E aconteceu da forma mais linda e poética que poderia ter acontecido.
Não teve toque de lábios, nem troca de salivas, como todos esperavam.
Teve muito mais que isso. Teve química perfeita.
Teve olhar apaixonado, troca de carinhos, cumplicidade e o amor que vai muito além do mero desejo carnal.
Quando Walcyr Carrasco teve a brilhante ideia de juntar o vilão Félix ao bom moço Niko, na novela Amor à Vida, talvez não imaginasse que Matheus Solano e Thiago Fragoso formariam um dos mais belos pares da história da televisão brasileira, capaz de causar repulsa nos homofóbicos, mas de fazer muita gente enxergar que o amor entre homossexuais acontece exatamente como entre os heterossexuais. Simplesmente flui.
Flui com admiração, vontade de estar perto, de cuidar, de ouvir e ser ouvido, de fazer parte do projeto de vida do outro.
Não precisa da ansiedade do toque da pele.
Gays não se “alimentam” apenas de sexo, como querem fazer parecer os Felicianos da vida.
A cena de ontem (27), quando Félix e o “Carneirinho” trocaram juras de cumplicidade eterna me emocionou bastante. Que entrega...
E aí, me peguei pensando será que o tão esperando beijo gay da televisão brasileira já não se tornou dispensável?
Não que o beijo na boca de verdade não deva ocorrer. Não é isso. É que, na minha opinião, tudo isso que falei é tão mais valioso para expressar que SIM existe outra forma de amar além dessa tradicional que muitos de nós aprendemos em nossas famílias, igrejas e até escolas, que Walcyr já deixou uma bela lição com história desse casal.
A troca entre Félix e Carneirinho está valendo mais, muito mais.
Obrigada Walcyr, Thiago e Matheus.
E viva a tolerância!
2 comentários:
Muito legal a abordagem, querida. Para refletir.
Obrigada, professor!
A intenção é essa.
Beijos!
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