segunda-feira, 25 de maio de 2015

Não defendemos impunidade

Há uma diferença abissal entre inocentar quem cometeu um crime - seja ele de qual idade for - e fazer uma análise crítica da cobertura tendenciosa da imprensa, quando se trata de delitos cometidos por menores de 18 anos.

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Vale sempre lembrar o que a imprensa não faz: crimes hediondos cometidos por menores representam 1,2% do total desse tipo de crime no país. A questão é que quando um crime hediondo é cometido por um adolescente o apelo midiático é muito maior e aí, vira essa comoção toda que estamos vendo.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Maltrate uma criança e ela devolverá isso ao mundo

Uma criança que tem furtados carinho, educação e proteção vê o perigo em sua vida e põe em risco a vida de outras pessoas.

Um garoto que aos 12 anos rouba ou mata não pode ser visto como um mero criminoso. É obviamente também uma vítima. 

Tenho uma filha de quase 12. Ela seria incapaz de cometer esses crimes com tão pouca idade. Sabem a razão? Valores, educação e condição de vida.

Mas o que esperar de uma criança criada na violência, sem escola, no convívio com álcool ou drogas, sem valores, muitas vezes, até sem comida.

Eu também me comovo com a morte do médico assassinado na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. Pai de família, trabalhador. 

Mas me revolto ainda mais com a forma tendenciosa como a imprensa brasileira vem abordando a questão. Ignora o grave problema social que tem por trás da morte desse homem e trata o garoto que o matou como "mais um delinqüente que sai impune" pra seguir na campanha pela redução da maioridade penal.

E aí, ao invés de escolas e meios de ressocializar esses garotos o Estado vai colocar mais gente nas cadeias?


E o Brasil vai se transformando cada dia mais num país medieval...