No meio do ano passado, tia Clarice não aguentava mais as dores de estômago e garganta e não conseguia mais se alimentar. Foi ficando tão magra, que comovia a todos.
Minha mãe mobilizou os parentes que poderiam ajudar e juntos conseguimos pagar os exames que um médico do posto de saúde receitou. Dessa forma, agilizaríamos o diagnóstico e poderia ser iniciado o tratamento.
Em agosto, veio a confirmação: câncer do esôfago. Agosto.
Tia Clarice mora em Belém.
Em dezembro passado, uma amiga também descobriu o câncer. O da Ana é na mama. Ana mora em Curitiba
Em janeiro, Ana fez a retirada do seio direito e, em 8 de março, iniciou a quimioterapia. Tudo pelo SUS.
Se tudo der certo, em breve, ela estará bem como todos ansiamos.
Tia Clarice, lá em Belém, aguarda há sete meses uma consulta com o oncologista para dar início ao tratamento. Ainda aguarda uma chance de sobreviver enquanto a doença avança, enquanto fica cada vez mais debilitada.
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