A equipe responsável apresentou os seguintes esclarecimentos, por meio de nota técnica:
- Foram 351 casos de dengue no município de Altamira, até a Semana Epidemiológica 15 (1º de janeiro a 14 de abril). No mesmo período em 2011, foram 933 casos, ou seja redução de 40% nos casos da doença.
- As notificações no Hospital Santo Agostinho, segundo a Vigilância Epidemiológica do município de Altamira, apresentaram redução de 65% até a Semana Epidemiológica 15 (de 08 a 14 de abril) em comparação ao mesmo período do ano anterior. O número de casos registrado é, em média, 5 por semana.
- A nota informa ainda que na semana epidemiológica 15, foram notificados 50 casos suspeitos de dengue no município. Esse número refere-se a todas as unidades notificantes de Altamira, e não apenas no Hospital São Rafael, como afirma a matéria.
- Por fim, a Divisão de Endemias do 10º CRS afirma que está monitorando a situação dos casos de dengue e as ações de controle em Altamira.
(Com informações da SESPA)
Um comentário:
Quando, lá pela década de 1990, começou-se a usar o termo "epidemia de dengue", eu li um artigo interessante na Folha de São Paulo, assinado por um epidemiologista cujo nome eu não mais lembro.
O autor argumentava que o termo correto a ser empregado deveria ser "endemia de dengue", pois a doença nunca mais sairia do Brasil.
Aquilo me chocou um pouco na época, mas hoje vejo que ele estava certo.
Com números maquiados, medidas preventivas restritas a meia dúzia de outdoors, além do possível e tradicional desvio de verbas da saúde, temos que agradecer aos céus que não morra mais gente.
O descaso e a pseudo-atitude profilática dos governos federal, estadual e municipal, em relação à doença e aos doentes beira o criminoso, ao meu ver.
De qualquer forma, a SESPA, tem razão: há uma endemia de dengue em Altamira!
Um abraço.
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