quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Natal da minha aldeia*

*Texto do escritor André Nunes (também conhecido neste blog como pai postiço)

É dezembro.
Ontem, os jornais das principais emissoras de tv estavam mostrando as luzes de natal das grandes cidades do mundo.
Detive-me, por um tempo, extasiado.
Convenhamos, é bom de ver.
Nova Iorque, Sidnei, Londres, Paris, ah! Paris, mesmo sem natal, Cidade Luz.
São Paulo do Ibirapuera, da Avenida Paulista. Curitiba do Barigui, do coral das crianças na janela do banco não sei o que.
Rio de Janeiro, Copacabana, e aquela árvore imensa na Lagoa Rodrigo de Freitas explodindo em pirotecnia e em cores de milhões de lampadinhas coloridas me deixaram mundiado.
Um espetáculo de tecnologia diz-que de ponta. Hi tec.
E foi só.

Troquei de canal e fui assistir o Doutor House. Um médico ranheta com quem às vezes me identifico, mas também é só. Nunca me lembro da trama, de uma cena mais inteligente, nem sequer, à exceção do próprio, da atuação de nenhum outro ator. Deve ser uma produção ruim mesmo.

Moro em Marituba.
Minha aldeia é Marituba.
Já foi Altamira, mas virou cidade. Rica. Do limbo, mas cidade. Vai ter até hidrelétrica. Para o bem ou para o mal. Acho que para o mau. Com u mesmo.
Meu, continua sendo o Xingu, mas isso é outra história.

Minha aldeia é pobre. Muito pobre.
Minha rua se chama Uriboca. Meu bairro é o Pato Macho, que, à minha revelia, querem mudar para São João. Já quiseram que fosse Bairro do Menino Deus, até Olga Benário.
Continuo resistindo.
Meu endereço é Estrada do Uriboca 3.000, bairro do Pato Macho.

Antigamente aldeia não tinha bairro.
Podia até ter, mas ninguém chamava bairro. Acho que por pudor. Era muita pavulagem. Em Vigia havia o Arapiranga e, em Altamira, o Recreio, ou Rua da Palha, ou Muquiço.

Esse “minha aldeia” tem tudo a ver com Fernando Pessoa que com poesia ensinou a simplicidade das coisas.
Acho, até, que ele escreveu “O rio de minha aldeia” pra mim. Para o Xingu. Mais pela nostalgia, que pelas dimensões.
Xingu de antes, que um dia pensei de sempre.

Aldeia é uma palavra de singeleza impar. Nem precisa descrever. Logo se imagina. Um vale ou encosta de morro. Uma torre de igreja, sino, casas toscas e ruelas tortuosas.

“Sino, coração da aldeia
Coração, sino da gente.
Um sente quando bate,
Outro bate quando sente”

Aldeia européia.

Altamira, quando era aldeia, também tinha igreja e sino.
Badaladas diferentes faziam parte de nossas vidas.
Badalar das horas, do meio dia, do ângelus, das chamadas para missa e novena, estas, como nos teatros, ao final, compassadamente, batia uma, duas, três vezes. A última era o começo da função.
Quando alguém morria, o toque, também era diferente.
A vila ficava silente. Reverente. A meninada arrefecia a algazarra.
Logo alguém traria a notícia do passamento de algum enfermo. Geralmente idoso.
Depois da semana santa, desde a procissão do senhor morto, até o domingo de páscoa, os sinos não dobravam. Usava-se a matraca com som de madeira.

Isso foi o mais próximo que cheguei da noção de aldeia.

Os portugueses, não sei porquê, não trouxeram esse conceito para cá. Preferiram arraial, depois vila, e sei lá o quê mais.

Aldeia que se conhece é coisa de índio. Muito diferente e, se bem olharmos, mais singela, apenas não é lugar para poetas.
Quantas gerações ainda passarão para nascer, em uma aldeia, dessas daqui, de índio, um Fernando Pessoa, um Ferreira Gulalar, um Jesus Pais Loureiro, Pedro Galvão, um Drumond?
Os poetas daqui são urbanos. Nosso Parnaso é de concreto e asfalto. Não vale forçar exceções. Cora Coralina, Cecília Meirelles, meninos e meninas de engenho e quejandos.

Minha aldeia é Marituba.
Podia ser, e quase foi, por afinidade, Xipaia, Curuaia ou Caiapó. O que não teria a menor importância. Nada mudaria. Não sou poeta. Minha praia é a prosa de pé quebrado. Se não existia, agora existe, é isso aí. Capenga.

De repente, aldeia passou a saber a estrangeirismo. Que seja. Até porque está na moda. Usa-se por qualquer dá cá aquela palha.
No mais das vezes sem a menor necessidade, por puros pedantismo, modismo, ou mesmo, incultura. Dellivery, fashion, dark, drive thru. Tudo perfeitamente contemplado no vernáculo.
Quanto a aldeia, não. É única, e a substituição é no mínimo triste, senão, ridícula: interior, cidadezinha, ou, pior ainda, cidadezinha do interior. Convenhamos, “a aldeia do meu avô” é mais palatável do que “o interior do meu avô”.
Não temos aldeão.
Temos interiorano, que é horrível.
Caipira, capiau, sertanejo, caboclo, são ótimos, mas não são a mesma coisa.

Meu interior, não é Marituba.
Marituba é minha aldeia, quando não, em tributo a Pessoa.

É Natal em minha aldeia.
  
Hoje foi a inauguração da ornamentação de natal da pracinha.
Pracinha pobre, inculta, sem grama, e canteiros sem flores. Mal cuidada. Muito concreto. Cimento não combina com praça. Flor, grama, sombra, criança combinam.
  
Cheguei por volta das seis ou sete horas, para ver o acender das luzes, da árvore de natal de oito metros de altura, das grandes bolas iluminadas e dos postes e árvores com as lampadinhas, em espiral, qual cobras finas e coloridas, a subir sem pressa para lugar nenhum.

Era muito cedo e ainda se estavam dando os últimos retoques.
Um locutor, com voz impostada, testava o som que reverberava por duas grandes caixas situadas nas extremidades do palco de concreto da concha acústica que há no meio da praça, ao lado da caixa d`água. Caixa acústica. Som ensurdecedor. Esse é o nome moderno, creio, para o que antes chamavam-se auto falantes.
 Alô, alô, experiência, alô.
Contornando a boca do palco, guirlandas de lampadinhas a piscar.

Ao redor da praça, dezenas de barracas a vender de um, tudo. Bolo de macaxeira, tacacá, unha de caranguejo, sanduíche, amburguer, x-burguer, x- tudo, cachorro-quente e hot-dog, que por aqui, não são a mesma coisa. Cachorro-quente é pão com carne moída temperada com cheiro-verde, e hot-dog é hot-dog, mesmo. Aquele um, americano, com salsicha e quetichupe.
Refrigerante, refresco, que agora chamam de suco, e que já foi até vinho e, cerveja em lata.
Detesto cerveja em lata. E copo de plástico.

As mesas das barracas ainda estavam vazias. Achei a da minha amiga Lôrdes. Acho que se escreve Lurdes ou Lourdes, mas no patoá de Abaetetuba, é Lôrdes, mesmo. Ela faz questão de acentuar o ô circunflexo.

Já veio rindo. Sua eterna alegria por vezes agride minha casmurrice habitual. Não adianta. A alegria de viver da Lôrdes sempre vence. Contagia.
Sem perguntar, já veio, gorda, cabocla, linda, amiudando os olhos caboclos, rindo, como se disse, e com uma cerveja e um copo.
Cerveja em lata e copo de plástico.

As pessoas começaram a chegar e a lotar a praça.
Papai Noel já havia chegado e estava sentado em uma poltrona de vime na sua barraca de palha. Barraca de paxiúba e coberta de palha de ubim. Por cima, uma espécie de manta grossa de algodão. Neve. Neve tropical.
Literalmente, adorei.

Mesmo antes da música começar, as pessoas chegavam alegres, rindo à toa. Jovens, muitas moças e rapazes ainda com uniforme escolar dos cursos noturnos. Também chegavam idosos e crianças fazendo fila para tirar fotografia com o Papai Noel. Alegres. Pais-fotógrafos mundiados. Hoje, todo celular bate foto.

Por um átimo me vieram à mente Nova Iorque, a Lagoa Rodrigo de Freitas, a Avenida Paulista. Pirotecnia de ponta. Lindas, ricas, precisas, tão pontuais que permitiam contagem regressiva na hora de acender. Cinco, quatro, três, dois, um...Ah!
 Pasteurizadas.

Meses atrás, já nem me lembro se agosto ou setembro, a Teresa, mulher do meu amigo Gilberto, aqui, na beira do Uriboca falou-me, por alto, que iria fazer a ornamentação da praça. Achei ótimo, afinal, Teresa comanda a importante Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e bastava contratar arquitetos, decoradores, enfim, pessoal, material e bom gosto.
Mudamos de assunto.

Teresa sumiu. Nunca mais veio almoçar aqui, como sempre fazia.
Acho que em novembro telefonou.
- Não queres passar por aqui para ver como estão ficando as peças da ornamentação do Natal?
Confesso que já havia até esquecido.
- Claro. Onde é?
- Aqui em casa. Falou com a maior simplicidade, como se fosse a coisa mais lógica do mundo.

Logo na entrada tomei um susto. A casa da Teresa estava um caos. Jardim, garagem, churrasqueira, sala, banheiros e até os quartos estavam atopetados de garrafas plásticas vazias. Pets.
 Ela veio ao meu encontro, toda suja de tinta, ainda com um pincel na mão e foi logo explicando o óbvio:
- O tema é reciclagem. E continuou falando com toda a empolgação que só os jovens costumam ter, enquanto eu, não mais ouvia nada. Só olhava tudo meio aparvalhado.
Que era reciclagem, talvez fosse a tendência natural, afinal, Teresa é Secretária do Meio Ambiente, mas onde estão os arquitetos e decoradores?
O que eu via era um mundo de gente. Voluntários, alegres, barulhentos, passando café, cortando as tais pets, fazendo flores, bolas, armando árvores e anjos, e todo mundo rindo, até quando um pintor improvisado, com um pulverizador, nem notou que o vento estava levando a nuvem de tinta vermelha para o varal de roupas que estavam a secar. Lençóis brancos.

Naquele momento, chegava um trator pula-pula puxando uma carreta cheia se garrafas plásticas que os alunos de alguma escola municipal haviam coletado na semana. Pois não é que a Secretária de Educação, a Regina, também tinha embarcado na aventura?
- Meu deus! Ela é louca. Pensei.
Quando disse que “ia fazer”, eu imaginei contratar, planejar, gerir, nunca, ao pé da letra.

Nesta hora, me dei conta.

Minha aldeia é pobre.

Por fim, lá pela quinta latinha de cerveja a música encheu a noite da praça. As luzes já estavam todas acesas.
Mais gente. Muita gente. Pipoca, sorvete, maçã do amor. Criança por todo lado.
Parece que tudo aconteceu de repente, mas deve ter passado um bom tempo. As mesas da barraca da Lôrdes já estavam lotadas e havia gente bebendo em pé. Na latinha.

Lembro-me, vagamente, que nesse tempo, a Lôrdes contou-me um mundo de fofocas. Mais do bairro dela, a Pedreirinha.
Gravei apenas a história da gravidez da Miako, uma japonezinha linda, cujo marido estava há mais de um ano no Japão. O nome dele é Zecão. Pode, um nissei de olho bem rasgado ter o nome de Zecão?

A música do alto-falante era a mesma que toca em todo mundo. Jingobel, Natal Branco e assemelhadas.
O locutor, de paletó xadrez, assumiu o centro do palco e anunciou o início da inauguração. Prefeito, secretários e demais autoridades. Discursos e mais umas quatro latinhas de cerveja. Em copo plástico.
Mais histórias da Lôrdes, muitas gargalhadas, e fim dos discursos. Foi anunciada a apresentação de um coral. Cinco moças. Excelentes. A solista, Beth Mell, me emocionou cantando Com te partiró, de Gregory Lemarchal. Nestas alturas, a mesa já contava com mais umas oito cadeiras. No palco um dramalhão piegas de circo mambembe. Ótimo.
Na hora dos fogos, só me lembrei do espetáculo pirotécnico da Lagoa Rodrigo de Freitas. Todo mundo tenta ser feliz no natal. Eles, lá, em Sidnei, também. Ricamente, também.
Neste momento, a Bia, minha neta de dois aninhos, vinha correndo pelo meio de praça, e se aninhou no meu colo.
Bia tem medo do Papai Noel.
Ela estava feliz. É natal, a praça da minha aldeia estava feliz.
Eu também.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Aniversariante do dia

O primeiro contato que tive com Ana Júlia Carepa foi em 1999, durante o primeiro julgamento do massacre de Eldorado do Carajás. Eu era estagiária na extinta Província do Pará e estava auxiliando na cobertura do caso de repercussão internacional. O julgamento aconteceu no auditório da Univerdade da Amazônia e Ana Júlia, então vereadora de Belém, estava entre os que acompanhavam a sessão atentamente. Em algum momento, que eu confesso não recordar detalhes, ela se levanta e faz um verdadeiro motim contra o que acontecia na Tribuna.

Naquela época eu ainda era militante do PSTU e achei a postura dela admiravelmente combativa. Mas vi que meus colegas jornalistas quase todos criticaram a ação, dizendo ter sido uma atitude em busca de holofotes. Fiquei com isso na cabeça.

Voltei a ter contato com Ana Júlia somente 7 anos depois, quando fui convidada, já no 2º turno, para integrar equipe de TV da campanha que a elegeu governadora. Acompanhei de perto a força de vontade, a garra e a determinação daquela mulher tão debilitada fisicamente, mas capaz de nos dar uma força inigualável. Tive a oportunidade de ver que Ana Júlia era, sim, uma guerreira. Gestos exegerados são apenas sintomas de uma personalidade muito expontânea.

Após a campanha voltei para São Paulo, lugar de onde não queria sair tão cedo. Morava lá há mais de 4 anos e estava feliz com a minha vida. Tinha um ótimo emprego, vivia bem, amava a minha vida, não fosse a recente separação do marido, que me fazia ter crises de solidão com a Dalila, com apenas 3 anos.

No primeiro mês de administração, veio o convite para fazer parte da equipe de comunicação do novo Governo. Inicialmente descartei a idéia. Jamais queria voltar a morar em Belém. Veio a segunda proposta e a pressão da família. Para não desistir, não pensei duas vezes. Enchi duas malas e uma semana depois desembarquei em Val de Cans.

Mais do que roupa minha mala trazia esperança e empolgação. Era excitante o desafio de trabalhar num novo projeto, de ajudar a construir algo novo para o meu amado Estado. Inicialmente foi muito frustrante. Via que as coisas seriam muito mais dificéis do que parecia. Eram muitos vícios de mercado e muitas amarras internas e externas.

Mesmo assim, eu me lembrava da garra daquela mulher e aquilo me motivava.

O aniversário de Ana Júlia, comemorado hoje, marca pra mim o fim de seu Governo, no qual tive o prazer de trabalhar durante 3 anos e meio. Tive muitas frustações, muitas angústicas, muitas decepções. Mas também foi uma época de muito aprendizado, reflexões e orgulho. No geral, foi uma honra poder ter trabalhado para um Governo que inverteu prioridades no Estado. Que trabalhou firme pela tão sonhada verticalização de nossa produção mineral. Que foi capaz de mexer em estruturas complicadas, como a fundiária. Que reconheceu o valor dos servidores públicos como há anos não se fazia por aqui. Que levou investimentos para TODOS os 143 municípios paraenses, mesmo aqueles que nunca tinham visto a figura de um governador. Que deu voz à socidade através de tantos mecanismos de participação popular.

Infelizmente, Ana Júlia não conseguir fazer tudo que sonhava em 2006. E eu não me proponho em ficar apontando culpados. Quero apenas ratificar o meu carinho, apreço e admiração por essa mulher incrível que aniversaria hoje. Desejo do fundo do meu coração que os sonhos dela para o Pará um dia possam se tornar realidade e que a experiência que ela teve possa ajudá-la a separar o joio do trigo.

E como ela sempre diz "não há vitórias sem luta"!
Feliz Aniversário, Ana Júlia!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Aldeia Cabana: o inferno é aqui!

“Quem quer ver porrada dá um grito!”
Esta era apenas uma das palavras de ordem ditas animadamente pelo apresentador do evento, que aconteceu na noite do dia 15/12. Ao que parecia, tratava-se de mais uma rodada de Vale Luto na Aldeia Cabana, com o apoio da Prefeitura de Belém.

Quem apenas passa pela Avenida Pedro Miranda e vê aquela construção feia e mal acabada – desde a época de Edmilson Rodrigues – pensa que o local é palco apenas do falido carnaval da cidade. Ledo engano.

Pelo menos uma vez por semana o espaço é usado para fins diversos e de caráter comercial: festas de aparelhagem, baile da saudade, feirão de carro, aniversário de radialistas, shows de bandas do momento, culto evangélico, luta de vale tudo. Cada evento trazendo consigo seu público alvo e todos os acompanhantes típicos de cada um: ambulantes variados (cerveja, comida etc), pessoas com espírito de briga, fanáticos religiosos estéricos, ponto de táxi criado arbitrariamente, gente que para o carro em frente à garagem alheia por se achar no direito já que está indo comprar um carro novo.

Todos os eventos contam com o devido apoio da Prefeitura de Belém, por meio da SEJEL, Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer, que administra o espaço. Mesma Prefeitura que raras vezes se sente obrigada a enviar para o local agentes de trânsito capazes de atenuar a balburdia causada na rotina do bairro.

A Pedro Miranda é uma das principais avenidas do populoso bairro da Pedreira e serve também como via alternativa para quem vai pegar o elevado da Júlia César, construído recentemente pelo Governo do Estado. Imagine, portanto, a quantidade de carros que trafega por ela.

Os eventos normalmente são preparados com certa antecedência. Alguns demoram até dias, obstruindo a passagem de carros, no sentido de saída da cidade. Com a falta de fiscalização de trânsito, os motoristas avançam sobre a via contrária e andam na contramão por 1 ou 2 quarteirões inteiros, já que palcos, tapumes e caixas de som impedem a passagem normal.

Até o início da Aldeia Cabana, a Pedro Miranda é uma rua com vocação comercial. A partir da esquina da Lomas, uma via quase que exclusivamente domiciliar. Moradores que não têm o direito de se defender das atrocidades cometidas no local. A maioria das festas não tem dia para acontecer, nem hora para acabar. A última luta de vale-tudo aconteceu numa quarta-feira e terminou 1h30 da madrugada.

Moro a quase duas quadras do centro do caos. Do meu apartamento, mesmo com o ar-condicionado ligado e todas as janelas e portas fechadas, é possível ouvir com detalhes quase tudo que acontece nos eventos. Apesar de cansativos, é completamente compreensível ver a via sendo usada para desfiles do Dia da Pátria ou para concurso de bandas escolares. São atividades públicas. Mas é inadmissível ver a apropriação do espaço público para fins comerciais, pelo simples fato da utilização do local não acarretar ônus para seus realizadores.

Por sinal, os realizadores dos eventos que ali acontecem são as únicas pessoas que eu já vi elogiarem a administração de Duciomar Costa. É comum ouvi-los agradecer o nobre apoio da Prefeitura para a realização de tamanho desrespeito com os cidadãos do bairro.


sábado, 11 de dezembro de 2010

Articulações S/A

Quase um ano depois de ter conhecido Lilian Glaisse, em 1998, descobrimos que tínhamos muito em comum, apesar de nossas gigantes diferenças aparentes. Ainda em 1999, formamos uma dupla dinâmica, capaz de pensar, planejar e articular as coisas mais divertidas e remotas quando o assunto era "meninos".

O grande lance é que nossas idéias não serviam apenas para nossas vidas. Descobrimos que encontrávamos soluções também para os "problemas" de nossas pares. A partir daí, começamos a prestar consultoria no assunto.

Está em dúvida em como ser notada? Quer confirmar se ele está te passando a perna? Quer dar o fora sem perder a amizade? Quer fazer um encontro proposital parecer casual? Nós te ajudamos! Essa era a missão daquilo que se tornaria a Articulações S/A.

Obviamente nossas dicas não necessariamente dão certo conosco. Se dessem, não teríamos derramado algumas lágrimas ao longo desses quase 12 anos de sociedade.

Nos casamos, eu já divorciei, mas os nossos serviços de Consultoria para as amigas nunca falhou quando precisaram da gente.

Morando longe uma da outra e sem o convívio diário de nosso círculo, a Articulações S/A passou a agir menos. E é por isso que me sinto na obrigação de compartilhar reflexões, lições e dicas, sejam elas baseadas em nossas vidas ou na história de terceiras.

Agora a Articulaões  S/A é um marcador neste blog
Moças, aproveitem!  E sugiram.

DIca importante

Quando você chama seu namorado no meio da festa de casa para dar uma fugida no quarto e ele acha essa idéia um absurdo porque ele está bebendo com amigos e vai ter que subir as escadas, tenham certeza que está na hora de acionar ajuda externa!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Saudade do carnaval que não terei

"Por isso chame, chame, chame, chame gente. Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta."

(Moraes Moreira)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dizem que um filho sempre faz bem

Ele superou minha dificuldade de ovulação, o DIU e os outros métodos contraceptivos.
Surgiu no meio da tormenta de uma campanha eleitoral (quem já trabalhou em campanha sabe o que significa isso).
Veio de gaiato durante uma fase de transição muito bem planejada na minha vida.
Por causa dele, vou ter que adiar muitos planos de mudança.
Por causa dele, até agora, com 13 semanas, já aumentei 14kg.
Por causa dele, não poderei fazer um monte de coisas durante um bom tempo.
Mas apesar de tudo isso, eu sinto que ele veio cumprir uma missão.
Ainda estou meio desnorteada, não sei bem como reagir. Parece que está sendo bem mais complicado do que quando engravidei da Dalia, aos 22 anos.
Se eu dissesse "eu estou feliz", estaria mentindo. Mas falar o contrário também seria mentira.
Só acho que as pessoas que me cercam estão mais felizes do que eu. O Rolando, as avós, as tias, as irmãs. Por sinal, a Dalila está que nem se aguenta de tão eufórica. Tudo que faz é pensando no "meu mano".
A partir da semana que vem, quando estarei livre dos compromissos de campanha, vou pensar em fazer algo com a anotação da placa do caminhão que me atropelou.
Por enquanto, estou ainda anestesiada com a novidade, apesar dela já nem ser tão nova assim.
Por enquanto, vou curtindo os paparicos dos amigos e familiares.

sábado, 23 de outubro de 2010

A entrevista com Almir Gabriel

Muita gente pediu para rever, então, publico aqui a entrevista com o ex-governador Almir Gabriel, que foi ao ar esta semana, no programa eleitoral.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Aos anônimos

Caros anônimos (chatos),

Eu ando tão ocupada com trabalho e ainda tendo que lidar com todas as necessidades da minha gravidez que estou sem qualquer paciência pra vocês.
Portanto, a partir de agora não permitirei mais comentários anônimos no blog.
Ando sem saco para as baboseiras, xingamentos, baixarias e covardia de quem não se assume.

Tenho mais o que fazer.
E se você não gosta deste blog, é só não acessar. Simples assim.

Bye. bye!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Grávidas

As grávidas têm um sintoma que só os especiais vêem.
Quase todo mundo se importa, se comove quando vê uma. Quer agradar, fala palavras doces, bancar o compreensível. Mas, na verdade, não é todo mundo que consegue dar a uma grávida aquilo que a maioria realmente precisa.
Minha primeira gravidez aconteceu num momento muito difícil da minha vida. Eu tinha apenas 22 anos, um futuro incerto e estava longe da família e amigos. Tinha acabado de me mudar para São Paulo e havia uma série de adversidades que não cabe relacionar aqui. Mas, apesar de todas elas, eu tinha aquilo que uma grávida precisa lá no fundo.
Tem gente que acha que grávidas são frescas, tolas e adoram um drama.
Pobres coitados. Eles não são especiais o suficiente pra entender o que precisamos de verdade.

Só fala quem não conhece

Só abre a boca pra dizer que gravidez não é doença, quem nunca engravidou.
Qualquer pessoa com enjôos, moleza no corpo, dor no estômago e mal-estar não consegue se sentir saudável.

Ego informa

"A emoção de dom Alberto Taveira, ao participar do Círio pela primeira vez, foi tão grande que, em alguns momentos, ele chegou a chorar"

Coluna Repórter 70, 14/10/2010


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Juuuuura? Sabia que a dona Maria, o seu Joaquim e o seu Zezinho choram mesmo já tendo acompanhado a procissão 10, 20 ou 30 vezes?

Essa babação de ovo da imprensa em torno desse Arcebispo de Belém chega a ser ridícula!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vitória pra dar orgulho

Na noite de 03/10, eu estava dividida em frente ao computador. Acompanhava a apuração no Pará, onde trabalhei nestas eleições, e no Estado de São Paulo, onde gostaria muito de ter atuado pessoalmente, mas só foi possível virtualmente.

Queria conferir o que já esperávamos: a vitória do Alencar Santana, na eleição para Deputado Estadual. Essa era sua primeira candidatura para o cargo. A meta era conseguir 60.000 votos. Conseguimos 154.000, sendo o quarto mais votado do PT em São Paulo, que elegeu mais de 20 estaduais. Prova de reconhecimento do trabalho que ele vem fazendo desde que entrou na política para concorrer eleições, há apenas 6 anos.

Para quem não sabe, comecei a militar politicamente aos 14 anos, quando entrei no PSTU. Por lá fiquei até os 18, quando a constante discordância que eu tinha do radicalismo do partido se tornou insuportável. Depois da militância, passei a me dedicar a trabalhos de comunicação para política. Já trabalhei para vários partidos e grupos, e, exatemente por isso, vocês devem imaginar que eu já devo ter conhecido gente de todo tipo nesse meio.

Alencar foi um que me conquistou de cara. Nos conhecemos quando comecei a trabalhar na Assembléia Legislativa de SP, em 2003. Ele foi meu colega de gabinete nos primeiros meses, e logo se tornou um dos meus melhores amigos naquela cidade. Conquistou não só a minha confiança, mas a da minha família e amigos. É inteligente, sagaz, bem humorado, sempre disposto a ajudar. Caráter e um coração que pouco se encontra por aí. Alencar é uma pessoa, de fato, muito especial!

Ele já era uma grande liderança mesmo antes de ser candidato. É advogado e, antes, militou no movimento estudantil. Em 2004, ajudei na campanha que o elegeu vereador em Guarulhos, aos 28 anos. Foi reeleito em 2008, quase duplicando seus votos na maior cidade não capital do Brasil. Como vereador, foi considerado pela imprensa local como o melhor do município, levando em consideração a articulação, presença, coerência e projetos de relevância social.

Em 2009, Alencar assumiu a Secretaria de Governo da Prefeitura de Guarulhos, participando da coordenação de importantes projetos, como CEU Guarulhos, Estações de Tratamento de Esgoto, Bilhete Único, Rodoviária, conclusão do viaduto de entrada da cidade.

Aos 34 anos, Alencar desponta como uma das grandes promessas na política do Estado de São Paulo. E eu tenho muito orgulho de fazer parte dessa história. Orgulho não só profissional, mas pessoal, por tê-lo entre as pessoas mais próximas de mim, mesmo estando longe fisicamente, e a certeza de que ele será sempre o mesmo Alencar de sempre.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A eleição é pra presidente

Muito boa a colocação da jornalista Aline Brelaz, sobre a polêmica causada em reta final da eleição, em torno da opinião dos presidenciáveis sobre a legalização do aborto.


@AlineBrelaz Pelo amor de Deus, não estamos escolhendo papa, bispo, pastor ou chefe de igreja. A eleição é pra presidente, que tem que governar p/ todos.


http://twitter.com/#!/alinebrelaz

Uma bancada paraense da gema

Pronto. Temos uma dupla super paraense no Congresso:
O senador da Tapioca, Mario Tapiocouto, e o agora Senador do Açaí, Flexa Ribeiro.

O Jader bem que podia virar o Senador do Peixe, né?

Sobre a eleição do Flexa

Aproveito meu espaço para parabenizar a equipe de campanha do senador reeleito Flexa Ribeiro. Sobretudo a equipe de comunicação e marketing.

O Flexa que acompanhamos no Senado, definitivamente, não era o mesmo da campanha.
O Flexa do Senado não sorri, tem ar sisudo e arrogante. Se põe como o grande empresário que é.
Pelo menos era essa a imagem captada por mim e muita gente que eu conheço.

O Flexa das propagandas eleitorais era um vovozinho legal. Um senhor que pedia com muita humildade o nosso segundo voto. Um cara tão bem humorado que foi capaz de tirar graça de si mesmo, quando começou a pegar mal o estigma do "Senador do Açaí". A equipe dele, realmente, foi muito eficiente na criação do clipe do bonecão de Olinda.

E por conta desse novo Flexa, ninguém conseguiu fazer a população se preocupar com o fato dele ter chegado à política graças ao Dudu, nem com o fato dele já ter sido preso e algemado por corrupção.

Essa é a campanha bem feita!
Parabéns ao colegas que fizeram parte dela.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Flexa no Pé

Se você não está no twitter, não deve ter tido acesso ainda.
Ei vi agora e já vou compartilhar com meus leitores.
Apresento o blog Flexa no Pé.

domingo, 26 de setembro de 2010

A mocinha e o vilão

- Mãe, a Marina não é bandida, né?
- Não. Não é, não.
- Então a senhora só não vota porque...
- Porque eu já tenho candidato, Dalila - Eu completei.
- É. Legal!
- Teu avô ainda vai votar no Serra?
- Vai. Ele não acha que o Serra é bandido.
- Mas Serra não é bandido, Dalila!
- É, sim! Ele só faz coisas pra os ricos. Então, ele rouba dos pobres. É bandido!

sábado, 25 de setembro de 2010

É a vida!

Tem gente que veio pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Muito mais que um jingle

ACELERA, PARÁ!

NÃO DAVA MAIS PRA FICAR
À BEIRA DA ESTRADA.
O BRASIL ACELERANDO,
OUTROS ESTADOS CRESCENDO
E O PARÁ, QUASE NADA.

A NATUREZA NOS DEU RIQUEZAS
E DEUS NOS FEZ BRAVOS E FORTES.
O QUE A GENTE PRECISAVA
ERA ARRUMAR NOSSA CASA
PRA MUDAR NOSSA SORTE.

E AGORA, O PARÁ NÃO PARA.
COM FÉ E COM GARRA,
O PARÁ VAI EM FRENTE.
PELAS MÃOS DOS TEUS FILHOS
O PARÁ TÁ NOS TRILHOS.
ACELERA, MINHA GENTE!

A NOSSA HORA CHEGOU,
JÁ TÁ LIGADO O MOTOR
E A GENTE SABE O CAMINHO.
COM LULA E DILMA AVANÇAR.
QUEM ACELERA O PARÁ
NÃO ACELERA SOZINHO

A tal ditadura

Pelo jornalista e escritor Palmério Dória:


@palmeriodoria Cuidado: se você fica vendo Mussolini e Hitler em todo canto, quando aparecer um Mussolini e um Hitler de verdade, periga não reconhecer.

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Por um jornalismo mais responsável

Do bacharel de Direito e jornalista especialista em Mídias Sociais, Pedro Loureiro:

@Pedrox Querer comparar a Censura na Ditadura Militar com a Responsabilidade na Era da Informação é substimar a inteligência das pessoa.


A tuitada de Pedro foi publicada em meio a um debate fervoroso, em que esta que vos escreve defendia a existência de meios capazes de proteger a sociedade dessa mídia desvairada marrom, na qual está se transformando a imprensa brasileira e que opiniões divergentes apontavam esses meios de controles sociais como censura.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mas o que está acontecendo?

Tenho ficado cada dia mais envergonhada com a postura de alguns "coleguinhas" de profissão. No caso de veículos como a Veja, já nada me espanta mais. Mas ainda me decepciono muito quando se trata de gente por quem tenho admiração.

É o caso do Marcelo Tas.
Recomendo a leitura deste blog aqui.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Brasil sem Lula?

Estavámos indo para a escola. Como sempre, ela puxa um papo.

- Mãe, vê se eu já entendi direito essa eleição. É Lula, Dilma, Paulo Rocha, Ana Júlia, Puty e Edilson "Mário", né?
- É Edilson Moura, Dalila!
- Ah tá!
- Mas, olha, o Lula não é candidato a nada - Corrigi.
- O Lula não tá na eleição? Como não? Não é ele que cuida das regras do Brasil?
- É. Mais ou menos. É que quem está nessa eleição é a Dilma. Ela quer ser presidente do Brasil, no lugar do Lula.
- Ah....

Minutos de silêncio.

- Mas se a Dilma não ganhar, quem vai ser presidente é o Serra?
- Isso! Mas é difícil da Dilma perder.

Mais silêncio.

- Mãe, o Lula tá orgulhoso porque a Dilma quer ficar no lugar dele?
- Está, sim! Foi ele que escolheu a Dilma pra ficar no lugar dele.

Passam mais cinco minutos de reflexão.

- Mãe, mas como a Dilma vai ser presidente do Brasil? E o Lula?
- Dalila, já acabou o tempo do Lula presidente. Agora tem que ser outra pessoa.
- Mas como pode? O Lula não vai ser presidente do Brasil pra sempre?
- Não, Dalila! Ninguém pode ser presidente pra sempre e o tempo dele já acabou.
- Meu Deus! E como vai ser o Brasil sem o Lula?


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*Engravidei da Dalila em agosto de 2002, no meio da primeira campanha vitoriosa de Luís Inácio Lula da Silva. Ela já estava na minha vida quando comemoramos a chegada de Lula ao poder. Dalila estava na minha barriga, na linda festa na Avenida Paulista, após o resultado do segundo turno.
Desde que se entende por gente, a minha Super convive com eleições, vê material de campanha nas estantes de casa. Sua primeira eleição viva foi na campanha da Marta Suplicy (São Paulo) e Elói Pietá (Guarulhos), em 2004.
Dalila se acostumou com esse mundo. Não estranhe seu interesse pelo assunto.
E não é toda vez que ela escolhe o mesmo candidato que eu!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

10 razões pra não votar em Dilma

Recebi isso num e-mail e achei muito bom!

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10- Foi a Dilma que mostrou o fruto proibido a Eva;

9- Moisés rodou 40 anos no Deserto do Sinai, porque Dilma escondeu o mapa;

8- Deus ia fazer o mundo em 4 dias mas houve atraso na obra do PAC;

7- A Al-Qaeda era só um grupo de árabes nerds, fãs de RPG e aeromodelismo, até conhecerem a Dilma;
 
6- Dilma gostava de apertar campainha e sair correndo. “Ela fez isso duas vezes na minha casa”, revela ex-vizinha indignada;


5- Folha de São Paulo: “Descoberto plano de Dilma para secar o Aquífero Guarani”;

4- Erro de Dilma nos cálculos provocou inclinação da Torre de Pisa;

3- Dilma Roussef inventou a vuvuzela;


2- Folha de São Paulo: “Dilma lava as mãos, Cristo é crucificado”

E o #1 entre todos os #DilmaFactsByFolha:

1- Serra lamenta: "a Dilma me indicou o Shampoo.”
 



Moral da história: Quando a nossa predisposição é contrária, qualquer razão se torna uma forte razão, seja qual for o candidato de nossa preferência.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ana Júlia no Argumento. Assista aqui

Pareço suspeita para falar, então, veja você mesmo como Ana Júlia deu um show na entrevista à Mauro Bonna, no Argumento do dia 06/09.
Segura, firme, com informações precisas e, o melhor, não se deixou ser atropelada pelo ar beligerante de Bonna.







terça-feira, 7 de setembro de 2010

Namore um barrigudinho

Este é o nome do artigo da psicóloga e sexóloga Carla Moura.
Recebi por e-mail e resolvi postar aqui porque compartilho com a teoria dela.

Tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute! Na próxima vez que encontrá-lo, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga.

Se for musculosa, torneada, estilo `tanquinho´, fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.

Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta. Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo por quê.

Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os `tanquinhos´ farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores - e eu tenho dó das que caem. Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber? Cerveja! Ou coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo suco. Ou, pior ainda, um copo com gelo, pra beber a mistura patética de vodka com `clight´ que trouxe de casa.

E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação. E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar.

Você nunca irá ouvir um ah, amor, `Quarteirão´ é gostoso, mas você podia provar uma `McSalad´ com água de coco. Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará um relacionamento. Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.
 
Outra coisa fundamental: Homens barrigudinhos são confortáveis!


Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!

Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.

Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo.

Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar,a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar. É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz.
 
Dia Internacional da BARRIGA - Está chegando


O mundo inteiro sabe que quem gosta de homem bonito são os viados. Mulher quer homem inteligente, carinhoso e boa praça. Por isto está sendo lançado o dia 05 de Dezembro como o DIA INTERNACIONAL DOS BARRIGUDOS.

Chega de ter a consciência pesada após beber aquela cervejinha, ou aquele vinho, e comer aqueles petiscos.

Nosso Lema: "Mais vale um barrigudinho bom de cama, do que um gostosão fracassado".
Nosso ìdolo: "Homer Simpson".
Nosso Dia: 5 de Dezembro, o Dia Internacional dos Barrigudos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Como será a bala de prata na campanha

Luis Nassif, 05/09/2010

Qual a bala de prata, a reportagem que será apresentada no Jornal Nacional na quinta-feira que antecederá as eleições, visando virar o jogo eleitoral, sem tempo para a verdade ser restabelecida e divulgada?


Ontem, no Sarau, conversei muito com um dos nossos convivas. Para decifrar o enigma, ele seguiu o seguinte roteiro:

1. Há tempos a velha mídia aboliu qualquer escrúpulo, qualquer limite. Então tem que ser o episódio mais ignóbil possível, aquele campeão, capaz de envergonhar a velha mídia por décadas mas fazê-la acreditar ser possível virar o jogo. Esse episódio terá que abordar fatos apenas tangenciados até agora, mas que tenham potencial de afetar a opinião pública.

2. Nas pesquisas qualitativas junto ao eleitor médio, tem sobressaído a questão da militância de Dilma Rousseff na guerrilha. Aliás, por coincidência, conversei com a Bibi que me disse, algo escandalizada, que coleguinhas tinham falado que Dilma era "bandida" e "assassina". Aqui em BH, a Sofia, neta do meu primo Oscar, disse que em sua escola - em Curitiba - as coleguinhas repetem a mesma história.

As diversas pesquisas de Ibope e Datafolha devem ter chegado a essa conclusão, de que o grande tema de impacto poderá ser a militância de Dilma na guerrilha. A insistência da Folha com a ficha falsa de Dilma e, agora, com a ficha real, no Supremo Tribunal Militar, é demonstração clara desse seu objetivo. Assim como a insistência de Serra de atropelar qualquer lógica de marketing, para ficar martelando a suposta falta de limites da campanha de Dilma – em cima de um episódio que não convenceu sequer a Lúcia Hipólito.

Aliás, o ataque perpetrado por Serra contra Lúcia – através do seu blogueiro – é demonstração cabal da importância que ele está dando à versão da falta de limites, mesmo em cima de um episódio que qualquer avaliação comezinha indicaria como esgotado.

A quebra de sigilo é apenas uma peça do jogo, preparando a jogada final.
A partir daí, meu interlocutor passou a imaginar como seria montada a cena.

Provavelmente alguém seria apresentado como ex-companheiro de guerrilha, arrependido, que, em pleno Jornal Nacional, diria que Dilma participou da morte de fulano ou beltrano. Choraria na frente da câmera, como o José Serra chora. Aí a reportagem mostraria fotos da suposta vítima, entrevistaria seus pais e se criaria o impacto.

No dia seguinte, sem horário gratuito não haveria maneiras de explicar a armação em meios de comunicação de massa.

Será um desafio do jornalismo brasileiro saber quem serão os colunistas que endossarão essa ignomínia – se realmente vier a ocorrer -, quem serão aqueles que colocarão seu nome e reputação a serviço esse lixo.

Essa loucura - que, tenho certeza, ocorrerá - será a pá de cal nesse tipo de militância de Serra e de falta de limites da mídia. Marcará a ferro e fogo todos os personagens que se envolverem nessa história. Incendiará a blogosfera. Todos os jornalistas que participarem desse jogo serão estigmatizados para sempre.

Todas essas possibilidades são meras hipóteses que parte do pressuposto da falta de limites total da velha mídia.

Mas a hipótese fecha plenamente.

sábado, 4 de setembro de 2010

Manipulações

Fazendo leitura na web, achei um blog interessante. Análise de Conjuntura é nome.
Destaque para este post.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A falta que faz

É muito bom ter tudo num alto padrão.
O problema é que o nível de exigência sobe demais e as frustrações são quase inevitáveis.
Estou sentindo isso na pele.
Muita saudade de outra circunstância, de outro momento.
É muito mais que saudosismo. É sofrer por saber que outra realidade é possível.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sim, eu sou do Timão!

Não tenho problema algum em mudar de opinião, desde que devidamente convencida.
Sempre tive asco do Corinthians. Tinha prazer em vê-lo perder. Quase o mesmo prazer que tenho ao ver o Flamengo se ferrar (digo quase porque ser antiflamenguista é quase uma religião).

Mas eis que um dia o Conringão contratou Ronalducho, o melhor dos melhores. Aquele encanto de pessoa e master jogador. Ver a festa da torcida corinthiana na recepção de Ronaldinho foi algo que me emocionou.

Daí passei a assistir aos jogos com mais simpatia. Quando dei por mim, gritava a cada gol do Timão.
Quando comecei a frequentar festas e outras atividades do time com meu amado amigo Alencar, selou tudo!

Hoje tenho orgulho de ser uma das loucas a comemorar o centenário do Corinthians!

Parabéns, Corinthians!




Jogo contra o Cerro Porteño, pela Libertadores, no estádio do Pacaembu. (abril/2010)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sinceridade assusta

Da série diária " BOM DIA" do humorista Evandro Santos, mais conhecido como Christian Pior. Acho que ele escreveu isso pra mim:


@HugoGloss BOM DIA vc q é sincero e por isso tem fama de grosso! Isso pq vc ainda filtra algumas coisas, né?Se lessem seus pensamentos era linchamento.


https://twitter.com/HugoGloss

Cada um tem o que merece

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Fico muito triste quando alguém consegue tirar de mim o pior que eu posso ser.
Sentimento que dói ainda mais quando se trata de gente para quem eu já quis dar o meu melhor.
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Assassinato cruel

Belém é uma cidade pouco arborizada. Com exceção das mangueiras do Umarizal e Nazaré, não temos na capital ruas verdes.
Em alguns pontos há até uns aglomerados de árvore, que dão um charme na cidade, e nos garantem uma vida mais saudável.
Aí, deves estar te perguntando "Tá, e porque estás falando todas obviedades?"
Porque eu estou muito indignada com o assassinato que houve esta semana na travessa Curuça, no Telegráfo.
Seis grandes castanheiras foram podadas de forma atroz num dia, já deixando todos os que passavam chocados e, no dia seguinte, vejam nas fotos abaixo como elas amanheceram.
A vizinhança diz que o corte foi feito por homens da empresa Estacon, a mando do Formosa. No local onde aperece esse muro cinza, segundo os vizinhos, seria construído uma loja de pneus da rede de supermercados.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Homens covardes

Às vezes tenho a impressão de que alguns homens só crescem pra cima de algumas mulheres porque elas não têm pai ou marido.
Duvido que eles tivessem coragem de ofender e soltar os cachorros em cima de uma mulher que é protegida por outro homem.
Desde muito cedo aprendi a me defender. Não costumo engolir sapo. Mas não posso negar que minha dureza tem limite e que a garota frágil, escondida bem dentro de mim, às vezes, se assusta com surtos de agressividade, principalmente, quando eles vêm de pessoas a quem tento só fazer o bem.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O democrata cristão

"Ey-Ey-Eymael, o democrata-cristão!"
E Eymael começa a falar.

Dalila assiste com os olhos arregalados, em seguida, dispara:

- Mãe, esse homem é candidato do Casseta e Planeta, né? Olha essa música; olha essa cara dele de fantasma. E esse jeito que ele fala?! Ele deve ser do Partido das Organizações Tabajara...

E ela não acreditou em mim quando eu disse que ele era candidato de verdade.

Música do dia

Olha, que isso aqui tá muito bom.
Isso aqui tá bom demais.
Olha, que tem tá fora quer entrar,
Mas quem está dentro não sai.


*Dominguinhos / Nando Cordel

terça-feira, 24 de agosto de 2010

PSDB nacional não prioriza campanha no Pará

Manchete do jornal Folha de São Paulo desta terça-feira, 24:

PSDB VAI AGORA PRIORIZAR A ELEIÇÃO EM QUATRO ESTADOS

Sabem quais são eles?
Sào Paulo, Paraná, Goiás e Minas Gerais.

Sabem porque o Pará não consta na lista?
Imaginem...

Para ler a matéria, basta clicar aqui.

Mas destaco um trecho do texto "Apesar de remotas, há expectativa de vitórias no Pará e no Piauí".

sábado, 21 de agosto de 2010

Captou?

Eu já tenho candidato a Deputado Federal no Pará. É Cláudio Puty 1310.
Mas tenho muita simpatia por uma outra candidatura, minha segunda, eu diria.
E essa simpatia aumentou muito depois que começou o programa eleitoral. Leve, bonito, simpático, diferente. Como o candidato.
Jorge Panzera há de dar dor de cabeça pra muito candidato que se achava eleito. Há sim!




http://www.jorgepanzera.com.br/
.

A cena da semana

A gente já entendeu que em eleição quase tudo pode. Mas tem candidato levando isso muito ao pé da letra...
É o caso de nosso José Serra, aquele quer ser o "Zé depois do Lula da Silva".
Se eu fosse da assessoria dele, tinha dado um pedala. Não deixaria o pobre do homem pagar um mico desse. É muita vergonha!
E ainda tem um Robert que o acompanha achando que está abafando... Aff!






Atualizado às 19h07

Serra realmente perdeu a noção! Acabou de publicar no twitter, para os seus mais de 370 mil seguidores, o vídeo que o ridiculariza.



@joseserra_ Pois é @Val_Ce, em Manaus ainda deu tempo de pegar carona em uma aula de body jump, rs, rs: http://migre.me/16pFn

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mulheres que se abandonam

Acho muito triste ver uma mulher que não se dá o devido valor.
Há anos nosso gênero luta por respeito, dignidade e tantas outras conquitas...
Muito já conseguimos e por isso fico indignada quando vejo algumas mulheres desconsiderarem essa luta histórica e se colocarem na condição de lixo.

Um relacionamento rompido quase sempre deixa alguém ferido. O homem ou a mulher (algumas vezes os dois). O homem, quando é desiquilibrado e sai machucado, costuma agredir a mulher, fazer ameaças. Vira e mexe vemos uns casos horrorosos por aí.

Mas há também o caso do desequilíbrio feminino. Mulheres que não aceitam o fim de um relacionamento e passam a aterrorizar a vida do ex. Algumas mulheres que não se valorizam ainda se submetem ao ridídulo de perturbar a vida da nova parceira de seu ex. Sempre com aquelas palavras de baixo nível e ameaças. Isso já é muito feio quando a nova relação do ex parceiro vem logo após o fim da antiga. Agora imaginem quando a nova, vem mais de um ano depois...!!

O que mais me assusta nesses casos é perceber que a mulher não conseguiu recuperar a sua vida. Vive presa a um passado que não existe mais. Não se permite viver o que está além daquela relação que já acabou.

E o pior,  tenta envolver outras pessoas em sua loucura, em sua fantasia.

Para quem sofre desse mal, fica a dica. Na escola municipal, localizada na esquina da Lomas com a Pedro Miranda, existe um grupo chamado MADA, Mulheres que Amam Demais, que é voltado para dar atendimento a quem sofre desse tipo de perturbação. Moro pertinho e sempre vejo a placa.

Informo isso porque acho que se trata de caso de informação de utilidade pública. Afinal, a gente vê cada caso por aí, né? Eu sou solidária com o desequilíbrio alheio. A gente nunca sabe que tipo de dor o outro está sentindo...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

É o fenômeno Lula

Do colunista Ancelmo Góes:


@Ancelmocom Deu no DataFolha: 59% acreditam em Deus e 77% em Lula. Deus que se segure no cargo. Com todo o respeito.


https://twitter.com/Ancelmocom

Humor inteligente. Muito inteligente

A primeira vez que assisti a este vídeo (ainda no youtube) pensei "que mente brilhante fez isso?".
Dias depois descobri que foram três mentes brilhantes! E acreditem: nenhuma delas é da área de comunicação ou marketing. "Apenas" têm humor refinado e, acima de tudo, uma boa dose de inteligência. Por que você pode até discordar do viés político que o vídeo tem, mas acho pouco provável que discorde do "nível do trabalho"...


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

CGU repele ações de Cláudio Humberto

A Controladoria Geral da União informou em nota, em seu site, que "passa, a partir da agora, a deixar de atender quaisquer novas demandas da citada coluna".
A coluna em questão é a do jornalista Cláudio Humberto.
O motivo? O jornalista tem publicado notas sem dar direito de resposta ao órgão federal, mesmo este esclarecendo todos os fatos, conforme as demandas de Humberto.

Para entender melhor o caso, leia a nota da CGU na íntegra aqui.

Acelerando na web

A campanha da candidata à reeleição ao Governo do Pará, Ana Júlia Carepa, tem se dastacado na internet. Além de profissional, a campanha na web ganha mais adeptos a cada dia. E para engrossar o caldo, a coordenação vai promover o lançamento oficial do site da candidata na próxima sexta-feira, 13.

O site já está no ar em versão beta desde o dia 02/08 . Durante esse período, internautas puderam fazer sugestões, reclamções e debater ferramentas, navegabilidade e aplicativos.

Além da própria candidata Ana Júlia, a atração ficará por conta de Dilmaboy, o militante que se tornou um fenômeno após um clipe expontâneo, de apoio à Dilma Roussef, que publicou no youtube e se tornou um dos virais mais acessados destas eleições.




Abaixo, o vídeo onde a própria Ana Júlia convida os internautas para comparecerem ao lançamento do site.