quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Projeto paraense de desenvolvimento infantil é exemplo na América

Proporcionar à criança oportunidade de um desenvolvimento adequado é fundamental para a formação de um sujeito com capacidade plena de suas potencialidades. Esse é o objetivo do Rede Crescer, projeto implantado no Pará que busca a implantação de ações integradas para o desenvolvimento infantil e que vem servindo de modelo pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Implantado há 4 anos, o Rede Crescer é fruto de uma parceria entre a Universidade Federal do Pará/Hospital Bettina Ferro, Unicef, OPAS, Sociedade Paraense de Pediatria, Governo do Estado e Prefeituras Municipais. Já capacitou cerca de mil profissionais das áreas de saúde, educação e assistência social, que trabalham com crianças com idade até 06 anos. O grande diferencial do projeto é exatamente a integração dos profissionais que lidam com a criança, para além da área da saúde. Cerca de 80 municípios paraenses já receberam a capacitação

A partir desta segunda-feira (01), mais 23 profissionais estão recebendo a capacitação em Belém. São conselheiros tutelares, membros da Pastoral da Criança e funcionários da Funpapa e das Secretarias Municipais de Educação e Saúde, que atuam nos bairros do Guamá, Jurunas, Cremação, Terra Firme e arquipélago do Cumbu, área conhecida como Distrito DAGUA. É nessa região que está a base do Rede Crescer em Belém, o Hospital Universitário Bettina Ferro, que, por meio do Serviço Caminhar, atende crianças com problemas de desenvolvimento infantil de várias origens. É a terceira oficina realizada no DAGUA.

Como forma de multiplicar a experiência bem sucedida do Rede Crescer, profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo fazem o curso a convite da OPAS. É a segunda vez que médicos paulistanos participam da oficina no Pará para multiplicar a iniciativa do projeto. Em maio, profissionais dos estados da Bahia, Amazonas, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal também receberam o treinamento. “O Rede Crescer é considerado pela OPAS uma iniciativa de alta valia no sentido que canaliza todos os níveis de referência que a criança necessita”, explica o assessor para Atuação Infantil e Neonatal da OPAS, Dr. Yehuda Benguigui.


Além da vinda de profissionais, a difusão da metodologia criada no Pará também acontece com a ida dos coordenadores do Rede Crescer a outros estados brasileiros e até outros países, como El Salvador, Honduras e República Dominicana. “O módulo de Vigilância de Desenvolvimento Infantil do projeto merece destaque porque é aplicável a qualquer estrutura de atenção básica de saúde. Cerca de 20% das crianças que demandam o serviço público de saúde nas Américas são suscetíveis a algum tipo de problema de desenvolvimento e metade delas apresentam algum problema de fato”, destaca o representante da OPAS.


O curso está acontecendo na Escola de Governo do Estado do Pará, das 8 às 18h, até quinta-feira (04).
 
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Texto: ASCOM da Sociedade Paraense de Pediatria

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