quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Poesia com o corpo

Sempre gostei de dançar.
Lembro que quando eu era criança, vivia me requebrando pela casa e minha mãe sempre dizia que eu era dura demais para ser dançarina. Meu sonho era ser Miss Caipira na escola.
Na pré-adolescência, eu ficava ensaiando coreografias na frente do espelho. Axé, carimbó, reggae, brega, tudo que tocasse no rádio eu tentava um passinho. Aos 13, consegui ser a miss da sala.
Na ocasião fui convidada para integrar o Grupo de Expressões Parafolclóricas Sabor Marajoara, que naquela época (1993) compunha o grupo de dançarinos do Pinduca, que estava no auge (ressalto que detesto o Pinduca).
Minha mãe barrou. Disse que eu era muito criança para me meter naquilo. E era mesmo. Mas eu pentelhava tanto dançando no meio da casa que ela cedeu. Três meses depois comecei os ensaios.
Passei 9 anos no Sabor Marajoara. Participei de incontáveis apresentações pelo Pará e em festivais nacionais. Em 1996, fui eleita a melhor dançarina do Festival de Folclórico de Olímpia - FEFOL, o maior do Brasil, reunindo quase 100 grupos de todo o país. Outro dia foi nostálgico reler um jornal de Olímpía (SP) onde tinha uma matéria de uma página sobre esse título. Entre várias coisas dizia "A bela, de apenas 16 anos, no futuro sonha em ser jornalista". Nossa! Parece que foi ontem e, de repente, já estou nessa profissão há 11 anos! Aff!

Não danço mais nos teatros, nos palcos, nos festivais. Mas, até hoje, tenho a dança como um dos grandes compromissos da minha vida. Compromisso comigo mesma.

A dança, e só ela, é capaz de me libertar de tudo. Dançar até o pé doer, até não ter mais fôlego, dançar dando risada, sem se importar com nada. Dançar com um único compromisso, o da libertação.
Ah... isso é bom demais...
No dia 30 de janeiro fiz isso como há tempos não fazia.
E o resultado? Uma grande virada de libertação da alma e um ímã para boas e deliciosas energias.

11 comentários:

Anônimo disse...

Bailarina ,venha para as rodas da
danças circulares!!!
A dança é a expressão d'alma!!!
Seria muito bom ter vc por lá,saricotando e rodando a saia!

. disse...

E onde é a roda das danças circulares?

Anônimo disse...

Puxa...deu até vontade de encarar um curso de dança, lindo....

. disse...

Não precisa de curso.
O lnce é liberar o corpo e permitir que a alma vá junto.

Prof. Alan disse...

Gostei muito deste post, Waleiska. Gosto de muito de dançar, sempre que tenho oportunidade sacudo os ossos. As pessoas sempre se surpreendem quando se deparam com alguém do meu tamanho dançando. Quando o espírito se liberta, através da dança, ele leva o corpo junto. É a resposta que costumo dar nesses casos...

Luciane disse...

te conheci dançando carimbolé srsrsrsr dançar é tudo de bom! bjs! Lu.

. disse...

É isso aí, Alan!
Pra dançar precisa ter tamanho ideal, nem saber passos corretamente. É só se jogar!

E Lu, lembro muito bem. E tu eras bailarina!

Anônimo disse...

Legal..DANÇAR PRA NÃO DANÇAR!!
DEPOIS DO CARNAVAL ESPERAMOS vcs
NAS RODAS DE DANÇA DO IAP

TERÇA NOITE
SÁBADO MANHÃ TARDE.
OK?

Anônimo disse...

Adoro suas reflexões do "viver".
Falas do tempo ,sem mágoas, centrada
em seus valores (e que valores)
revê o seu pasado como quem soube e sabe ser feliz .
Bom saber que vc esta sempre aí..com
este sorriso 'maligno" de tão feliz.
Abração,boca blogueira.

Anônimo disse...

lá vou eu ..pegar o avião....de novo
passei po aqui,bacana os posts sobre
dança/bailarina...lowprofile!

Belenâmbulo disse...

Fazia algum tempo que eu queria te perguntar se a "Waleisca Fernandes" (assim, com C mesmo) que aparece nas letrinhas no final do "Chama Verequete" era você.
Como essa questão já foi esclarecida, então venho com outra: em que parte(s) do documentário você aparece?

Abraço