terça-feira, 3 de novembro de 2009

O carimbó nunca morre, quem canta o carimbó sou eu!

O Carimbó não morreu, está de volta outra vez.
O Carimbó não morreu , está de volta outra vez.
O carimbó nunca morre, quem canta o carimbó sou eu.
O carimbó nunca morre, quem canta o carimbó sou eu.
Sou cobra venenosa, osso duro de roer.
Sou cobra venenosa, cuidado eu vou te morder.

*Mestre Verequete


Esta letra nunca foi tão atual.
A morte de Verequete traz para a pauta o peso do carimbó na cultura popular paraense.
Desde o ano passado, um coletivo de apaixonados e estudiosos do assunto trabalham, com o apoio da Secult, para que o ritmo seja reconhecido pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade.
Uma campanha que, apesar de toda a sua importância para a nossa cultura, ainda segue pobre e sem reverberação na socidade. Não por culpa dos voluntárias dedicados à ela. Mas por total ignorância do povo em relação ao peso que esse reconhecimento mundial tem ou por mero descaso mesmo.

Verequete parte e deixa conosco um legado. Ele, que era um dos ícones desta campanha, cumpre sua missão fazendo todos refletirem sobre o que significa a morte de mais um Mestre da nossa cultura popular.

Espero que agora todos os que lamentam publicamente a morte de Verequete, escrevem belos textos e estão dando pinta no velório no Teatro da Paz façam algo de verdade pela preservação da nossa cultura popular e pelo reconhecimento de nossos mestres.


Salve, grande Mestre!
O carimbó nunca morre, quem deve cantar o carimbó agora somos todos nós!

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Atualizado 04/11, 0h10


Recomendo a leitura de Chore Você também por Verequete, do excelente Bêbado Gonzó.

6 comentários:

Lafayette disse...

A primeira coisa que nosso pai me disse sobre essa mana é: ela dança carimbó.

Isto foi lá pras bandas de Sampa.

Que Verequete mostre, de uma vez por todas, aos anjos como se dança o carimbó.

Malcher, M disse...

Por que algumas coisas só acontecem depois da morte?
Se, enquanto vivia, o Mestre não tinha o real reconhecimento de seu valor cutural (existia, mas ainda tímido), agora morto ele tem um velório digno de grandes estrelas: no Teatro da Paz!
Você merece, Mestre Verequete!
Descanse em paz e viva sempre em nossa memória.

. disse...

Danço, Lafa!
E danço com orgulho!
Diria que é a melhor coisa que sei fazer na vida, sem falsa modéstia, rsrsrsrs...


E Michele, nós bem sabemos a luta que é manter viva nossa cultura, né, minha amiga?!
Continuemos firmes e fortes! Hoje, você bem mais do que eu.

Anônimo disse...

A preservação de uma cultura ocorre quando não só o Estado a reconhece mas sobretudo quando a sociedade a pratica. Infelizmente a maioria dos paraenses tem vergonha do carimbó. Excetuando Marapanim, Marudá, Soure e Cruçá é "dancinha" para mostrar para turista e olhe lá.

M.Vini disse...

o céu andava meio sem graça, os anjos preocupados e aflitos. Como fazer para que o céu volte a ser um lugar feliz??
Foi ai que Deu falou: Chama verequete!!

Saudade Mestre!

M.Vini disse...

o céu andava meio sem graça, os anjos preocupados e aflitos. Como fazer para que o céu volte a ser um lugar feliz??
Foi ai que Deu falou: Chama verequete!!

Saudade Mestre!