria de José Luiz Leal Vieira, fala sobre “Assessorias de Imprensa às Unidades Judiciárias”. No texto, o juiz afirma que “uma assessoria de imprensa qualificada constitui um valioso instrumento de aproximação do Judiciário junto a sociedade. Em face das dificuldades orçamentárias sempre presentes nas diversas esferas do Judiciário brasileiro, a inviabilizar a contratação de profissionais, a tese proposta é a de que os tribunais estabeleçam convênios com faculdades de jornalismo e relações públicas, permitindo a contratação de estagiários desses cursos que, com acompanhamento de um professor responsável, exerçam a atividade de assessoria de imprensa de todas as unidades judiciárias”. O que questiono é: o Judiciário não tem verba para contratar jornalistas e RPs, mas o tem para aumentar o salário de um magistrado? Mais ainda: é viável e ético substituir o profissional por estudantes simplesmente porque é mais barato? Isso não seria explorar os estagiários?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Homem que faz sexo com homem é gay, não?

Acabo de ouvir essa pérola no telejornal noturno DFTV, da Globo de Brasília: "O aumento de casos de AIDS entre homens hetero que praticam sexo com outros homens".

Oi?

Ah, tá! É que quem come é cabra macho e só cumpriu seu papel de comer viado, né?

Isso é preconceito velado ou eu estou vendo pelo em ovo? 
Eu entendi alguma coisa errada?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Melhor ainda é poder voltar quando quero


Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida.

Encontros e Despedidas 
(Fernando Brant e Milton Nascimento)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

E Padilha desembarca em São Paulo

No início deste mês, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sabidamente transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo. Até então, ele votava em Santarém (PA) desde que lá trabalhou como funcionário da Funasa. Esse título no Pará vinha sendo motivo, por sinal, de muita especulação de que Padilha poderia ser o candidato a governador do PT no estado em 2014.
Tsc, tsc, tsc.
Ouvi isso várias vezes, de fontes diversas e sempre achei muita pretensão dos paraenses acharem que um ministro tão bem avaliado e com tanta penetração no Palácio do Planalto se lançaria candidato justo no Pará, onde o PT está pra lá de Bagdá. Nem mesmo por todo amor e dedicação à legenda uma pessoa minimamente esperta faria isso.
Padilha tem dado prioridade à agenda paulista desde assumiu o Ministério, em 2011. Tem, no mínimo, uma agenda por semana em SP e é reconhecido pelos parlamentares da base aliada daquele estado por ser um grande trabalhador em prol da saúde paulista.

Por ocasião da saída de Fernando Haddad do Ministério da Educação, em fevereiro deste ano, estive com alguns deputados estaduais de SP que vieram à Brasília acompanhar a despedida do então pré-candidato a Prefeito de São Paulo e a posse do Mercadante no MEC. Todos davam o mesmo texto: Se Haddad passar para Prefeito, Padilha tem grande chance de passar para Governador.

Bom, se mesmo com os "escândalos" do ENEM, Haddad venceu a modinha Russomano e a hegemonia tucana, imagina Alexandre Padinha, que vem sendo exemplar no comando de uma pasta historicamente problemática e submersa em corrupções.

Agora, fiquemos atentos que as armadilhas contra o sanitarista bonitão vão surgir! E mesmo com elas, só sei que aposto todas as minhas fichas nele!




Quem se importa? A TAM não!


O relato abaixo é da jornalista paraense Pollyana Bastos. Compartilho porque já vivi situação semelhante.
Estamos desprotegidos, meus caros!

Hoje passei pela situação mais triste e humilhante da minha vida! Fui com meus avós ao aeroporto de Belém, eu viajaria para Sâo Paulo e eles para Brasília. Na hora do check in, problema: minha avó Maria de Nazaré Bastos estava com uma passagem comprada em nome apenas de Nazaré Bastos, é assim que todos a chamam "Nazaré" e assim compramos o bilhete, mas pela falta do "Maria" foi impedida de viajar pela TAM! 
Era um motivo tão banal que a princípio não acreditamos que ela realmente NÃO poderia embarcar, mas foi o que aconteceu! A única opção que nos deram foi cancelar a passagem em questão (isso mesmo, ela não era Nazaré suficiente para viajar, mas poderia sim pedir o cancelamento do bilhete!) e comprar outro, em um horário diferente por 1200 reais. Esqueci de avisar esse detalhe, o voo estava LOTADO! Mesmo com o cancelamento da passagem dela, o que liberaria uma vaga no avião ela não poderia recomprar o assento. Oi? Coincidencia?
Recorremos a quem podíamos, funcionários, supervisores e a única resposta é que eram "normas da empresa", se o nome que consta na reserva da internet não é estritamente o primeiro e o último do seu documento, então você não pode viajar. 

O motivo seria a segurança do passageiro, para evitar que uma pessoa embarque no lugar de outra. Então eu pergunto a vocês, se essa identificação fosse feita a partir do número de um documento como RG ou CPF, não seria mais eficaz do que levar em conta apenas o primeiro e último nome de alguém? Número de documento é único e a minha avó estava com o dela em mãos, mas naquele momento qualquer outra mulher que se chamasse Nazaré Bastos poderia pegar aquele voo. O nome não é muito comum, mas imaginem se fosse "Maria Silva", "Ana Souza", "Daniela Costa" procurem aqui mesmo no facebook e vejam quantos homônimos poderiam embarcar ao invés da pessoa que de fato pagou pelo bilhete. 
Foi realmente lamentável! Fomos expostos diante de todos os outros passageiros como se estivessemos tentando aplicar um golpe, enrolar a empresa... O pior de tudo foi a sensação de total impotência... 1 cliente em meio a milhões de outros, quem se importa? A TAM NÃO! 
Meus avós não viajaram, cancelaram os bilhetes e agora vão comprar passagens em outra empresa.
A única coisa que gostaríamos no fim das contas, não é dinheiro, nem compensação material pelos danos morais que sofremos naquele saguão... era apenas uma resposta, mas uma resposta de verdade aos questinamentos que fiz neste texto! Diferente de um email mecânico ou do mantra "regras da empresa", queríamos uma coisa muito simples: uma demonstração de RESPEITO.