- Precisamos conversar sobre o desempenho dela na escola. O rendimento caiu e ela precisa de ajuda.
- O que houve?
- Tenho percebido a professora displicente. Todas as vezes que chego na sala em horário de aula, estão sempre na bagunça. Outro dia cheguei em dia de prova e um aluno olhava o dever do outro sem qual discrição. Desse jeito, nunca vou saber se ela vai bem ou não na escola. Além do fato de estar sempre sem preparo para as tarefas de casa.
- Hum. Prefiro eu mesmo tirar as minhas conclusões.
- Ok, mas quando isso vai acontecer?
- Preciso de um tempo.
- Por dois dias seguidos ela fez prova pela metade e a professora disse que ela podia terminar outro dia. Acho a professora muito mole. Sabes como é. Barganha tudo. Precisamos pegar mais duro com ela.
- Hum. Vou avaliar, não me influencie.
- Não se trata de influenciar. Nós somos aliados na educação dela. Pra professora ela é só mais uma. Temos que nos unir.
- Sei.
- Vamos colocar num reforço? Não posso mais chegar atrasada no trabalho porque tenho que ficar dando aula em casa sobre aquilo que ela não aprendeu na escola porque está sempre conversando porque a professora permite.
- Prefiro conversar com ela antes.
- Mas eu já conversei várias vezes. Ela já ficou até de castigo várias vezes por isso. Você também já conversou, não é mesmo?
- Eu acho que o problema é falta de motivação.
- Tá, e qual é a solução que sugeres?
- Que deixe ela um mês sem ir pra aula.
- Como?
-É. Um mês faltando aula! Ficando em casa sem nada pra fazer. Assim ela se toca e se sente motivada.
- Isso é uma piada, né? De onde tiras essas idéias de gerico.
- Bom, essa é a idéia que eu tenho, mas tu não quer aceitar.
- Tu não fazes um dever de casa com a menina, não vai numa reunião há quase um ano e ainda se ofende quando dá uma sugestão sem noção.
- Olha, eu vou desligar. Não tenho porquê ficar ouvindo essa alugação. Tenho mais o que fazer. Já entendi o recado.
- Ei, esse assunto é sério.
- Eu vou desligar!
DOIS DIAS DEPOIS
- Oi. Você pode vir ter aquela conversar hoje?
- Não. Vou esperar mais um tempo.
- Esperar o quê?
Silêncio
HORAS DEPOIS
- Você, por favor, pode vir aqui ajudá-la a fazer o dever de casa? É que está na hora de você também assumir isso. Minha paciência está indo pro espaço.
- Ah, agora não dá. Tô trabalhando.
- Eu também. Então você pode amanhã?
- Ah, também, não. Deixa eu falar com ela.
- É que eu não sei fazer.
---
-Tá, pai. Tá bom. Beijo.
- O que ele te disse?
- Que é pra eu levar o dever pra sala e dizer pra tia que eu não sei fazer.
- Como é?
- Você sabe fazer. Nós duas sabemos que você sabe fazer esse dever. Isso é preguiça!
- Mas meu pai disse que eu não preciso fazer.
- Hum... ele te disse isso?
12 comentários:
?????????
A máquina de lavar roupa suja ora de casa fvoltou a funcionar. Costuras prá fora também?
Meu filho, não costumo perder tempo com gente que não se assume, mas só pra lembrar, já leste o topo do blog?
Obrigada!
Quem fala o que quer ouve o que não quer. E não precisa agradecer.
Se acha que me incomodou com seu comentário sinto informá-lo que não consegiu. Até o publiquei.
Não ligo para anônimos. Tudo que eu penso e falo assumo.
beijos pra você.
Ah, e pelo jeito você gostou da minha crônica, né?
Ficaste até aí pra ver o que eu ia responder.
Pode ajudar a rodar o meu contador, bonito! Ou bonita, né? porque acho que isso é coisa de mulher. Não crise! Gosto dazamiga também.
Anônimo (a), seu último comentário foi moderado pelo absurdo q vc disse. Não podia aceitá-lo.
Se vc me conhecesse saberia q não há verdade no que diz.
No mais, é a última vez que perco meu tempo com você. Se quer fazer algo de bom para o mundo, vá ler, rezar ou fazer alguma caridade.
Fique bem e em paz.
Um abraço.
ai mana, vida de mãe é foda mesmo, ainda mas quando a gente precisa do pai pra decidir coisas importantes... passo pela mesma situação... sorte pra nós mana!
ops, o último comentário foi meu, Helena Saria, rsrsrs, erro de login...
ops, o último comentário foi meu, Helena Saria, rsrsrs, erro de login...
Leiska,
Meu pai nunca se interessou pela minha educação. Sempre achou um absurdo a D.Célia me tirar do 12 de Outubro e me colocar no Santa Catarina. Mas mamãe sempre acreditou que, por eu ser filha única, seria quase q uma injustiça não me dar "o q ela não teve" [colégio particular, natação, inglês...]. Mamãe exigiu, ao menos, q ele comprasse os livros, q vinham quase 2 meses dps do início das aulas...
Apertou daqui, tirou dali e eis q a 'única filha q deveria ir para colégio público'[o que não é desonra pra ngm, q fique claro] passou de primeira, aos 17 anos, na Univer.Federal do Pará, como vc.
Hoje a única filha tem especialização e mestrado, caminha para o doutorado e HOJE, ele reconhece a luta e a dedicação da D.Célia p formar a única filha, sem ajuda de nenhum homem. Muito menos, do "pai".
Tb não quero nada disso para meu futuro filho. Nenhuma mãe quer. Mas, "largaria de mão" caso ficasse crônico. Eu, Vc, sua filha e tantos outros filhos de pais separados, ninguém merece tal desamparo.
Faça por ela o que sua mãe fez por você. Assim como vc percebeu q o "Rei" não era tão nobre assim, certamente, uma hora a filhota tb perceberá. E neste dia, vcs estarão quites.
Um bjão,
Paula.
[Desclpe o tamanhão do texto, rs.]
É, Joana, mas eu seria muito injusta se comparasse o pai da Dalila ao meu. Seria mesmo. Seria injusta também se dissesse que ele não se preocupa com a educação dela. Preocupa-se, sim.
Ele só tem um jeito muito diferente de ver a vida. Um jeito meio hipe eu diria.
Um jeito que me agride e que me revolta. Revolta não só a mim mas a muitas pessoas que acompanham nosso dia a dia.
E um jeito que faço o possível para que a Dalila não pereceba ser um jeito malvado.
Até pq sei que ele não faz nada querendo o mal dela. Ele o ama demais para isso.
Eu sinto vergonha de ler este diálogo "revoltativo". VERGONHA! Não por ti, nem pela Super, mas por estes valores dúbios que ela terá que enfrentar. Beijos meu amor.
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