Nunca tive problemas para me doar ao mundo.
Essa doação ao outro sempre me alimentou.
O mundo precisa de mim, como eu preciso dele.
Só que, às vezes, a doação ao mundo dos outros é tão constante, que eu esqueço do meu.
Ele fica abandonado e cheio de crises internas a serem resolvidas.
Essa mudança de foco soa até um pouco egoísta.
"Como assim, você vai cuidar do seu quintal? E o do vizinhos,quem vai ajudá-los?"
Então, antes que eu me cobre demais por isso, lembrarei das instruções dos comissários de bordo: "Em caso de despressurização da aeronave, máscaras de oxigênio cairão sobre suas poltronas. Ajuste primeiro a sua, em seguida, auxilie crianças e idosos que precisem de ajuda".
Que óbvio, não?
Como posso auxiliar o mundo, se nem eu consigo respirar?
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