Uma criança vai ser sempre só uma criança.
Não importa o quanto ela é inteligente, esperta, alta, desenvolvida ou antenada nos temas do momento.
É apenas uma criança e deve ser tratada como tal: receber afeto e ser protegida.
E quem são os maiores responsáveis por esse afeto e proteção, se não os pais?
No mundo ideal, dos livros de psicologia e pedagogia infantis, pais protegem e fazer de tudo, dão o melhor de si para garantir aos seus pequenos afeto e proteção.
Tudo muito óbvio, não?
Mas o que pensar quando os próprios pais quebram essa proteção aos pequenos?
E falo da proteção básica: aquela que tenta proteger as crianças de qualquer dor: a da perda, da solidão, da angústia, da insegurança, da discórdia.
Pais que jogam seus filhos na fogueira da crise na qual vivem. Pais que colocam seus filhos no epicentro de seus próprios problemas...
Se uma criança é filha de dois adultos, também é muito óbvio que dois adultos resolvam entre eles todo e qualquer problema ou pendência referente àquela criança. E não importa se eles se amam ou se odeiam. Eles simplesmente precisam honrar as suas respectivas funções e agir como tal: proteger o pequeno.
Por que, se parece tão óbvio, ainda existem tantos homens que não são capazes disso?
Existem homens que ignoram que alguém com 11 anos de idade não possa assumir o ônus de um novo casamento do pai. Que uma criança não possa ser pombo-correio de briga de ex casal, nem servir de garota de recado só porque seu pai se recusa em atender ligações ou responder e-mails da sua mãe.
Onde está a grande dificuldade de tirar as crianças do olho do furacão?
Por que em pleno 2014, e com tanta literatura disponível acerca do assunto, ainda reina um comportamento tão ignorante e egoísta sobre o assunto?
Qual é a grande dificuldade de tirar as crianças disso?
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