quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Um debate esquizofrênico, segundo a timeline

Ontem (26), resolvi ter um comportamento diferente do habitual quando rolam debates entre candidatos em época de eleições. Decidi assistir pelas redes sociais. 
Isso mesmo. 
Não liguei a TV. Apenas acompanhei pelas timelines do Twitter e do Facebook o que diziam os meus "amigos" virtuais. 

Como sigo nas redes sociais de Aécio Neves e Veja a presidente de Associação de Moradores em favela carioca e deputado do PSOL, poderia perceber o debate de um jeito diferente.
Antes de tudo, achei divertidíssimo. O Twitter - pela sua dinâmica - tem sempre mais sarcasmo. No Facebook, como existe o patrulhamento dos comentários nas postagens, as pessoas refletem mais antes de publicar (eu acho).

A percepção que eu tive do debate foi:

- Marina
Para os eleitores e simpatizantes dela, Marina deu show. Vibravam nas redes com cada resposta, inclusive, na que ela falou sobre a elite brasileira. Para todas as outras pessoas, a candidata foi confusa, não deixou claro que tipo de governo pretende, nem respondeu lé com cré, inclusive, ao dizer que Chico Mendes pertencia à elite brasileira (mesma resposta que fez os marineiros vibrarem). Muita gente não entendeu como ela pode criticar tanto os governos do PSDB e PT e dizer que pretende governar com eles. A mim, pelo que extraí do debate pelas redes, Marina fez um belo discurso pra inglês ver, mas pouco realizável no mundo prático.

- Dilma
Mesma observação com relação aos seus eleitores e simpatizantes: acharam que a presidente arrasou! Houve brados especiais quando ela respondeu ao candidato tucano sobre a Petrobras. Os adeptos da candidatura petista julgaram que ela comeu o mineiro com farinha.
Mas teve reclamações: disseram que houve uma jogada entre os adversários para não permitir que Dilma usasse a palavra e ficasse apenas sendo atacada por todos os candidatos. Bom, é claro que isso não passou de impressão dos signatários da candidata, já que matematicamente seria impossível alguém falar menos. A questão é que ela esteve em pauta em quase todo o debate (tanto em perguntas, quanto em respostas) e não poderia ser diferente, já que Dilma é governo e é líder em todas as pesquisas de intenção de voto. Condição de vidraça.
Vale ressaltar que pouco vi críticas e xingamentos de que ela estivesse mentindo em suas respostas.

Aécio
Ficou completamente apagado, pelo menos na minha time line. E olha que eu tenho muitos tucanos nela. Vi referências a ele apenas em ar de piada e deboche (e essas não foram dos tucanos, registre-se). Nada de relevante como "Aécio mandou muito bem" ou "Boa defesa de Aécio". Parece que ninguém estava disposto a se expor pelo mineiro.  

Luciana Genro
A candidata do PSOL foi festejada na TL quando, ao se referir ao candidato do PSC, foi taxativa: "Vou te chamar de Everaldo porque não costumo misturar religião com política". Durante as eleições, o candidato tem usado o cargo que ocupa na Igreja como se seu nome fosse, Pastor Everaldo. 
Apesar dessa super bola dentro, Luciana Genro  seguiu despercebida durante o debate e foi alvo de várias piadas na TL, como "A câmera não mostra, mas Luciana Genro está neste momento fazendo as unhas no estúdio".

Eduardo Jorge
Grande surpresa do debate. Teve coragem de tocar em temas espinhosos, como aborto e drogas, e bancou todas as suas opiniões. Na TL, foi amplamente elogiado pelos progressistas pelas posturas de esquerda que adotou e houve pssolista que lamentasse que Eduardo não fosse o candidato do Partido Socialismo e Liberdade. Já os conservadores, julgaram-no um "alucinado" e pejorativamente o compararam a "Plínio de Arruda Sampaio destas eleições".
Ainda assim, li posts como "Já decidi em quem votar: Eduardo Jorge". 

Pastor Everaldo
Foi trollado, xingado, vaiado e tudo mais que puderem imaginar. Não vi ninguém falar nada de minimamente positivo desse homem.

Levi Fidélix
Frustrou o povo brasileiro ao não fazer menções sobre o seu famoso aerotrem. Mas parece ter conseguido expor contradições de Marina.


Algumas das melhores postagens do Twitter durante o debate:

- marina tem voz de gás helio"

 · Se até o Levi Fidélix está no debate, passou da hora do Eymael contratar o advogado do Fluminense.


 · O Levy deixou a Marina nua. Com a mao no bolso! Marina comparou Neca Setubal a Chico Mendes. "Nova Politica"? Sim, sonegue mas me apoie!

- Vocês repararam que ninguém cita o nem pra criticar mais. Éguuua!


 


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Adianta reduzir a maioridade penal?

O artigo abaixo foi publicado hoje pela revista Carta Capital.
É instigador e nos traz uma grande reflexão: os políticos que mais querem a redução da maioridade penal são os que menos cumprem o Estatuto da Criança e do Adolescente.

E vou além, todos querem ver "meninos criminosos" longe de si. Mas ninguém quer uma Unidade Socioeducativa perto da sua casa, nem ver seus filhos interagindo com esses garotos. Como é possível ressocializar alguém, se nós mesmos queremos esses meninos isolados do mundo, como bichos doentes? 

Mudar o status quo também depende de nos mudarmos.


Adianta reduzir a maioridade penal?

A julgar pelas pesquisas de opinião, o Brasil é um país majoritariamente conservador. Em 2013, o instituto Datafolha aferiu que 48% dos brasileiros julgavam-se de direita ou de centro-direita, ante 30% da população que se identificava com pautas progressistas. Tal distância entre os espectros reflete em parte a opinião dos cidadãos com relação a alguns temas. O casamento Gay é rechaçado por 49,7% da população, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes. São contrários ao aborto 71% dos brasileiros, de acordo com o Datafolha. Três quartos dos brasileiros, de acordo com a Universidade Federal de São Paulo, dizem ser contra a legalização da maconha. Essa tendência conservadora acentua-se de forma descomunal quando o tema é a proposta de redução da maioridade penal para 16 anos, aprovada por 89% da população, segundo pesquisa realizada por Vox Populi e CartaCapital no ano passado.
    
Embora criticada por juristas e especialistas em políticas públicas voltadas à criança e ao adolescente, a proposta tem ganhado fôlego no Congresso. Criada em 2011, a Frente Parlamentar pela Redução da Maioridade Penal conta com o apoio de mais de 200 deputados. A Proposta de Emenda Constitucional que defende o novo limite, de autoria do senador tucano Aloysio Nunes, candidato a vice-presidente de Aécio Neves, deve ir a plenário ainda este ano. Na outra ponta, o PT, tradicionalmente contrário à mudança, cede à tentação de agradar à parcela conservadora da sociedade, por cálculos eleitorais ou para tentar diminuir o estrago que a medida poderia causar. Como opção à PEC de Nunes, um grupo encabeçado pelos parlamentares Humberto Costa e Eduardo Suplicy, com participação da ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, estuda apresentar um projeto que aumenta o tempo de pena para jovens infratores reincidentes em crimes graves, entre eles homicídio, latrocínio e estupro.
    
Ambas as propostas parecem ignorar a exaustão do Sistema Carcerário brasileiro, que convive com superlotação nas prisões comuns e nos centros de atendimento socioeducativo. A redução da maioridade penal poderia inflar ainda mais a população carcerária, atualmente superior a 550 mil presos, responsável por posicionar o Brasil entre os quatro países com maior número de presos no mundo. A situação poderia ser pior. Segundo um levantamento do Conselho Nacional de Justiça de 2012, há mais de 500 mil mandados de prisão não cumpridos, o que poderia dobrar a população carcerária brasileira. Na outra ponta, a proposta do PT esbarra na falta de espaço nos centros destinados à criança e ao adolescente. Em São Paulo, 90% das unidades da Fundação Casa apresentam superlotação.
    
Para Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC, o Brasil atravessa um momento em que o clima político, cultural e midiático estimula o “punitivismo”: as soluções escolhidas para enfrentar a violência passam sempre pelo endurecimento das penas. “Acredita-se que há impunidade no Brasil, mas não é verdade. Punimos muito, mas punimos mal.” Segundo o jurista, as condições insalubres dentro das prisões impedem o maior controle por parte do Estado. “Isso estimula o surgimento do crime organizado. Ao se colocar na cadeia um usuário de drogas como se fosse um traficante, ele pode se tornar mais à frente um homicida.” Serrano menciona o caso dos Estados Unidos, onde se estima que 250 mil jovens são processados, sentenciados ou encarcerados como adultos todo ano. Em 17 estados, não há idade mínima para um jovem ser julgado na Justiça Comum. Apesar de as taxas de criminalidade terem caído no País desde os anos 1990, um estudo do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) estimou que jovens presos ao lado de adultos têm 34% mais chance de voltar a cometer crimes.
    
Fabio Paes, representante da ONG Aldeias Infantis e integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, afirma que a formulação das perguntas sobre o tema nas pesquisas de opinião pode levar a distorções. “Quando o enunciado consiste entre ser a favor ou contra uma pauta que envolve punição, o cidadão tende a se posicionar favoravelmente.” Essa postura talvez ajude a explicar as diferenças entre os levantamentos realizados recentemente por Vox Populi e Datafolha.
    
Enquanto o primeiro questionou se o cidadão concordava ou não com a redução, o segundo perguntou se os adolescentes que cometem crimes devem ser punidos como adultos ou precisam ser reeducados.
    
Segundo o Datafolha, 74% defenderam a primeira opção. Uma proporção bem mais próxima daqueles que se opõem à legalização da maconha e do aborto. Paes afirma que a adesão à proposta é motivada pelo desconhecimento da população das políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e pela Secretaria de Direitos Humanos. O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, programa da SDH criado em 2012, busca garantir nacionalmente o cumprimento de modalidades previstas na legislação da criança e do adolescente que escapem à mera aplicação da punição. Há oito medidas que deveriam complementar a internação, entre elas a inclusão em programas comunitários, o tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico e a participação dos jovens em programas para alcoólatras e dependentes químicos.
    
Embora ofereça recursos e assistência metodológica, o Sinase foi adotado por poucos estados, constata Paes. Muitos deles nem sequer entraram com um projeto para captar a verba. Não por menos, 0,1% dos jovens em regime de restrição e privação de liberdade cumpre medidas socio-educativas no País, segundo a SDH. Antes de cogitar investir em soluções ineficazes como a redução da maioridade penal, é importante dar uma chance para aquilo que está à disposição, mas não é aplicado.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Reflexos da impunidade

No ano passado, a truculência da PM do DF com a população que protestava em Brasília no Dia da Independência (7/9) ganhou repercussão nacional. Vários jornalistas foram gravemente feridos em atitudes violentas da Polícia contra os manifestantes. 

Um vídeo foi amplamente divulgado na internet, no qual aparece um oficial da PM respondendo, ao ser questionado sobre a razão da agressão gratuita, "Eu fiz porque eu quis". 

Como a Secretaria de Segurança Pública e o Comando da Polícia Militar nada fizeram contra esse agressor, mesmo com tantas denúncias e provas, o Capitão Bruno seguiu impune e, pior, agora é candidato a Deputado Distrital. Seu slogan? Cinicamente, zombando da minha e da sua cara, é "Eu fiz porque eu quis".

Para relembrar o caso, clique aqui.


Capitão Bruno, sorrindo após a agressão a manifestantes em Brasília



terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sobre o que vi

Programa do PSB. Nota 10.
Homenagem emocionante ao E. Campos, sem forçar, sem ser piegas. Homenagem com espírito pernambucano.

Programa do Aécio. Nota 6.
Situações cotidianas ficaram fakes, olhar desviado do Aécio sem sentido e crescente do discurso forçando emoção.

Programa da Dilma. Nota: Padrão João Santana.
Conteúdo, boas trilhas e aquela dose de emoção que só ele consegue. Mesmo formato do 1º programa do Haddad, em 2012.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A viúva alegre

Tenho muito respeito pela história de Marina Silva. Mas não votaria nela pelo que ela se tornou: fundamentalista, cheia de estrelismo, reacionária.
Nada disso, porém, apaga a luta de quem saiu dos seringais da Amazônia e se fez uma grande liderança nacional.
Pois bem.
Particularmente, achei uma correta e admirável a postura dela quando da morte de Eduardo Campos. Preservou-se e tentou preservar o companheiro de chapa. Pareceu íntegra. Pareceu aquela líder do Acre de tempos atrás.
Mas aí, veio o velório. E com ele, uma Marina oportunista, que ri em cima do caixão, que faz selfie com eleitores e acena como candidata. Que ignora completamente o momento sofrido daquela família e dor daquele espírito que nem sabemos como está lidando com toda essa tragédia.
Marina Silva, você quase me enganou e não nego que ainda estou muito, muito chocada com tua postura.




sábado, 16 de agosto de 2014

De quem seria o terrorismo, afinal?

Recebi esta mensagem do professor e advogado Alan Souza, amigo querido servidor da Advocacia Geral da União. 

Divido com vocês a reflexão, já que Alan não tem Facebook, abandonou o blog e faz esses envios por e-mail a alguns sortudos como.

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Dois fatos para reflexão (ou: "antes um bom ditador do que uma democracia meia-boca", devem pensar os líbios e iraquianos...)
 
 
- Fato 1: até 2011, quando uma guerra civil derrubou o ditador Muammar Khaddafi, a Líbia era o país africano com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais alto, estava na 53ª posição, ao lado das Bahamas, e acima de alguns países europeus, como Rússia, Turquia e Bulgária. Segundo o Banco Mundial o PIB per capita era mais alto que o da Argentina, do Chile e do Uruguai. 89% da população era alfabetizada, a expectativa de vida era de 75 anos e havia um eficiente sistema de saúde pública gratuito para todos os cidadãos.
 
Atualmente, passados apenas três anos da revolução que depôs Khaddafi, a Líbia está à beira do colapso social e de uma tragédia humanitária. Faltam água, luz, alimentos, médicos, remédios e até combustível, num país que produzia petróleo e gás em abundância. Seis milícias estão em guerra civil no país, e na capital Trípoli e em Benghazi (segunda maior cidade do país) há relatos de saques, tiroteios e disparos de mísseis e morteiros, com mais de 100 mortos e cerca de 500 feridos em confrontos. O aeroporto da capital está fechado. Somente a embaixada de Malta está funcionando - os diplomatas brasileiros deixaram o país em 30 de julho e foram para a vizinha Tunísia.
 
- Fato 2: em 2003 uma coalizão internacional liderada pelos EUA invadiu o Iraque e depôs o ditador do país, Saddam Hussein, que foi condenado à morte e enforcado no final de 2006. As tropas dos EUA nunca conseguiram dominar o país totalmente e sofreram anos a fio com atentados e a resistência de vários grupos paramilitares, na chamada Insurgência Iraquiana. Em 2011 as tropas americanas se retiraram do Iraque e deixaram o país numa situação instável, com mais de 51% da população contrária ao novo governo, apoiado pelos EUA - a taxa de reprovação chega a 90% dos muçulmanos sunitas, a ala islâmica a qual Saddam Hussein pertencia e que soma 1/3 da população. Combates praticamente diários dos insurgentes contra tropas governistas ocorreram desde então.
 
Atualmente o norte do Iraque está sob controle do Estado Islâmico, um dos grupos insurgentes sunitas surgidos a partir de 2004. O EI já assumiu o controle da segunda maior cidade do país, Mossul, e avança firme rumo à capital Bagdá, tendo declarado o norte do Iraque e o nordeste da Síria como um califado islâmico. Mesmo na ditadura sempre foi seguro ter outra religião no Iraque - o vice-presidente iraquiano ao tempo de Saddam era um católico maronita. Mas o Estado Islâmico impôs a sharia, a lei islâmica, nas áreas dominadas e está promovendo execução de líderes de outras religiões, com relatos de decapitações e de cristãos crucificados. A conversão forçada ao islamismo é o mínimo: mulheres estão sofrendo mutilação genital e sendo obrigadas a usar burca, aquele traje que cobre o corpo todo e deixa apenas uma pequena tela como espaço para enxergar. Mais de 130 mil pessoas fugiram de suas casas e tentam escapar do Estado Islâmico no norte do Iraque.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Reaja

O sensação de fracasso é uma das mais danosas para a alma.
Abala a autoconfiança, a autoestima, o senso crítico e, por vezes, até a capacidade de reação. 
O fracasso esbarra em realização de sonhos, aspirações de futuro.
Mas esbarra também - e sobretudo - no orgulho ferido. 
"Eu não fui capaz. O que as pessoas vão pensar de mim?"
Mesmo que ninguém tenha absolutamente nada a ver com aquela batalha que tu travaras até ali.
Orgulho ferido é sintoma de egoísmo.
O egoísmo é antagônico da caridade. 
E se a caridade é a expressão máxima do amor, o fracasso é ingrediente capaz de estragar a receita de felicidade de qualquer mortal.
Fracasse. Todos podemos. 
Viver eternamente mergulhado nesse sentimento, nem devemos!

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O retrato da paz e da felicidade...

Hoje em dia, quando penso em felicidade, esse é o cenário que me vem à cabeça. É essa melodia...



Minha Palhoça
Composição: J. Cascata / Cantora: Mônica Salmaso
Se você quisesse morar na minha palhoça
Lá tem troça, se faz bossa
Fica lá na roça à beira do riachão
E à noite tem violão
Uma roseira cobre a banda da varanda
E ao romper da madrugada
Vem a passarada abençoar nossa união
Tem um cavalo
Que eu comprei em Pernambuco e não estranha a pista
Tem jornal, lá tem revista
Uma kodak para tirar nossa fotografia
Vai ter retrato todo dia
Um papagaio que eu mandei vir do Pará
Um aparelho de rádio-batata
E um violão que desacata
Tem um pomar
Que é pequenino, é uma tetéia, é mesmo uma gracinha
Criação, lá tem galinha
Um rouxinol que nos acorda ao amanhecer
Isso é verdade podes crer
A patativa quando canta faz chorar
Há uma fonte na encosta do monte
A cantar chuá-chuá
a

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Mais um passo

5/8: o dia em que Deus me testou se sou realmente capaz de amar o próximo como a mim mesma.
Eita dia!
Um colo, um abraço de proteção, por favor!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Olhar para si nem sempre é um erro

Nunca tive problemas para me doar ao mundo.
Essa doação ao outro sempre me alimentou.
O mundo precisa de mim, como eu preciso dele.
Só que, às vezes, a doação ao mundo dos outros é tão constante, que eu esqueço do meu.
Ele fica abandonado e cheio de crises internas a serem resolvidas.
Essa mudança de foco soa até um pouco egoísta. 
"Como assim, você vai cuidar do seu quintal? E o do vizinhos,quem vai ajudá-los?"
Então, antes que eu me cobre demais por isso, lembrarei das instruções dos comissários de bordo: "Em caso de despressurização da aeronave, máscaras de oxigênio cairão sobre suas poltronas. Ajuste primeiro a sua, em seguida, auxilie crianças e idosos que precisem de ajuda".
Que óbvio, não?
Como posso auxiliar o mundo, se nem eu consigo respirar?