Ela grita, berra, joga-se no chão.
Meus tímpanos pedem por socorro.
A vontade que eu tenho é de ceder. Óbvio. Quem não teria?
Tão pequenina, com um choro tão sofrido...
Aí eu lembro de adolescentes rebeldes, adultos mimados.
Resisto firmemente até que ela engula o choro e perceba que assim não vai rolar um diálogo.
Ela se debate mais. Machuca-se. Engasga na própria baba.
Tudo por uma crise de tolice.
É claro que a minha firmeza não é segurança de nada em relação ao futuro dela, mas eu preciso tentar.
Depois de muito choro, cabeçadas no chão e outros tombos ela diz "Mãe, quelo colinho. Dicupa, tá?"
É sofrido ser mãe.
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