A nota foi subscrita por uma série de entidades, entre as quais, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF)
Nota de repúdio à violência policial que feriu 15 jornalistas e comunicadores neste domingo
Sob a justificativa da garantia da ordem durante a final da Copa do Mundo,
neste domingo (13/7), no Maracanã, o Estado brasileiro e o governo
estadual do Rio de Janeiro ignoraram direitos individuais e coletivos de
brasileiros e visitantes, assim como cassaram a liberdade de expressão e
a de imprensa. O aparato militar armado utilizado para reprimir as
manifestações que ocorreram ao longo do dia na Tijuca resultou em
prisões arbitrárias, ferimentos e no cerceamento do ir e vir de
manifestantes e também de pelo menos 15 jornalistas e comunicadores
populares. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio
de Janeiro repudia com veemência essa violenta política de repressão
aos movimentos sociais e aos jornalistas e pede a atenção dos organismos
internacionais de Direitos Humanos para que pressionem o governo
brasileiro no sentido de restabelecer as condições dignas de um Estado
democrático de direito.
Neste tarde, além dos casos de agressões, houve também o cerceamento ao trabalho dos jornalistas e comunicadores em meio à repressão aos atos de protesto realizados na Tijuca. Os profissionais de imprensa foram impedidos de deixar a Praça Saens Peña durante duas horas, junto de cerca de 200 manifestantes. Esse grupo teve de enfrentar, sem possibilidade de refúgio, agressões físicas e o efeito das bombas de gás lacrimogêneo.
Com os novos casos de violência policial contra jornalistas e comunicadores registrados neste domingo, o relatório do Sindicato dos Jornalistas eleva essa triste estatística para 92 profissionais e comunicadores que foram vítimas de agressões e cerceamento desde maio do ano passado. O Sindicato vai encaminhar uma nova versão atualizada desse relatório às autoridades da Justiça e da Segurança Pública nos níveis estadual e municipal, assim como às autoridades e ONGs de direitos humanos nacionais e internacionais.
Abaixo, segue a lista dos jornalistas que foram identificados como
agredidos na cobertura dos atos deste 13/7 de protesto contra o desvio
de verbas públicas para a Copa e para pedir a liberdade aos presos
políticos do Rio de Janeiro. Entre os presos, está a radialista Joseane
de Freitas, da Empresa Brasil de Comunicação, presa neste sábado (12/7)
em casa, sem qualquer motivo esclarecido, e acusada de formação de
quadrilha com mais 16 adultos e dois adolescentes. O Sindicato, por meio
de seu advogado Lucas Sada, deu entrada em um pedido de habeas corpus
em favor da radialista, mas este foi negado no plantão judiciário deste
domingo. O Sindicato também teve negado nesta semana um Mandado de
Segurança para garantir o livre ir e vir de jornalistas no entorno do
Maracanã, onde a PM realizou barreiras nos dias dos jogos da Copa.
Tais práticas de Estado caracterizam grave ofensa a nossa categoria e
prejudicam a sociedade como um todo. Sem o respeito ao direito à
informação, não há garantia de liberdade ou de democracia.
SINDICATO DOS JORNALISTAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Jornalistas e comunicadores agredidos:
Samuel Tosta – diretor do Sindjor-Rio – freelancer - ferido nas costas por estilhaços de bomba
Gizele Martins – diretora do Sindjor-Rio – editora do jornal Cidadão – crise de asma por inalação de gás lacrimogêneo
Mauro Pimentel – repórter fotográfico do Terra – chutado e golpeado no rosto e nas pernas com cassetete, teve a lente da câmera quebrada e a máscara de gás quebradas
Ana Carolina Fernandes – repórter fotográfica da Agência Reuters – teve a máscara de gás arrancada por um PM que a atacou com spray de gás de pimenta
Boris Mercado – repórter fotográfico peruano – chegou a ser detido e agredido
Jason O’Hara – repórter cinematográfico canadense – internado no Hospital Municipal Souza Aguiar em decorrência dos ferimentos
Oswaldo Ribeiro Filho - jornalista da agência inglesa Demotix - teve uma bomba de gás jogada em seu rosto
Filipe Peçanha – comunicador da Mídia Ninja – vítima de espancamento por oito PMs e a lente da câmera quebrada.
Leo Correa – repórter fotográfico freelancer – vítima de agressões físicas por PMs.
Tiago Ramos – jornalista do SBT Rio – ferido por estilhaços de bomba em um dos braços.
Luigi Spera – Jornalista italiano – vítima de agressões físicas por PMs.
Aloyana Lemos – documentarista – detida com violência por PMs e levada para a 21ª DP (Bonsucesso)
Bernardo Guerreiro – comunicador da Mídia Ninja - teve sua lente quebrada e foi agredido com spray de pimenta no olho a curta distância
Augusto Lima – jornalista do Coletivo Carranca – teve o celular quebrado quando foi agredido a golpes de cassetete.
Loldano da Silva – repórter fotográfico – agredido com dois golpes de cassetete no braço esquerdo, levado para o Souza Aguiar.
Gizele Martins – diretora do Sindjor-Rio – editora do jornal Cidadão – crise de asma por inalação de gás lacrimogêneo
Mauro Pimentel – repórter fotográfico do Terra – chutado e golpeado no rosto e nas pernas com cassetete, teve a lente da câmera quebrada e a máscara de gás quebradas
Ana Carolina Fernandes – repórter fotográfica da Agência Reuters – teve a máscara de gás arrancada por um PM que a atacou com spray de gás de pimenta
Boris Mercado – repórter fotográfico peruano – chegou a ser detido e agredido
Jason O’Hara – repórter cinematográfico canadense – internado no Hospital Municipal Souza Aguiar em decorrência dos ferimentos
Oswaldo Ribeiro Filho - jornalista da agência inglesa Demotix - teve uma bomba de gás jogada em seu rosto
Filipe Peçanha – comunicador da Mídia Ninja – vítima de espancamento por oito PMs e a lente da câmera quebrada.
Leo Correa – repórter fotográfico freelancer – vítima de agressões físicas por PMs.
Tiago Ramos – jornalista do SBT Rio – ferido por estilhaços de bomba em um dos braços.
Luigi Spera – Jornalista italiano – vítima de agressões físicas por PMs.
Aloyana Lemos – documentarista – detida com violência por PMs e levada para a 21ª DP (Bonsucesso)
Bernardo Guerreiro – comunicador da Mídia Ninja - teve sua lente quebrada e foi agredido com spray de pimenta no olho a curta distância
Augusto Lima – jornalista do Coletivo Carranca – teve o celular quebrado quando foi agredido a golpes de cassetete.
Loldano da Silva – repórter fotográfico – agredido com dois golpes de cassetete no braço esquerdo, levado para o Souza Aguiar.
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