No decorrer da minha vida adulta, eu passei a perceber o quanto um pai faz falta na vida de uma pessoa.
Deve ser muito legal ter um.
Eu tive! Ele foi casado com a minha mãe. Nasci da primeira relação sexual deles, ainda na lua-de-mel, que foi em Vigia (!).
Mas não tenho boas lembranças, sabe?
Enfim...
Dizem que ele era carinhoso e muito apaixonado por mim e meus irmãos. Deveria ser. As pessoas falam, né?
Quando a minha mãe se separou dele, num ato de muita coragem pra romper com aquela violência que sofria, eu tinha 5 anos. Ele morreu 3 anos depois, por causa de um câncer no estômago.
Não tive padrastos. Minha mãe até teve namorados, mas nunca tive vínculo afetivo com nenhum.
A coisa mais próxima que tive de um pai foi meu primeiro marido. Apesar de ser apenar 3 anos mais velho que eu, Saulo era tão ajuizado e tão pé no chão que tinha rompantes paternos pra cima de mim. Confesso que adorava. Mas ele já não é mais meu marido há quase 8 anos!
De lá pra cá, tive um pai postiço enquanto eu morava em São Paulo. Nos adotamos. Eu queria um pai, ele queria uma filha. E tínhamos tanto em comum... André Costa Nunes, pessoa da melhor qualidade!
Mas a distância geográfica também distanciou nossa relação.
Nossa, e nos últimos tempos tenho sentido muita falta disso que não tive. Um PAI...
Aí, tento buscar aqui e ali e nada me completa. E eu me decepciono, me machuco.
No fundo, bem lá no fundo, eu só queria um colo bem confiável pra deitar a cabeça, chorar as tristezas, buscar certezas e receber cafuné. Alguém que me dissesse com a grave voz masculina "Eu vou te proteger".
É assim que eu imagino que os pais fazem... =)
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