Não importa qual o apuro, sempre aparece alguém pra me dar uma ajuda.
E me lembro de ser assim desde a infância. Minha vida sempre foi cheia de gente generosa.
Eu devia ter uns 12 anos quando ouvi a minha mãe dizer “A gente nunca tem pouco o suficiente que não possa dividir”. Ela resumiu numa frase tudo que cresci vendo ela e minha avó fazerem: dividir.
Nesses 38 anos de vivência como Waleiska na Terra, já dei muita cabeça, cometi muitos erros, machuquei um tanto de gente, dei trabalho pra mais um bocado. Mas tenho tentado exercitar todos os dias a dádiva da divisão.
Dividir alegria, dividir sorriso, dividir uma marmita, dividir a luta, dividir carona, dividir conhecimento, dividir despesas, dividir felicidade, dividir os sonhos, dividir o limite do cheque especial. E por que não dividir também as tristezas e as preocupações de alguém? Chega aí, conte que a gente buscar uma solução.
Sei que isso parece papo namastê, mas se eu pudesse escolher uma palavra pra marcar essa minha passagem de ano seria GRATIDÃO. Não essa palavra solta de modinha de rede social.
Falo daquela gratidão que enche o peito, que emociona, que faz chorar. Porque se eu passei perrengue nessa vida, os fardos sempre foram suavizados por muitas mãos amigas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário