quarta-feira, 1 de maio de 2013

Pra nós, trabalhadoras!

Acordar, cuidar das crianças, levar para escola, verificar o que está faltando em casa. Ser amiga, companheira, bela e além de tudo, trabalhadora, igual a todos os homens do mercado. Às vezes, nem igual. Muito mais que os homens. Afinal, ainda é preciso mostrar que o cargo, a confiança e o espaço conquistados são fruto da sua capacidade e não, de suas beleza ou das possíveis aptidões sexuais que a moça possa despertar nas fantasias dos outros e/ou na língua maledicente e ainda machista da sociedade. 

Trabalhamos, quase sempre, sorridentes, com aquela leveza que a natureza deu ao nosso gênero. E quando precisamos ser firmes, logo vem as taxativas da galera: "como ela é brava!". É como se firmeza e feminilidade não pudessem andar juntas. E, surpreendentemente, as outras mulheres são as primeiras criar esses estigmas - Porque a natureza também nos deu, entre tantas virtudes, o defeito da competição umas com as outras.

Lembro até a hoje do meu primeiro "trabalho". Eu tinha 12 anos e levava uma vizinha de 7 anos pra escola, que ficava quase um quilômetro de casa. Minha mãe deixou porque não atravessava rua e a caminhada era toda por dentro do conjunto habitacional ao lado do nosso (Geraldo Palmeira), em Ananindeua. Eu ganhava o equivalente a R$ 5,00 por semana e ficava muito feliz!

Aprendi muito cedo a me virar e dar valor ao trabalho. Minha mãe, que sempre trabalhou incansavelmente para dar conta dos três filhos sozinha, reforçava diariamente a informação de que trabalho bom mesmo só com estudo. E assim crescemos os três...

Hoje, tenho muito orgulho de por meio do meu trabalho ter conquistado tudo o que conquistei. Para alguns pode ser pouco, mas eu sei quanto suor e sacrifício tem embutido em cada bem - tanto os materiais quanto os imateriais. Coleciono, sobretudo, pessoas. Gente que me respeita, me recomenda, me convida para novos trabalhos, me admira, acredita na minha capacidade e que, em muitos casos, virou amiga pra vida toda. 

Neste Dia Internacional do Trabalhador, queria prestar minha homenagem especial à nós, mulheres, que suamos a camisa 6, 8, 10, 12 horas por dia trabalhando e ainda cuidamos de casa, filhos, enfrentamos preconceitos, nos impomos diante de assédios e, muitas vezes, ainda temos que nos defender de quem deveria ser o maior parceiro. 

Viva nós, mulheres trabalhadoras! 

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Agora me deem licença que quero relembrar parte da minha história como trabalhadora!
=D

Vigia (PA) - Repórter da TV Cultura - 2000.

Santarém (PA) - Dirigindo a gravação do programa de TV Revista Pará - 2007.
Guarulhos (SP) - Bastidores do comício do Lula - 2006.

Palmas (TO) - Gravando programa de TV do candidato do PV, na Arena Jovem 43 - 2012.


Brasília (DF) - Entrevistando o desembargador federal do TRF1 Tourinho Neto para o CNJ - 2012

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PS: E pra você, que acha que "paga as minhas contas pra eu viver curtindo a vida", não, gato! Você ajuda a pagar as despesas da sua filha e o dinheiro nem pra isso dá"! 

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas tu não tem vergonha desses pés descalços em pleno gabinete do desembargador?

HUM!

Não sei como não te prenderam por desacato!

(troll mode off/)