sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PT e PSOL em Belém: a briga ainda está só começando

A liderança de Edmilson Rodrigues, do PSOL, nas eleições municipais em Belém não para de incomodar o Partido dos Trabalhadores. Enraivece ainda mais o PT o fato de o candidato escolhido nas prévias, Alfredo Costa, não conseguir passar de 1% das intenções de voto na capital.

O grande problema é que os petistas mais exaltados esqueceram que a história política de Edmilson está diretamente ligada a história do PT. O hoje psolista tem toda essa aceitação popular graças às duas gestões municipais que teve na cidade quando era do Partido dos Trabalhadores. Tudo de bom que o povo sente saudade, todos os avanços sociais estavam no plano de governo petista de Edmilson Rodrigues. Eram bandeiras históricas do partido. E quando os atuais rivais vermelhos de Ed o defenestram, acusam-no de corrupção e apontam todos os erros de sua administração passada na tentativa de impedir sua subida nessas eleições, parecem ter esquecido que estão apontando os erros de si mesmos.

O contrário também é verdadeiro. Ainda que Edmilson tenha saído do PT por discordar dos rumos da legenda, em 2005, ele só conseguiu a projeção que tem hoje porque foi prefeito pelo partido de Lula e teve apoio de Ana Júlia Carepa e de tantos outros que hoje ele execra.

De longe, acompanho essa guerra de acusações. Quero ver até quando eles jogarão tanta caca no ventilador.

Enquanto isso, os amarelos, azuis e todas as outras cores que se opõem ao vermelho, comemoram as briguinhas, mesquinharias e lembranças tortuosas daquela administração que começou cheia de esperança em 1997.

E ainda faltam 43 dias...

2 comentários:

hupomnemata disse...

Oi queridíssima Leiska,
Concordo com vc, mas acho que vale acrescentar uma nota nessa história: nem todo o PT está incomodado com a grandeza eleitoral do Edmilson. E não me refiro apenas à militância, mas tb aos níveis intermediários e dirigentes do partido. Não quero discutir se isso é bom, ruim ou mais ou menos, mas penso que é um fato de grande significação política. Não interpretá-lo é proesseguir no jogo de silêncio e de automistificação que já vimos acontecer em outros momentos do PT. E, se o digo, é só porque a autocrítica é vitral para um partido de esquerda. Evitar fazê-la sempre gera problemas futuros.

. disse...

Grande contribuição, professor!
E tu, que estás vivendo o clima em Belém, podes avaliar muito melhor que eu, que apenas acompanho pelas redes sociais.
Fico feliz com essa notícia que trazes.

Beijo grande!