Há cinco dias do massacre na cidade de Newton, nos Estados Unidos, ainda fico extremamente incomodada com o adjetivo atribuído pela imprensa ao assassino das 26 pessoas, entre as quais 20 crianças, Adam Lanza. Sempre que citado nos noticiários, o americano é chamado de atirador. Ora, uma pessoa que faz o que esse garoto fez não é simplesmente um atirador. É um terrorista.
Entre as definições de terrorista que encontrei em uma rápida pesquisa na web, achei essa:
“Todo ser humano que age para destruir outros e a si mesmo, por conta própria ou manipulado, seguindo razões políticas, religiosas, econômicas, sociais, particulares, psicológicas, psicopáticas, geralmente financiado por terceiros e preparado para seus crimes contra alvos específicos ou mesmo inocentes. Trata-se de uma arma perigosa ambulante humana pronta para matar e destruir”.
Michelle McLoughlin/Reuters |
E cabe espaço para aprofundar o debate na etimologia da palavra terror. Mas estou apenas no intervalo do almoço e não tenho tempo para fazê-lo no momento.
Ainda assim, quero manifestar meu total repúdio a forma como a imprensa nacional e internacional insiste em chamar esse terrorista americano. Se ele tivesse qualquer ligação mulçumana, mesmo que um bisavô, certamente já teria sido tratado de outra forma.
E mais, já que os americanos são tão neuróticos com essa guerra ao terror, que tal começarem com a guerra dentro de casa? Que tal impedir o terror que fazem contra os próprios filhos?
Lamento muito pelas crianças daquele país. Muito mesmo.
Um comentário:
Muito bom. Vou copiar.
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