sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Tirem as crianças disso!

Uma criança vai ser sempre só uma criança.

Não importa o quanto ela é inteligente, esperta, alta, desenvolvida ou antenada nos temas do momento. 

É apenas uma criança e deve ser tratada como tal: receber afeto e ser protegida.

E quem são os maiores responsáveis por esse afeto e proteção, se não os pais?

No mundo ideal, dos livros de psicologia e pedagogia infantis, pais protegem e fazer de tudo, dão o melhor de si para garantir aos seus pequenos afeto e proteção.

Tudo muito óbvio, não?

Mas o que pensar quando os próprios pais quebram essa proteção aos pequenos?

E falo da proteção básica: aquela que tenta proteger as crianças de qualquer dor: a da perda, da solidão, da angústia, da insegurança, da discórdia.

Pais que jogam seus filhos na fogueira da crise na qual vivem. Pais que colocam seus filhos no epicentro de seus próprios problemas...

Se uma criança é filha de dois adultos, também é muito óbvio que dois adultos resolvam entre eles todo e qualquer problema ou pendência referente àquela criança. E não importa se eles se amam ou se odeiam. Eles simplesmente precisam honrar as suas respectivas funções e agir como tal: proteger o pequeno. 

Por que, se parece tão óbvio, ainda existem tantos homens que não são capazes disso?

Existem homens que ignoram que alguém com 11 anos de idade não possa assumir o ônus de um novo casamento do pai. Que uma criança não possa ser pombo-correio de briga de ex casal, nem servir de garota de recado só porque seu pai se recusa em atender ligações ou responder e-mails da sua mãe.

Onde está a grande dificuldade de tirar as crianças do olho do furacão?

Por que em pleno 2014, e com tanta literatura disponível acerca do assunto, ainda reina um comportamento tão ignorante e egoísta sobre o assunto?

Qual é a grande dificuldade de tirar as crianças disso?


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