segunda-feira, 7 de maio de 2012

Discutindo a relação com a terra natal

Estava há seis meses sem ir na minha terra natal.
Se eu disser que estava morta de saudade, estaria mentindo. Mas estava, sim, com certa expectativa desse reencontro.
Como estariam as ruas? Os amigos? A família? A minha Pedreira?

Gosto muito de Belém. Tenho o amor natural dos filhos. Adoro todas as suas virtudes, mas reconheço todos os defeitos que ela tem, a ponto de detestar conviver com eles e, por isso, decidi sair de casa. Prefiro ver Belém assim, só de visita.
Como estamos longe uma da outra, é mais fácil suportar os problemas que ela tem.

Mas dessa vez os problemas eram tantos que eu não tive como simplesmente ignorá-los pela boa convivência.
Como estava suja... Sujeira por todos os lados. E não adianta culpar só a Prefeitura. Meus irmãos, que habitam Belém, não fazem a sua parte! Isso é visível!

A cidade também vive sem água!
Fiquei hospedada na casa da minha sogra, na Batista Campos. Dos quatro dias que lá fiquei, durante três, ficamos sem água a partir das 17 horas. Como a COSANPA consegue prestar um serviço tão precário? Pelos corredores políticos dizem que o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), pretender privatizar o órgão, a exemplo do que seu partido fez com a CELPA, em 1998. Seria, então, estratégia de sucateamento do Governo? É constrangedor chegar numa cidade e não ter nem mesmo como tomar banho!
Éramos obrigados a aparar água numa bica, no quintal, e tomarmos banho em baldes. Isso é jeito de receber um filho que à casa torna?

E o trânsito? Isso merece uma dissertação à parte. Quanta falta de educação...

Mas confesso que fiquei chocada mesmo foi com a falta de respeito das pessoas umas com as outras. Em dois momentos precisei fazer compras e enfrentar filas nos caixas. As pessoas simplesmente ignoram a tua existência e passam na tua frente. E não adianta tu protestares. Elas se fazem de surdas. Como bem disse uma amiga, em resposta à reclamação que fiz no twitter "Em Belém, a única fila que o pessoal conhece é a dupla, quiçá a tripla, no trânsito". A gente faz piada, mas é triste.

Depois de tudo isso, concluí que preciso passar mais que seis meses sem pisar em Belém. Dessa forma, minha saudade estará tão grande que vai suprimir qualquer problema que eu encontrar.

Ainda assim, quero deixar bem claro que de minha terra, falo eu ou outros filhos dela. Nem ouse em abrir a boca para apredejá-la. Ela é linda! Só está maltratada.

Em tempo: Ressalto que em Belém tem a melhor gastronomia do país. Lá, come-se muito bem por preços imbatíveis. Há restaurantes agradáveis, com bom atendimento, boas bebidas e pratos fantásticos. Um dos meus favoritos é o La Madre, onde eu não poderia deixar de ir. Comi um delicioso bife argentino num precinho muito camarada! Fica a dica!

2 comentários:

Anônimo disse...

sumana so ti digu ti fodi!

. disse...

Pelo jeito "fino" e "correto" de escrever já até sei quem é esse anônimo. Passe bem, gata!