O que seria do mundo se parte de nossas ações não fosse pensando no outro?
Se todos nos comportássemos sempre com foco somente em nós mesmos?
Certamente, o caos.
Impossível que fosse diferente.
No trânsito, ninguém seria gentil. Cada um procurando garantir seu espaço em detrimento da segurança alheia.
Nas relações de trabalho, nada de construção em grupo ou troca de conhecimentos. Cada um tentando crescer sozinho para mostrar ao outro que pode ser ser melhor.
No sexo, ninguém preocupado em satisfazer o parceiro. Pouco importa se ele gosta desse ou daquele carinho. O que importa é o que me satisfaz.
Em casa, nada de ceder ao bom convívio familiar. Cada um tentando sobrepor suas necessidades e preferências sobre o ente "amado".
O resultado desse modo de viver é que todos seríamos angustiados, rabugentos, neuróticos.
Estaríamos sempre desconfiados da intenção do outro e teríamos muita dificuldade de nos relacionarmos, ainda que da forma mais superficial que fosse.
Nossa brilhante capacidade humana de ser social ia se perder no instinto de sobrevivência.
Agora, paremos para fazer o exercício contrário.
Se todos nos comportássemos sempre pensando nos outros.
E se todas as nossas ações fossem baseadas no impacto que elas poderiam ter na vida do próximo?
No trânsito, ninguém atravessaria na frente do motorista do lado, nem fecharia cruzamento.
No trabalho, todos seriam cooperativos uns com os outros e ninguém tentaria puxar o tapete do colega, criando um ambiente de confiança coletiva.
No sexo, a busca em satisfazer o parceiro resultaria sempre em casais satisfeitos, saciados e felizes.
Em casa, o respeito e tolerância mútuos proporcionariam um ambiente de carinho, harmonia e paz.
O resultado desse modo de viver é que seríamos todos mais saudáveis. Sentiríamo-nos mais livres para agir com amor, mais autoconfiantes para nos relacionarmos uns com os outros e seríamos mais felizes por ver o nosso trabalho, família e a vida, de uma forma geral, fluindo sem desconfianças, medos e sentimentos menores, como orgulho, melindres e sedes de vingança.
Seríamos plenamente seres sociais.
E se tentarmos a partir de agora?
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