segunda-feira, 27 de março de 2017

Em Belém as vidas valem menos do que em Curitiba?

No meio do ano passado, tia Clarice não aguentava mais as dores de estômago e garganta e não conseguia mais se alimentar. Foi ficando tão magra, que comovia a todos.

Minha mãe mobilizou os parentes que poderiam ajudar e juntos conseguimos pagar os exames que um médico do posto de saúde receitou. Dessa forma, agilizaríamos o diagnóstico e poderia ser iniciado o tratamento.

Em agosto, veio a confirmação: câncer do esôfago. Agosto.

Tia Clarice mora em Belém.

Em dezembro passado, uma amiga também descobriu o câncer. O da Ana é na mama. Ana mora em Curitiba

Em janeiro, Ana fez a retirada do seio direito e, em 8 de março, iniciou a quimioterapia. Tudo pelo SUS.

Se tudo der certo, em breve, ela estará bem como todos ansiamos.

Tia Clarice, lá em Belém, aguarda há sete meses uma consulta com o oncologista para dar início ao tratamento. Ainda aguarda uma chance de sobreviver enquanto a doença avança, enquanto fica cada vez mais debilitada.

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