A morte de Lucas Eduardo, 16 anos, ontem, numa escola ocupada em Curitiba é parte do que acontece todo dia nas periferias das grandes cidades: jovens morrendo pela violência, muitas vezes, com envolvimento com drogas.
Mas Lucas morreu dentro de uma escola palco de disputa política. Isso deu pra morte dele outra dimensão. A tragédia que acomete a família desse menino passou a servir de arma contra um lindo e inspirador movimento, que tem demonstrado que a juventude pode e deve ser protagonista de grandes transformações.
Na ocupações, eles estão cuidando das escolas como o Estado não faz; estão tendo acesso a aulas que o Estado não garante; estão debatendo questões que muitas vezes são tabu dentro de seus próprios lares.
Sinto certa repulsa quando vejo a forma enviesada e oportunista com que o governo do Paraná - com amplo apoio da imprensa tradicional - usa a morte de um adolescente que foi, na verdade, mais uma vítima da violência pra qual o próprio Estado não tem resposta a contento.
Pela memória de Lucas Eduardo e por todos os jovens pobres desse país, é preciso seguir a luta!
Nenhum comentário:
Postar um comentário