Já morei fora do meu Estado, o Pará, por quase 5 anos. Há quase 2 meses volto a passar por essa experiência.
Mas mesmo antes disso, nunca concordei com qualquer tipo de comportamento xenófobo. Morar fora, só fez ratificar a minha posição acerca do tema.
Por tudo isso, fico muito indignada com a atitude irresponsável que está havendo nesse plebiscito. E por parte das duas campanhas.
É bem verdadade que os separatistas são em sua maioria não nascidos no Pará. E as lideranças pró Carajás e Tapajós querem criar a qualquer custo seus feudos, sobretudo as do Sul e Sudeste do Estado, onde existem grandes latifundios (que pleonasmo!). Mas daí, motivar a raiva dos paraenses por quem não nasceu aqui para que votem contra a divisão, é demais!
Quem merece a nossa repulsa são os latifundiários e grileiros que proliferam e perpetuam a pobreza e violência no Estado. Eles são os maiores interessados na criação do Carajás. Os trabalhadores maranhenses, capixabas, paraibanos, manauaras etc, não! Assim como nós, essa gente só quer ter trabalho e vida digna.
Do lado do SIM, há o grande mestre do ilusionismo, o grande papa do convencimento, Duda Mendonça.
Bom que só ele, garante que veio fazer a campanha pró-divisão por amor à causa. Mas que causa? Que amor é esse do Duda? O amor pelas suas fazendas no sudeste paraense? Pelas potenciais futuras contas governamentais?
O fato é que fez uma campanha agressiva. Com o instinto de quem vai para a rinha de galo fazer apostas.
Não estou no Pará. Acompanho as campanhas contra e pró divisão pela internet (twitter, facebook, blogs, youtube) e daqui só sinto cheiro de discórdia. Sei que campanhas são assim. Acusações, ofensas, um querendo ser melhor que o outro. Mas dessa vez, tudo parece bem pior. São acusações pessoais. São ofensas contra o povo. Incita-se a raiva entre as pessoas. Não há disputa entre projetos.
E antes que alguém me venha com o argumento igual ao de meu colega Marcel Campos no twitter "foi o Orly Bezerra que começou", adianto que apesar de, na minha opinião, a postura dele ter sido equivocada, Orly vai ficar no Pará, aguentando o ônus dessa briga. Já seu Duda estará lá na sua linda Bahia, embalando-se numa bela rede e comendo acarajé, quiça com o dinheiro dos galos da última rinha rica onde ele apostou.
Esse day after vai ser muito longo...
7 comentários:
Por estas e outras razões, que este Plebiscito será muito mais importante após o dia 11 de Dezembro de 2011!!
É QUANDO SERÃO TIRADAS AS MÁSCARAS DE AMBOS OS LADOS E O PARÁ, QUEM SABE PODE ENFRENTAR SEUS GRAVES E INTERMINÁVEIS PROLEMAS DE FRENTE OU ENTÃO JOGAR TUDO PARA DEBAIXO DO TAPETE!!
Manauaras, vc disse manauaras? Estes se livraram de BELEM hà cerca de 150 anos; NO AMAZONAS A MÁGUA CONTINUA ATÉ HOJE, lá paraense é motivo de chacota...o Grão Pará, virou Não Para, parazinho.
Boa!
Afinal de contas, de que lado voce está?
Oi, Sou Marcel Nogueira, fui seu aluno no curso de Comunicação e tenho o seu link no meu Blog (Blog do Marcel - Marcelnogueira.blogspot.com). Vez por outra dou uma espiadinha no "Falo porque tenho boca". Às vezes concordo, outras vezes nem tanto, mas é assim mesmo.
Quanto ao tema que monopoliza as atenções, gostaria de dizer que fora a questão cultural e o chamado sentmento de perda que os paraenses da gema estão tendo, nada mais serve de argumento, principalmente quando se sabe que o Pará está tecnicamente quebrado e isso vem de longe,bem antes do governo da Ana Júlia (de triste memória). Os governos não fazem nada nas regiões do Carajás e Tapajós (e nem na região metropolitana)é porque não podem, porque não há dinheiro.
Não quero aqui nem falar que os três estados iriam arrecadar quase o triplo do que o Pará arrecada hoje com o FPE, porque seria chover no molhado, os paraenses mais informados sabem disso porque está tão na cara que só não vê quem não quer.
Essa coisa de "colosso do norte" e "Quero o meu Pará grande e forte" é conversa, até porque grande em território ele sempre foi, mas forte, aí já é outra conversa, afinal a decadência chegou no Pará e parou e isso já vem há uma par de tempos.
A propósito, não se soube de ninguém do Goiás, que o chamou de "goiazinho", quando ele se separou do Tocantins. Talvez, por isso, por uma percepção mais avançada,o Goiás que era o 17º estado da Federação, hoje é o nono e o Tocantins, aquela terra tida c o mo miserável, está bem melhor que o Pará atual.
Tamanho territorial não significa absolutamente nada e basta ver o exemplo do Rio de Janeiro. Dezenas de veze menor do que o Pará e é o segundo estado da Federação.
Espero que o Comentário seja moderado, o que não aconteceu no Blog do Barata, que só dá espaço a quem fala a favor do Não e contra os política da sua conveniência.
Marcel Nogueira
Jornalista
Oi, Marcel!
Tudo bem?
Volte quando quiser. Inclusive para discordar de mim, viu!
Mande abraço saudoso a todos de Parauapebas.
Eu acredito na divisão.
Levar em conta a questão dos políticos que estão por traz do sim, foi a única maneira que os políticos do não( que não são nem um pouco confiáveis) tiveram para esconder a falta de investimento, que há 400 anos, não é feito nessas regiões que querem se separar.
Eu só a favor que as pessoas morram do seu próprio veneno, não é justo que a região leste do Pará eleja a maioria dos candidatos que investem somente nas suas bases em quanto o lado sul e oeste ficam à míngua esperando uma sobra de investimento.
So falta dizer que os nossos políticos são melhores que os deles. Porém, vale lembrar o que os nossos andaram fazendo para termos a consciência que o que tem de ser levado em conta é a necessidade do povo e não a falsa briga política entre o bem e o mal, até porque pra mim todos são do mal, alguém duvida disso?
Jader Barbalho - responde mais de 10 processos e desvio de verba da SUDAN
Flexa Ribeiro – preso por máfia de empreiteira
Almir Gabriel – a favor da lei Kandir e de sobra mandou matar um monte de sem terra.
Mario Couto - é alvo de inquérito que apura crimes eleitorais, está envolvido na corrupção da Câmara de Deputados do Pará e fez lobby no congresso junto com zenaldo Coutinho e flexa ribeiro para que a copa do mundo não viesse para Belém
Wladimir Costa- responde a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), dois dos quais por crime de imprensa, que envolvem calúnia, injúria e difamação. A outra investigação apura uma denúncia do ex-secretário parlamentar Fábio Lopes Maria.
Celso Sabino – é alvo de ação de execução fiscal movido pela prefeitura.
Andre Dias -TRE-PA - Processo nº 1890/ 2006 - Teve rejeitada a prestação de contas referente às eleições de 2006
Deputado Macarrão: TRE-PA - Processo nº 319985 - É alvo de representação movida pelo Ministério Público Eleitoral por captação ilícita de sufrágio.
TJ-PA Comarca de Tailândia - Processo nº 2007.1.000534-6 - É alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do Estado do Pará.
TJ-PA Comarca de Tailândia - Processo nº 2011.1.000448-3 - É alvo de ação de execução fiscal movida pela Fazenda estadual.
TRF1 Seção Judiciária do Pará - Processo nº 22267-86.2010.4.01.3900 - Réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por estelionato majorado.
Luiz Rebelo -TCU -Acórdão nº 41/2008 - Responsabilizado por irregularidades em convênio com o Fundo Nacional do Meio Ambiente.
É réu em três ações penais:
TJ-PA Comarca de Breves - Processo nº 2009.2.000450-0
TRF-1 Seção Judiciária do Pará - Processo nº 2009.39.00.006413-4 (Ação movida pelo Ministério Público Federal por crimes de responsabilidade)
TRF-1 Seção Judiciária do Pará - Processo nº 8971-60.2011.4.01.3900 (Ação movida pelo MPF por falsidade ideológica)
É alvo de ações civis públicas movidas pelo Ministério Público do Estado do Pará:
TJ-PA Comarca de Breves - Processo nº 2008.1.000256-5
TJ-PA Comarca de Breves - Processo nº 2009.1.001082-2
Responde a quatro ações de execução fiscal, sendo três movidas pelo município de Belém e uma pelo Estado do Pará:
TJ-PA Comarca de Belém - Processo nº 0015173-96.2008.814.0301
TJ-PA Comarca de Belém - Processo nº 0038517-88.2009.814.0301
TJ-PA Comarca de Belém - Processo nº 0038769-89.2009.814.0301
TJ-PA Comarca de Belém - Processo nº 0021089-93.2003.814.0301
Responde a oito ações de improbidade administrativa, sendo quatro movidas pelo município de Breves, duas pelo MPE, uma pelo MPF e uma pela União:
TJ-PA Comarca de Breves - Processo nº 2008.1.002517-9
TJ-PA Comarca de Breves - Processo nº 2009.1.000640-9
TJ-PA Comarca de Breves - Processo nº 2009.1.001334-7
TJ-PA Comarca de Breves - Processo nº 2009.1.001419-7
TJ-PA Comarca de Breves - Processo nº 2009.1.001420-4
TRF-1 Seção Judiciária do Pará - Processo nº 25812-67.2010.4.01.3900
TRF-1 Seção Judiciária do Pará - Processo nº 30867-96.2010.4.01.3900
TRF-1 Seção Judiciária do Pará - Processo nº 2008.39.00.011817-7
Do lado do não só tem anjinhooooo.
um beijo mulher!
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